A confiança duradoura

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A confiança é definida no Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete como “convicção íntima acerca da probidade, diligência, talento e discrição de alguém”. A probidade de Deus está firmemente ancorada na sua benevolência. E podemos ter plena confiança na sua capacidade de fazer o que prometeu, porque o seu próprio nome, Deus, o identifica como o grandioso Elaborador de Propósitos. (Êxodo 3,14; 6,2-8) Como Criador, ele é a Fonte de força e de energia dinâmica. (Isaías 40,26.29) Ele é o epítome da verdade, porque “é impossível que Deus minta”. (Hebreus 6,18) Por isso somos incentivados a depositar implícita confiança em nosso Deus, a grande Fonte de toda a verdade, que possui a onipotência para proteger os que confiam nele e para levar todos os seus grandiosos propósitos a um glorioso término. — Salmo 91,1.2; Isaías 55,8-11.
No mundo degradado em volta de nós lamentavelmente há falta de confiança. Em seu lugar encontramos ganância e corrupção em toda a parte. A capa do número de maio de 1993 da revista World Press Review ostentava a mensagem: “SURTO DE CORRUPÇÃO — Dinheiro Sujo na Nova Ordem Mundial. A indústria da corrupção estende-se do Brasil à Alemanha, dos Estados Unidos à Argentina, da Espanha ao Peru, da Itália ao México, do Vaticano à Rússia.” Visto que a chamada nova ordem mundial do homem se baseia em ódio, ganância e desconfiança, ela só produz crescentes desgraças para a humanidade.
Os verdadeiros cristãos, em contraste com as nações políticas, sentem-se felizes de serem “a nação cujo Deus é o Senhor”. Só elas podem verazmente dizer: “Em Deus confiamos.” Cada uma delas pode clamar com júbilo: “Em união com Deus louvarei a sua palavra. . . . Tenho posto a minha confiança em Deus. Não temerei.” — Salmo 33,12; 56,4.11.
Num país asiático, onde milhares de jovens, cristãos, sofreram severos espancamentos e encarceramentos, a confiança em Deus habilitou a grande maioria deles a perseverar. Certa noite, na prisão, um jovem, cristão, que sofrera horríveis torturas, achou que não podia mais aguentar isso. Mas outro jovem chegou-se a ele furtivamente nas sombras. Sussurrou: “Não desista; eu transigi e nunca mais tive paz mental.” O primeiro jovem renovou sua resolução de manter-se firme. Podemos ter plena confiança em Deus de que ele nos ajudará a superar todo e qualquer esforço de Satanás de corroer nossa integridade. — Jeremias 7,3-7; 17,1-8; 38,6-13, 15-17.
O primeiro mandamento reza em parte: “Tens de amar o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração.” (Marcos 12,30) Quando meditamos na Palavra de Deus, as grandiosas verdades que aprendemos penetram fundo no nosso coração, motivando-nos a gastar-nos totalmente no serviço de nosso maravilhoso Deus, o Soberano Senhor. Com o coração transbordante de apreço por ele — por tudo o que nos tem ensinado, que tem feito por nós e ainda fará por nós — somos incentivados a confiar implicitamente na sua salvação. — Isaías 12,2.
Esta confiança pode ser cultivada no decorrer dos anos.
Nosso Pai celestial admoesta-nos: “Não te estribes na tua própria compreensão.” (Provérbios 3,5) Conselheiros e psicólogos do mundo nunca podem esperar chegar perto de ter a sabedoria e a compreensão que Deus revela ter. “Seu entendimento está além de ser narrado.” (Salmo 147,5) Em vez de nos estribarmos na sabedoria de homens destacados do mundo ou nas nossas próprias emoções desinformadas, recorramos a Deus, à sua Palavra e à Igreja Católica para obter conselhos maduros. — Salmo 55,22; 1 Coríntios 2,5.
A sabedoria humana ou o orgulho dum cargo de destaque não nos levará a parte alguma no dia de provação severa, que rapidamente se aproxima. (Isaías 29,14; 1 Coríntios 2,14) No Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, um apto mas orgulhoso pastor do povo de Deus preferiu estribar-se no seu próprio entendimento. Sob pressão, tornou-se apóstata, e a maioria do rebanho também cedeu sob a perseguição. Uma leal irmã japonesa, que corajosamente sobreviveu a tratamento terrível em imundas celas de prisão, comentou: “Os que permaneceram fiéis não tinham habilidades especiais e não eram pessoas de atuação marcante. Certamente, todos nós precisamos sempre confiar em Deus de todo o nosso coração.”


Extraído de revistas cristãs e adaptado por Emerson de Oliveira

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