Faltando apenas algumas horas para as eleições presidenciais brasileiras, a despenalização do aborto colocou Dilma Rousseff, a candidata proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em situação de risco. Sua mudança de opinião quanto ao tema, do qual era uma firme defensora, e os casos de corrupção que teve de enfrentar recentemente, ameaçam impedir uma esmagadora vitória no primeiro turno.
Um ano atrás, a candidata do Partido dos Trabalhadores era favorável à despenalização do aborto. “É uma questão de saúde pública”, afirmou Rousseff à revista Marie Claire. “Existe uma quantidade enorme de mulheres no Brasil que morrem por abortar em circunstâncias precárias”.
“Eu lamento que a Marina faça avaliações a respeito das minhas convicções”, disse Dilma em relação a um comentário da candidata Marina Silva, completando que ser contra o aborto é uma “posição pessoal” sua.
Em sabatina à Folha em 2007, no entanto, Dilma disse: “Acho que tem de haver descriminalização do aborto. Não é uma questão de foro íntimo, não.”
Dilma disse ser “pessoalmente contra” o aborto. “Nunca escondi que acho que a questão do tratamento das mulheres, principalmente das milhares de mulheres pobres que recorrem ao aborto, não é uma questão de polícia, é de saúde pública”.
Questionada se, caso eleita, poderia enviar ao Congresso uma proposta que flexibilizasse ou descriminalizasse a questão, negou. “Eu não enviarei ao Congresso Nacional nenhuma medida para alterar legislação nenhuma [sobre o aborto].”
Dilma “duas caras”
Seus dois maiores adversários nas eleições, o social-democrata, José Serra, e a candidata do Partido Verde, Marina Silva, declararam-se desde o princípio contrários à despenalização do aborto por causa da forte pressão religiosa, tanto da Igreja católica como das igrejas evangélicas, que movem milhões de votos. Ambos acusaram, no dia 30 de setembro, a sua rival de haver mudado de postura por “motivos eleitorais” e acusaram-na de ter “duas caras”.
Indagada se sua posição estava em conflito com a do Partido dos Trabalhadores, que é um partido socialista pró-aborto do qual ela é membro, Rousseff esclareceu que “passamos o governo inteiro com uma posição. Agora, somos um partido democrático”.
O ativista pró-vida Julio Severo, que tem feito forte oposição à reeleição do Partido dos Trabalhadores, disse para LifeSiteNews que as palavras de Rousseff indicam sua “falta de clareza e honestidade ideológica”.“Ela diz que pessoalmente é contra o aborto e voltou a frisar que ‘defende que o aborto seja tratado como uma questão de saúde pública’”, acrescentou ele.“Tal qual Dilma, [o presidente brasileiro] Lula também se declarava católico, dizia que pessoalmente era contra o aborto e defendia que o aborto fosse tratado como questão de saúde pública”, disse Severo. “Em 2002, o candidato Lula também havia feito o compromisso de não deixar seu futuro governo promover o aborto e o homossexualismo. Mas depois de eleito, seu governo promoveu tanto o aborto, a nível nacional e internacional, que tememos que, na melhor das hipóteses, Lula tenha sofrido algum ataque de amnésia”.
Assista o vídeo em que a socialista Dilma declara ser favor do aborto:
Casos de corrupção
Enquanto os últimos escândalos de corrupção fizeram Dilma perder seis milhões de votos em menos de uma semana, ainda assim, a candidata oficial conseguiu frear a sua queda nas pesquisas eleitorais e mantém uma ampla vantagem sobre os seus rivais, embora não se descarte a sua disputa num segundo turno. Se as eleições fossem hoje, Rousseff teria 47% dos votos, enquanto que José Serra obteria 28% e Marina 14%, segundo uma pesquisa divulgada ontem (30) pelo diário Folha de São Paulo. Rousseff necessita de mais de 50% dos votos para evitar o segundo turno.
Preocupado com essa possibilidade, algo que levaria Dilma a expor-se a mais um mês de campanha, Lula da Silva decidiu ajudá-la a recuperar votos com uma jogada típica de campanha eleitoral. Lula pediu à Dilma que se reunisse com os líderes de todas as confissões religiosas e que declarasse abertamente que “está contra o aborto”.
Assim o fez a candidata na quarta-feira (29); insinuou que ela nunca esteve a favor da despenalização do aborto mas mostrou-se adepta de que o Estado não abandone as mulheres que abortam em situação de perigo.
Os bispos católicos, assim como a maioria dos pastores evangélicos, pediram a seus fiéis que não votem em Dilma Rousseff por suas posições favoráveis à despenalização da interrupção da gravidez.
Fonte: O Verbo / EL PAÍS / Folha Online / Cristo é a Resposta / Tradução: Jônatha Bittencourt
Daily Rome Shot 1180
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In churchy news… CNA says that Card, Farrell is the president of the
Pontifical Commission for Confidential Matters. What the heck is the
Pontifical Commis...
Há 2 dias
3 comentários:
mentiroooooosaaaaaaaaaaa!!!
Alguem sabe quando a Dilma está mentindo? Simples! Sempre quando ela está de boca aberta.
A Dilma mente mais que Hitler quando disse que nunca ia fazer guerra contra Stalin.
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