O livro de Provérbios diz-nos algo sobre a mulher piedosa: “O encanto talvez seja falso e a lindeza talvez seja vã; mas a mulher que teme a Deus é a que procurará louvor para si.” (Provérbios 31,30) Como é, então, que uma mulher adquire essas qualidades que a tornam estimada por seu marido e por seus filhos, ou por outros, se for solteira, e que fazem dela alguém cuja companhia os outros apreciam? Para começar, a mulher piedosa é alguém de coração aberto, o que significa ser generoso, desejoso de ajudar outros de todos os modos possíveis, material e espiritualmente. Quando alguém necessita, ela está entre os primeiros a querer ajudar, interessado-se genuinamente na necessidade de outros. Mas, naturalmente, equilibra tal interesse com o cuidado e a atenção que deve dar à sua própria família, se for casada. — Tito 2,3-5.
Ademais, tal mulher é modesta, não altiva; bondosa, não grosseira; asseada, não desleixada; compreensiva, não beligerante. E, se for casada, ela se esforça em seguir o conselho do apóstolo em 1 Pedro 3,1-5.
Além disso, a mulher piedosa não é ‘esperta’, segundo os conceitos do mundo, mas se empenha em cultivar a espiritualidade. É ávida leitora da Bíblia, dos ensinos da Igreja e interessa-se em aplicar seus princípios na vida. (Salmo 119,66) Isso não é feito visando interesse pessoal, ou querendo conhecimento só para si mesma, mas, antes, ela tem em mente partilhar as boas coisas que aprende, tanto no ministério cristão como nos contatos cotidianos com vizinhos, parentes e amigos. O marido cristão aprecia, como seu complemento, uma esposa com quem possa conversar sobre assuntos espirituais, alguém que também aprecie coisas espirituais e que deseje participar com ele em conhecer melhor a Deus. (Provérbios 9,9-10) Assim, a mulher piedosa é discernidora e tem entendimento. Se for casada, está cônscia de seu papel como complemento do esposo. Ela apóia o marido na instrução espiritual dos filhos, em especial quando ele está ausente de casa. (Veja 2 Timóteo 1,2.5; 2 João 1, 2.) Ela continuará a ser amorosa e amada no círculo familiar até muito depois que a beleza da juventude talvez tenha passado. Visto que é afável e sensata, seu esposo pode contar com ela quanto a observações boas e acertadas, opiniões fundamentadas e encorajamento sincero. (Provérbios 25,11) Foi quando Abigail agiu com discernimento e prontidão que Davi disse: “Bendita seja a tua sensatez.” — 1 Samuel 25,32-33.
A influência para o bem que a esposa exerce no apoio ao marido, com modéstia, não será por usar palavras cortantes, amargas ou sarcásticas. Granjeia-se o favor por meio do olhar gracioso, palavras adequadas no momento certo, afetuosos gestos de amor, diligência, meiguice e profunda compreensão. (Veja Provérbios 25,11; 31,10-28; 1 Tessalonicenses 2,7.) Mansidão, fé, modéstia, são estas as coisas que fazem com que a mulher piedosa granjeie a duradoura estima. — Salmo 37,11; Hebreus 11,11.31.35; Provérbios 11,2.
Outra qualidade notável da mulher piedosa é a sua capacidade de mostrar solidariedade e afeto. (Romanos 12,10) O seu mais belo ornamento é o amor, que a impedirá de discordar em coisas pequenas. Quão belamente esse amor é descrito em 1 Coríntios 13,4-7. Segundo A Bíblia na Linguagem de Hoje, esse texto diz: “O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra com o mal dos outros, e sim com a verdade. O amor nunca desanima, mas suporta tudo com fé, esperança e paciência".
Extraído de revistas cristãs
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