E ele lhes disse: “Ide a todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criação. Quem crer e for batizado será salvo, mas o que não crer será condenado. Outrossim, os seguintes sinais acompanharão os que crerem: Pelo uso do meu nome expulsarão demônios, falarão em línguas, e com as suas mãos apanharão serpentes, e, se beberem algo mortífero, absolutamente não lhes fará mal. Porão as suas mãos sobre doentes, e estes ficarão bons. (Mc. 16,15-18)É natural que desejemos transmitir aos outros tudo o que recebemos como boas novas, e muitas vezes fazemos isso de pura alegria de falar sobre elas. No entanto, as boas novas do Reino nos induzem a transmiti-las a outros não só por alegria, mas também por amor ao nosso próximo. O espírito evangelizador é de amor a Deus e ao próximo. As boas novas significam vida para quem as recebe, e por isso é essencial que sejam proclamadas em toda a parte. O apóstolo Paulo escreveu, numa de suas primeiras cartas inspiradas, que na revelação de Cristo desde o céu “os que não obedecem ao Evangelho acerca de nosso Senhor Jesus” sofreriam "o castigo da perdição eterna”. — 2 Tes. 1,8-9.
O apóstolo Pedro enfatizou a importância de se conhecerem o Evangelho e se obedecer a ele quando falou sobre os cristãos serem julgados, dizendo: “Ora, se [o julgamento] primeiro começa conosco, qual será o fim daqueles [professos cristãos] que não são obedientes ao Evangelho de Deus?” Ele acrescentou: “E, se o justo está sendo salvo com dificuldade, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” (1 Ped. 4,17-18) Por conseguinte, o espírito que o proclamador do Evangelho precisa ter não é o de apenas proclamá-lo, mas o de fixá-lo firmemente no coração dos ouvintes. Por quê? Porque até mesmo o homem justo entre os professos cristãos será salvo apenas “com dificuldade”.
O Catecismo reza:
874 - O próprio Cristo é a fonte do ministério na Igreja. Instituiu-a, deu-lhe autoridade e missão, orientação e finalidade: - (Parágrafo relacionado 1544)A palavra grega usada na Bíblia para “boas novas” é euaggélion, ou “evangelho”. A Bíblia usa o termo “evangelizador” com respeito a certos designados, pois ela nos diz que Jesus, ao ascender ao céu, deu dádivas em homens, “alguns como apóstolos, alguns como profetas, alguns como evangelizadores, alguns como pastores e instrutores, visando o treinamento dos santos para o desempenho da tarefa da edificação do corpo do Cristo”. (Efé. 4,11.12) Parece que estes “evangelizadores” receberam o Espírito de Deus de modo especialmente forte na pregação, no treinamento e na edificação de outros. Filipe era um deles. — Atos 21,8.9.
Para apascentar e aumentar sempre o Povo de Deus, Cristo Senhor instituiu em sua Igreja uma variedade de ministérios que tendem ao bem de todo o Corpo. Pois os ministros que são revestidos do sagrado poder servem a seus irmãos para que todos os que formam o Povo de Deus... cheguem à salvação.
1086 - "Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, da mesma forma Ele mesmo enviou os apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para pregarem o Evangelho a toda criatura, anunciarem que o Filho de Deus, por sua Morte e Ressurreição, nos libertou do poder de Satanás e da morte e nos transferiu para o reino do Pai, mas ainda para levarem a efeito o que anunciavam: a obra da salvação por meio do sacrifício e dos sacramentos, em tomo dos quais gravita toda a vida litúrgica".
2032 - A Igreja, "coluna e sustentáculo da verdade" 1 Tm 3,15) "recebeu dos Apóstolos o solene mandamento de Cristo de pregar a verdade da salvação". "Compete à Igreja anunciar sempre e por toda parte os princípios morais, mesmo referentes à ordem social, e pronunciar-se a respeito de qualquer questão humana, enquanto o exigirem os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas".
Não obstante, todos os proclamadores do Evangelho, em sentido geral, são evangelizadores. Devem proclamar o Evangelho, mas não parar só nisso. Devem fazer tudo o que podem para treinar e edificar outros, a fim de que estes, por sua vez, possam ter o mesmo espírito forte. Para realizar isso, precisam aproveitar toda ocasião e oportunidade para falar sobre o Evangelho. Os cristãos do primeiro século nos forneceram muitos exemplos disso.
Fonte: várias e adaptado por Emerson de Oliveira
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