"Você é homofóbico"

sexta-feira, 1 de abril de 2011


Os que se opõem à conduta homossexual são muitas vezes acusados ​​de "homofobia" - que pensa-se que tem esta posição porque "temem" os homossexuais. Às vezes, esta acusação é feita até mesmo por pessoas que sejam, talvez, homossexuais e têm excesso de compensação para esconder esse fato, até de si mesmos, condenando outros homossexuais.

Esses argumentos são uma tentativa de parar a discussão racional de um problema, deslocando o foco para um dos participantes. Ao fazer isso, eles afastam os argumentos de outra pessoa com base em algum atributo real ou suposto da pessoa. Neste caso, o atributo é um suposto medo dos homossexuais.

Semelhante a outras tentativas de evitar a discussão racional de um problema, o argumento da homofobia perde completamente o sentido. Mesmo que uma pessoa esteja com temor dos homossexuais, isso não diminuiria seus argumentos contra o seu comportamento. O fato de uma pessoa ter temor de armas de fogo não anula os argumentos contra as armas, nem o fato de que uma pessoa possa ter medo do controle de armas diminua seus argumentos contra o controle de armas.

Além disso, a homofobia tem outra falácia. A grande maioria daqueles que se opõem ao comportamento homossexual de nenhum modo tem "temor" dos homossexuais. A discordância não é o mesmo que temor. Pode-se discordar de algo, sem temê-lo, e a tentativa de encerrar a discussão racional por meio do ataque "homofóbico!" cai por terra. É uma tentativa de desviar a atenção dos argumentos contra a sua própria posição, concentrando a atenção sobre quem fez os argumentos, ao tentar reclamar o elevado padrão moral contra ele.

Fonte: http://www.catholic.com/library/Homosexuality.asp
Tradução: Emerson de Oliveira

4 comentários:

Leonardo T. Oliveira disse...

Homofobia não significa temor de homossexuais (no seu entendimento literal de "fobia"), mas sim a repulsa e, no uso atual da palavra, discriminação.

A Igreja tem reagido muito mal ao tema quando tenta interferir na vida das pessoas por meio do legalismo, recriminando o pecado antes de apresentar o evangelho da graça. Ora, a santidade só é verdadeira quando é vivida em aliança com Deus, e não quando é buscada como um dogma, como uma lei imposta com todos os seus estranhamentos a cristãos e não-cristãos.

Fora que é completamente inaceitável, em pleno séc. XXI, discutir a condição da homossexualidade como uma escolha - é evidente que não é uma escolha, ou não haveria tantas pessoas sofrendo por conta disso. Essa é simplesmente a cruz que muitas pessoas carregam, e que pode ser mudada por Deus, sim, pois Deus pode todas as coisas, mas também pode não ser, como muitas outras condições que carregamos e que, na fraqueza, aperfeiçoam o poder de Deus (cf. passagem exemplar em II Coríntios 12:9). É claro que a postura cristã, com base na Bíblia, diz pra que não assuma uma conduta, uma *prática* homossexual, em nome de uma dimensão espiritual do amor carnal. Mas isso não é motivo de discriminação a quem sofre dessa condição - é vergonhoso ver os cristãos agindo de maneira tão despreparada nesse assunto e difamando todo o evangelho com a imagem de pessoas intolerantes e preconceituosas.

Emerson disse...

Pois bem, por isso não sou homofóbico como classifica. Jesus foi homofóbico ou hamartiano (odeia o pecado)? O que lhe impede de aceitar como normal então o adultério, a pedofilia e a bestialidade?

Leonardo T. Oliveira disse...

"Hamartiano". Adultério, pedofilia, bestialidade são nomes de condutas, de práticas. Homossexualidade precisa ser situada nesse mesmo sentido, e com uma sensibilidade especial pois pedofilia, bestialidade e adultério são condutas que, por mais que sejam praticadas, ainda interessam à sociedade serem recriminadas pelo seu efeito prático, independente de um lado espiritual. Já a homossexualidade assume hoje um espaço social (SOCIAL) cada vez mais inofensivo (as pessoas aceitam cada vez mais e não vêem mal algum), e a sua prática só é ilegítima por uma perspectiva espiritual do Cristianismo. Por isso ela deve ser tratada no âmbito espiritual, e não pregada por aí como uma lei que religiosos fora de propósito queiram impor ao mundo sem sequer um fundo espiritual, mas por puro legalismo (o que só afugenta as pessoas do Cristianismo). É preciso lembrar que há uma separação natural entre o cristão e o mundo, e que, se o cristão quiser influenciar o mundo, que seja com o anúncio do evangelho da salvação, e não querendo mudar os modos do mundo (?!). Garanto que proibir reconhecimento legal de união homoafetiva ou protestar contra passeata gay, por exemplo, não vai abolir a homossexualidade no mundo. Em suma, é ao cristão que interessa se abster da prática homossexual (por motivos espirituais), e não à sociedade, que já está aprendendo a aceitar isso sem nenhum prejuízo (essa história de que vai contra a família não faz muito sentido, as famílias não são afetadas pela homossexualidade - ou você vai fazer guerra contra todas as pessoas que não são como você porque elas "vão contra" os seus princípios mesmo estando na delas?).

Emerson disse...

Bom, manito, concordo no que dizes no que tange ao respeito a homossexuais (e onde disse que discrimino homossexuais?) mas o que você faz então com o anúncio bíblico contra a prática homossexual (sexo anal, oral, etc.)? Vai me dizer que tudo isso a Bíblia passa por cima?

Você pode alegar que homossexualismo é inofensivo enquanto social mas isto não tira sua dimensão espiritual. Não sei o que você é mas diga o que quiser isto não muda o parâmetro divino. Masturbação também é pecado, adultério é pecado mas... PRÁTICA HOMOSSEXUAL NÃO É PECADO?

Diga o que quiser mas, se quiser ir contra os preceitos divinos, terá que começar a rasgar bíblias e perseguir cristãos por aí, meu amigo, se esse movimento pútrido gay (que na verdade faz um desserviço aos homossexuais que sofrem com essa opção)for levar as coisas às últimas consequencias. A sociedade, os médicos, podem dizer o que quiserem, que trepar com a mãe é normal, que transar com a filha possa ser normal mas isso não tira o efeito do padrão de Deus.

Em tempo, não é ser legalista quem quer fazer a vontade de Deus. O contrário é que é relativizar conforme o bel-prazer o que diz a Palavra de Deus e o ensino cristão. A não ser que você não for cristão (pois eu já tô cheio de conversar com gente arrogante e ignorante não-cristã que são agressivas e não querem dialogar)aí sim diga o que quiser. Mas isto não muda em nada a vontade de Deus.

O mundo passa, meu amigo, e as suas concupiscências, mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre.

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