Evangelho do dia - Mateus 7, 6.12-14

terça-feira, 21 de junho de 2011


Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.
Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.
Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.
O CAMINHO para a vida é o de acatar os ensinos de Jesus.
Mas isto não é fácil. Por exemplo, os fariseus tendiam a julgar os outros de modo duro, e é provável que muitos os imitassem. De modo que Jesus, prosseguindo com seu Sermão do Monte, deu a seguinte admoestação: “Parai de julgar, para que não sejais julgados; pois, com o julgamento com que julgais, vós sereis julgados.”
Era perigoso seguir a liderança dos excessivamente críticos fariseus. Segundo o relato de Lucas, Jesus ilustrou este perigo por dizer: “Será que um cego pode guiar um cego? Não cairão ambos numa cova?”
Ser crítico demais dos outros, exagerar suas faltas e criticá-los, é um grave delito. Por isso, Jesus perguntou: “Como podes dizer a teu irmão: ‘Permite-me tirar o argueiro do teu olho’, quando, eis que há uma trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e depois verás claramente como tirar o argueiro do olho do teu irmão.”
Isto não significava que os discípulos de Jesus não deviam usar de discernimento com respeito a outras pessoas, porque ele disse: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis as vossas pérolas diante dos porcos.” As verdades da Palavra de Deus são santas. São como figurativas pérolas. Mas, se alguns, que são como cães ou porcos, não mostrassem nenhum apreço por essas preciosas verdades, os discípulos de Jesus deviam deixar a tais e procurar ouvidos mais receptivos.
Embora Jesus considerasse a oração já anteriormente no seu sermão, enfatizou agora a necessidade de se persistir nela. “Persisti em pedir”, exortou, “e dar-se-vos-á”. Para ilustrar a prontidão de Deus, de responder às orações, Jesus perguntou: “Qual é o homem entre vós, cujo filho lhe peça pão - será que lhe entregará uma pedra? . . .  Portanto, se vós, embora iníquos, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?”
A seguir, Jesus apresentou o que se tornou uma famosa regra de conduta, comumente chamada de Regra de Ouro. Ele disse: “Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” Viver segundo esta regra envolve ação positiva em fazer o bem aos outros, e tratá-los assim como você quer ser tratado.
Que o caminho para a vida não é fácil é revelado pela instrução de Jesus

A Regra de Ouro — um ensino universal
“Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” — Mateus 7,12.
ESTAS palavras foram proferidas há quase dois mil anos por Jesus Cristo no seu famoso Sermão do Monte. Nos séculos desde então, muito se falou e se escreveu a respeito desta declaração simples. Entre outras coisas, ela tem sido louvada como “a própria essência das Escrituras”, “um resumo dos deveres do cristão para com o seu próximo” e “um princípio ético fundamental”. Ficou tão bem conhecida, que muitas vezes é chamada de Regra de Ouro.
No entanto, o conceito da Regra de Ouro de modo algum é exclusivo do mundo chamado cristão. O judaísmo, o budismo e a filosofia grega expõem todos esta máxima ética, de uma forma ou de outra. Bem conhecida, especialmente pelo povo do Extremo Oriente, é uma declaração de Confúcio, venerado no Oriente como o maior sábio e instrutor. Nos Analectos, o terceiro dos Quatro Livros de Confúcio, encontramos esta idéia expressa três vezes. Confúcio declarou duas vezes em resposta a indagações de discípulos: “Não faças aos outros o que não queres que os outros façam a ti.” Em outra ocasião, quando seu discípulo Zigong se jactou, “O que não quero que outros façam a mim tampouco quero fazer a eles”, o mestre deu a seguinte resposta ponderada: “Sim, mas isto ainda não és capaz de fazer.”
Lendo estas palavras, pode-se ver que a declaração de Confúcio é uma versão negativa do que Jesus disse mais tarde. A diferença óbvia é que a Regra de Ouro, declarada por Jesus, exige ações positivas, de fazer o bem a outros. Suponhamos que as pessoas agissem em harmonia com a declaração positiva de Jesus, importando-se com os outros e tomando medidas para ajudar outros e vivendo diariamente segundo este código. Acha que isso faria o mundo atual um lugar melhor? Sem dúvida que sim!
Quer essa regra seja declarada de forma positiva, quer negativa ou de outra forma, é significativo que pessoas em diversas épocas e lugares, e com formações diferentes, têm dado muito valor à idéia expressa na Regra de Ouro. Isto simplesmente mostra que aquilo que Jesus disse no Sermão do Monte é um ensino universal que influencia a vida das pessoas em todas as partes e em todas as épocas.
Pergunte a si mesmo: ‘Gostaria de ser tratado com respeito, imparcialidade e honestidade? Gostaria de viver num mundo sem preconceito racial, crime e guerra? Gostaria de fazer parte duma família em que todos se preocupam com os sentimentos e o bem-estar dos outros?’ Deveras, quem rejeitaria tal possibilidade? A realidade dura é que são muito poucos os que usufruem tais condições. Para a maioria, é quase impossível ter a esperança de que algo assim aconteça.
A Regra de Ouro perde o brilho
No decorrer da História, tem havido casos de crimes contra a humanidade, em que os direitos das pessoas foram totalmente desconsiderados. Esses incluem o tráfico de escravos africanos, os campos de morte nazistas, a exploração de trabalho infantil e o genocídio brutal em um lugar ou outro. Esta lista horrível pode ser muito maior.
Atualmente, o mundo com sua alta tecnologia é egocêntrico. Poucos pensam nos outros quando sua própria conveniência ou seus supostos direitos estão em jogo. (2 Timóteo 3,1-5) Por que é que tantos se tornaram egoístas, cruéis, insensíveis e egocêntricos? Não é porque a Regra de Ouro, embora amplamente conhecida, é rejeitada como uma irrealística relíquia de moral? Lamentavelmente, isto se dá mesmo entre muitos que afirmam crer em Deus. E a julgar pelo jeito que as coisas estão indo, as pessoas só vão ficar ainda mais egocêntricas.

Extraído de revistas cristãs

0 comentários:

Postar um comentário