A esperança supera o desespero!

segunda-feira, 4 de julho de 2011


Segundo os dicionários, desespero é a “perda de esperança”. Portanto, é evidente que, para superar o desespero, precisamos ter esperança!
A pessoa desafortunada que se vê obrigada a viver na calçada não se desesperará totalmente se tiver esperança. A esperança até mesmo pode dar aos que sofrem os tormentos da depressão clínica a coragem e a força para perseverar. Mas a esperança tem de ser fidedigna! O que significa isso?

A Base Para se Ter Esperança
Considere o que aconteceu com Sara, esposa do patriarca Abraão. Já quase aos 90 anos de idade, ela ainda era estéril e perdera a esperança de ter um filho. Todavia, quando seu marido tinha 99 anos, Deus repetiu uma promessa que fizera anos antes — que Abraão deveras teria um “descendente [literalmente: semente]”, ou herdeiro. Abraão sabia que se podia confiar nesta promessa. Imagine quão alegre Sara deve ter ficado quando este evento feliz ocorreu milagrosamente e ela deu à luz Isaque! (Gênesis 12,2, 3; 17,1-4, 19; 21,2) A confiança de Abraão em Deus não fora em vão, assim como o apóstolo Paulo explicou: “Por causa da promessa de Deus, [Abraão] não vacilou com falta de fé, mas tornou-se poderoso pela sua fé, dando glória a Deus”. — Romanos 4,20.
Paulo, escrevendo aos judeus que nos seus dias se haviam tornado cristãos, argumentou que por dois bons motivos eles podiam confiar na promessa feita por Deus, de salvação mediante Jesus. Citando a promessa de Deus a Abraão, e o Seu acompanhante juramento divino, o apóstolo argumentou:

“Os homens juram por alguém maior, e o seu juramento é o fim de toda a disputa, visto que é para eles uma garantia legal. Desta maneira Deus, quando se propôs demonstrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, interveio com um juramento, a fim de que, por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, nós, os que fugimos para o refúgio, tenhamos forte encorajamento para nos apegar à esperança que se nos apresenta.” (Hebreus 6,16-18)
O CEC (Catecismo da Igreja Católica) tem algo muito belo a dizer sobre isto:
274 - "Por isso, nada é mais adequado para consolidar nossa Fé e nossa esperança do que a convicção profundamente gravada em nossas almas de que nada é impossível a Deus. Pois tudo o que (o Credo) a seguir nos propor a crer - as maiores coisas, as mais incompreensíveis, bem como as que mais ultrapassam as leis ordinárias da natureza, desde que nossa: razão tenha pelo menos idéia da onipotência divina, ela admitirá facilmente e sem qualquer hesitação".
275 - Juntamente com Jó, o justo, nós confessamos: "Reconheço que tudo podes e que nenhum dos teus desígnios fica frustado" (Jó 42,2).

276 - Fiel ao testemunho da Escritura, a Igreja dirige com freqüência sua prece ao "Deus Todo-Poderoso e eterno" ("omnipotens sempiterne Deus..."), crendo firmemente que "nada é impossível a Deus" (Lc 1, 37).
1817 - A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo. "Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa" (Hb 10,23). "Este Espírito que ele ricamente derramou sobre nós, por meio de Jesus Cristo, nosso
Salvador, a fim de que fôssemos justificados por sua graça e nos tornás­semos herdeiros da esperança da vida eterna" (Tt 3,6-7).

1818 - A virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; assume as espe­ranças que inspiram as atividades dos homens; purifica-as, para ordená-las ao Reinodos Céus; protege contra o desânimo; dá alento em todo esmorecimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade.

Sim, as promessas de Deus são verdadeiras e confiáveis. Deus é todo-poderoso e extraordinariamente capaz de garantir o cumprimento da sua própria palavra.

Esperança — “Tanto Segura Como Firme”
Paulo escreveu que a esperança dos cristãos é “tanto segura como firme”. (Hebreus 6,19) Paulo sabia em que sua esperança se arraigava. Ele explicou: “Ela [a esperança] penetra até o interior da cortina.” O que significa isso? Paulo obviamente fazia referência ao antigo templo em Jerusalém. Neste havia um compartimento Santíssimo, separado por uma cortina do restante da estrutura. (Êxodo 26,31, 33; Mateus 27,51) Naturalmente, o templo literal em Jerusalém foi destruído há muito tempo. Portanto, a que corresponde hoje este Santíssimo?

Ao próprio céu, onde Deus está entronizado! Paulo explicou isso ao dizer que Jesus, depois da sua ascensão, “entrou, não num lugar santo feito por mãos [no templo em Jerusalém], que é uma cópia da realidade, mas no próprio céu, para aparecer agora por nós perante a pessoa de Deus”. (Hebreus 9,24) De modo que a esperança cristã, que nos ajuda a combater o desespero, não depende de políticos humanos, mas dum arranjo celestial. Depende Daquele a quem Deus designou, Jesus Cristo, o qual deu sua vida em resgate pelos nossos pecados e que agora aparece perante Deus em nosso favor. (1 João 2,1-2)

Esperança — “Âncora Para a Alma”
A fim de convencer seus leitores que a esperança deles de salvação por meio de Jesus era bem fundada, Paulo usou uma analogia. “Temos esta esperança”, explicou ele, “como âncora para a alma”. — Hebreus 6,19.
Viajantes tais como Paulo estavam bem familiarizados com âncoras. As âncoras antigas eram bem similares às atuais, muitas vezes sendo de ferro, com duas extremidades pontudas para se prenderem ao leito do mar. O navio de Paulo, em caminho para Roma, por volta do ano 58 d.C., estava em perigo de encalhar. Mas, quando o navio avançava cada vez mais para águas rasas, os marujos “lançaram quatro âncoras da popa”. Graças a estas âncoras, o navio suportou com segurança a tempestade. — Atos 27,29.39.40.44.
Então, o que deve fazer para tornar a sua esperança tão segura como uma âncora, para que possa suportar dificuldades econômicas, doenças físicas ou emocionais, ou quaisquer outras “tempestades” que possam surgir no seu caminho? Primeiro, certifique-se de que as promessas da Bíblia são fidedignas. “Certificai-vos de todas as coisas.” (1 Tessalonicenses 5,21) Vá à Igreja e aprenda do Evangelho do Senhor. Isto lhe assegurará que Deus “se torna o recompensador dos que seriamente o buscam”. (Hebreus 11,6). Que gloriosa esperança!
Leia cuidadosamente a Bíblia para ver que esta esperança é veraz. Aprenda do ensino e da doutrina da Igreja. Aprofunde-se na fé. Daí, empenhe-se para estabelecer uma íntima relação pessoal com Deus, tornando-se amigo dele assim como Abraão era. (Tiago 2,23) Visto que Deus é o “Ouvinte de oração”, fale-lhe sobre as suas preocupações. Se a sua maneira de se dirigir a Ele for sincera, a oração o ajudará a livrar-se dos seus fardos e a superar seu desespero. O Espírito de Deus talvez até mesmo providencie um modo para mudar a situação que o aflige. — Salmo 55,22; 65,2; 1 João 5,14-15.

‘Retenha o que é bom’!
Depois de recomendar aos seus condiscípulos que ‘examinassem todas as coisas’, Paulo acrescentou: “retende o que é bom.” (1 Tessalonicenses 5,21) Um modo de fazer isso é associar-se com o povo que também se apega à esperança cristã. O sábio Rei Salomão advertiu: “Quem anda com pessoas sábias tornar-se-á sábio, mas irá mal com aquele que tem tratos com os estúpidos.” (Provérbios 13,20) Não permita que o preconceito ou sentimentos de embaraço, além de críticas distorcidas que a mídia ou outros propagam o impeçam de procurar a Igreja. Por exemplo, entre os católicos há pessoas que no passado não tinham esperança. Mas o seu estudo da Bíblia, da doutrina e do ensino da Igreja, junto com a feliz esperança em Deus, reforça sua relação com Deus e lhes dá uma esperança fidedigna, semelhante a uma âncora. Será que isso realmente supera o desespero? Certamente que sim.

Você talvez tenha aguardado que o desespero acabasse, sem se dar conta de tudo o que estava envolvido nisso. Mas, se alguma vez tiver orado: “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra”, então tem orado pela vinda do Reino de Deus sob Jesus Cristo, reino este que abolirá todas as coisas que levam pessoas sinceras ao desespero. (Mateus 6,10) Seu estudo da Bíblia, da vida ativa na Igreja e da vida com outros que têm a mesma confiança reforçarão sua esperança na vinda do Reino de Deus. (1 Timóteo 6,12.19) Essa é a nossa gloriosa esperança. Adote de coração tal esperança para combater o desespero. Deveras, a esperança “não conduz a desapontamento”. — Romanos 5,5.

Extraído de revistas cristãs e adaptado por Emerson.

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