O que significa ser amigo do mundo? Significa simplesmente ser igual ao mundo, pensar assim como o mundo, compartilhar seus desejos, abrigar as mesmas ambições e demonstrar os preconceitos e ódios dele. Quem é amigo do mundo assume a atitude predominante que permeia a sociedade deste. O apóstolo Paulo chamou-o de “espírito que agora opera nos filhos da desobediência”. (Efé. 2,2) Esse espírito pode levar ao empenho nas práticas mundanas que Paulo citou em Gálatas 5,19-21:
“Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são fornicação, impureza, conduta desenfreada, idolatria, prática de espiritismo, inimizades, rixa, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões, seitas, invejas, bebedeiras, festanças e coisas semelhantes a estas.”
Qual é o resultado do empenho em tais modos mundanos? Somos advertidos de que “os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus”.
É evidente, pois, que nosso empenho em tais práticas, que Deus odeia, nos afastaria dele. Portanto, temos de tomar o rumo oposto, por mostrarmos o espírito e a atitude de Deus. Paulo nos diz que
“os frutos do espírito são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio . . . os que pertencem a Cristo Jesus penduraram na cruz a carne com as suas paixões e desejos”. (Gál. 5:22-24)
Assim, por demonstrarmos ter tais frutos, agradaremos a Deus e não ao mundo.
Lembre-se de que os objetivos do mundo são diferentes dos do cristão. Os objetivos do mundo são materialistas. Não acha nada demais sacrificar princípios corretos para promover interesses egoístas, mesmo que no processo se fira amigos íntimos. Seu modo de pensar é ajustado à idéia de que todos simplesmente deviam ser um pouco mais abastados. O mundo está ansioso a respeito de sua alma, quanto a que há de comer, beber ou vestir. (Mat. 6,25-30) A fim de evitarmos imitar o mesmo conceito materialista, temos de crer que Deus fará provisões para seu povo. Temos de ter fé em que ele pode abençoar e abençoará os nossos esforços de obter o necessário para a vida. Jesus, nosso Senhor, não tinha um lugar onde deitar a cabeça, mas o seu Pai fazia provisões para ele. (Luc. 9,58) Do mesmo modo, Jesus animou seus seguidores a não se preocuparem com a obtenção dos essenciais para a vida. Depois de dar uma poderosa lição para provar seu argumento, em Mateus, capítulo 6, versículos 25 a 30, Jesus assegurou aos seus seguidores:
“Portanto, nunca estejais ansiosos, dizendo: ‘Que havemos de comer?’ ou: ‘Que havemos de beber? ou: ‘Que havemos de vestir?’ Porque todas estas são as coisas pelas quais se empenham avidamente as nações. Pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. Buscai, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” — Mat. 6,31-33.É essencial que evitemos ser enlaçados pelas “ansiedades da vida”, desejando obter o que o mundo acha ser uma ‘vida confortável’. (Luc. 21,34) Jesus, na sua ilustração do semeador, disse que “as ansiedades deste sistema de coisas e o poder enganoso das riquezas sufocam a palavra”. (Mat. 13,22) Quão verazes, também, são suas palavras em Lucas 12,15: “Mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui”! A tolice de gastarmos nosso tempo no acúmulo de riquezas materiais para ter uma vida confortável foi bem ilustrada por Tiago. Ele observou: “O sol se levanta com o seu calor ardente e murcha a vegetação, e a flor dela cai e a beleza da sua aparência externa perece. Assim se desvanecerá também o rico no seu modo de vida.” (Tia. 1,11) Mais tarde, ele mostra a incerteza da vida por salientar: “Sois uma bruma que aparece por um pouco de tempo e depois desaparece.” Assim, em vez de confiarmos nos nossos planos, deveríamos dizer: “Se Deus quiser, havemos de viver e também de fazer isso ou aquilo.” (Tia. 4,13-15) Quão evidente é, em vista destes textos, que o cultivo da amizade de Deus é muito mais importante do que esforçar-se a ter uma vida confortável por armazenar coisas materiais!
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