A ditadura do "politicamente correto"

sexta-feira, 5 de agosto de 2011


Estou farto, enojado e injuriado com o que vem acontecendo no Brasil ultimamente.

Primeiro tivemos o tal sistema de cotas, que agora já vai para 3 anos de existência. Este sistema, que à princípio visava apenas privilegiar aos negros, fornecendo uma certa quantidade de vagas nas universidades públicas para pessoas de cor negra, depois foi também extendido aos alunos de escola pública, e atualmente apenas fornece alguns pontinhos adicionais no vestibular.

Para uma pessoa sensata, independentemente da cor, isto é uma afronta ao estado de direito e ao princípio da igualdade racial, um insulto aos negros, já que o governo os considera tão inferiores que precisam de pontos extras no vestibular para competir de igual para igual com os brancos, e para mim se trata de um apartheid as avessas.

Mas para os angelicais defensores do "politicamente correto", que doravante tratarei por pocós se trata de uma justa retratação às centenas de anos de humilhação e escravidão à qual os negros foram submetidos por nós, os brancos.

Esquecem-se porem que a maioria dos brancos existentes em nosso país são descendentes de imigrantes italianos, japoneses e etc, e não dos perversos donos de engenhos. Que desembarcaram aqui em situação igual a dos escravos recém libertos,se não pior, já que os ex-escravos não tinham dívidas, enquanto os imigrantes chegaram devendo até as calças. São os descendentes deste povo que vão pagar a "dívida da escravidão", mas para atenuar a carga racista das cotas, eles incluiram cotas para estudantes de escolas públicas.

Ora, isto é a assinatura da falência institucional do ensino público. Me lembra a piada do sujeito que pegou a esposa transando com o vizinho no sofá, e como providência vendeu o sofá. Mas os pocós justificam como sendo uma forma de não perpetuar as desigualdades sociais no nosso país, fornecendo ensino superior de qualidade aos alunos pobres que fizeram escola pública. Nós sabemos onde isto vai dar: Alunos despreparados nas faculdades.

Não satisfeitos com esta pataquada, os pocós lá do governo, baixaram outra lei que agrava os assim chamados crimes contra a religião. Acredito que pelas novas leis, aquelas charges contra o profeta Maomé, que foram publicadas lá na Dinamarca, se tivessem sido publicadas aqui dariam alguns anos de cana, e se voce observar o tratamento que os Dinamarqueses deram ao caso em comparação ao que sofreriam aqui no Brasil, percebemos a diferença entre a civilização e a barbarie.

No nosso país a religião goza de inúmeras regalias, alem de não ter que pagar os onerosos impostos que engessam os cidadãos e empresas que de fato produzem alguma coisa, certos lideres religiosos que eu não pretendo citar o nome, apesar de escandalosamente e de forma documentada extorquir os seus fiéis, não pode nem sequer ser criticado, sob as penas da lei, mas em nome do que os pocós chamam de respeito as diferenças, teremos que engolir mais esta. Fora a outra pocózisse da Lei Rouanet, que nada mais é do que um dízimo disfarçado.

Não satisfeitos, eles ainda agravaram o tabú do nazismo, proibindo divulgar o assim chamado revisionismo, que é uma teoria pseudocientífica de que o holocausto nunca existiu. Ora, tamanha incoerencia me deixa desnorteado. Com tantas pseudociências passando por ai impunes, como cartas psicografadas absolvendo réus em julgamentos e "médicos" homeopatas sendo contratados pelo SUS, por que perseguir o pobre e inofensivo revisionismo, que só serve para justificar as ações de determinados grupos neonazistas para os quais temos outras leis para condenar.

De acordo com o que eu li em um outro blog, a melhor forma de constatar que o nazismo é ridículo, e sendo nazista por uns tempos, a melhor forma de se lidar com nazistas e outros idiotas do mesmo calibre é trata-los do mesmo modo que se trata alguem acometido por gases, mas com toda esta proibição legal encima do assunto, o máximo que vai acontecer é atrair mais gente para as fileiras dos carecas do ABC. Chegamos ao limite de proibir a entrada de um carro alegórico da Viradouro por conta desta carolisse pocó.

Mas a mancada do ano foi a proibição do counter-strike, um jogo que já está no mercado há anos, pela arbitrariedade de um certo juiz mineiro, sob a justificativa de que é um jogo excessivamente violento. Com o perdão da palavra, mas este juiz é uma anta. É uma anta por que ele abriu um precedente para a proibição de novos jogos, e por que quem tinha intenção de compra-los originais, não terá o menor escrúpulo em baixar do emule, ou caso não tenha banda larga, de comprar no camelô mais próximo, dando à pirataria não um status de crime, mas de desobediência civil.

Meus parabéns, juiz, você acabou de mandar pro saco as campanhas antipirataria, e atrair mais compradores para este mercado. O motivo para esta proibição foi um bando de pais pocós que deveriam criar gatos ao invés de crianças achou que o joguinho é muito violento, e por conta de uma campanha da globo, que como devemos saber, é um antro de pocós, que acharam ruim um mapa onde o "roteiro" era mais ou menos assim:

Um grupo de representantes da ONU é sequestrado no Rio, e a policia vai resgata-los e é recebida a tiros. O jogador pode ser tanto da policia quanto traficante. Falar de violência no Rio já não é mais nenhuma novidade, e não vai ser varrendo pra debaixodo tapete que isto vai se resolver.

Outra idiotisse que falaram a respeito do CS é que ensina táticas de guerrilha. Gente... falar que CS ensina taticas de guerrilha é mesma coisa que falar que flight simulator ensina a pilotar avião, Trade Winds ensina tudo sobre comércio internacional, que dá pra aprender a governar um país jogando Civilization ou fazer mágica jogando Diablo.

Certa vez Voltaire disse "Não concordo com uma palavra do que você diz, mas lutarei até a morte pelo direito de dize-lo". Se quisermos manter a nossa liberdade de expessão, temos que expurgar o nosso país dos pocós, ou em breve estaremos pagando multa por falar palavrão em público.

Fonte: O Paraíso dos Tolos

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