O fundamentalismo militante

terça-feira, 2 de agosto de 2011

 

Atuar em movimentos sociais é uma nova forma de se fazer política que ao fim e ao cabo conecta-se aos instrumentos tradicionais da política.
TRADUZINDO: os movimentos sociais (e também as ONGS) nascem fora dos partidos, atuam independente dos mesmos, no entanto, nos momentos que necessitam de financiamentos públicos ou de aprovar projetos que lhes interessam, procuram respaldo partidário.

Essas novas formas de se fazer política podem ser danosas à liberdade individual e à democracia. Ousem gritar com um vira-lata nas ruas, mesmo este tendo urinado em suas calças, e vocês ter-se-ão de se haver com os militantes da causa animal. Ousem pisar na grama, apesar da placa “não pise na grama”, e vocês serão acusados, pelos ambientalistas, de promotores da serra elétrica (aqueles que derrubam árvores, mesmo as gramíneas). E jamais discordem do movimento político mais radical e atuante de nossos dias, o movimento gay, porque se o fizerem serão chamados de homofóbicos (pessoas que tem medo de homossexuais a ponto de odiá-los e querer matá-los). 

Sim. Se vocês discordarem da distribuição do polêmico (LOGO, TEM DE SER DISCUTIDO NO CONGRESSO, E COM PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE, TENDO EM VISTA QUE A EDUCAÇÃO DOS FILHOS CONCERNE PRIORITARIAMENTE AOS PAIS E NÃO AO ESTADO) kit-gay no ensino fundamental serão chamados de homofóbicos e receberão a mesma pecha caso discordarem da controversa PL 122/2006 (a chamada lei de homofobia). Sob os auspícios desta lei, o senhor que me lê, se demitir uma babá lésbica – mesmo sem nunca ter desconfiado das acrobacias que a valente pratica na cama – e a mesma, por ressentimento, o processar por homofobia o senhor poderá pegar de dois a cinco anos de cadeia – agora, demitir uma babá cristã não tem problema. Um diretor de escola que impedir um casal gay de se beijar no pátio da mesma (mesmo existindo uma regra em que alunos não podem namorar no recinto) poderá ser enquadrado por homofobia. Também será crime se pastores, rabinos ou padres, pedirem que João e Pedro não se agarrem no pátio de uma igreja. 


A constituição, através do artigo 5°, assegura a liberdade de culto. No entanto, um casal homossexual, para provocar religiosos, poderão beijar-se no pátio de uma igreja (o culto não é feito no pátio) sob o conforto da lei de homofobia. Qualquer casal gay ou heterossexual que tenha um pingo de decoro e decência jamais se beijaria em pátios de locais religiosos por uma questão de respeito, até porque conhecem praças, cinemas, quartos etc.

O movimento gay exige respeito mas não respeita os cristãos. Na parada gay alguns foliões zombaram de símbolos religiosos colocando camisinhas em santos e o movimento sequer pediu desculpas. Na tal marcha das vadias - um carnaval fora de época para adolescentes de 20 anos que não passariam ilesas por um mata-burros -, também fizeram escárnio de símbolos católicos. Ora, quer dizer que homossexuais militantes e mulheres militantes merecem respeito, mas os religiosos não? Alguma coisa está errada na mente aberta desta gente.

Estas incoerências devem ser discutidas, mas os movimentos sociais, apoiados por partidos políticos (o movimento gay tem apoio do PT e PSOL) querem impor suas políticas à força e difamar os que ousam discordar deles. Querem transformar o debate em uma briga de cristãos fundamentalistas, de um lado, e os defensores da diversidade, de outro. Ora, mas que diversidade é esta que fere a liberdade religiosa e de expressão? A PL122, criada pela ex-deputada Iara Bernardes (PT), numa jogada sorrateira da então senadora, Ideli Salvatti (PT), passaria como voto de liderança no Senado não fosse a expertise dos senadores, Magno Malta (PR) e Demóstenes Torres (DEM) que exigiram que a proposta de lei fosse debatida.  Luis Inácio Lula da Silva, então presidente da República, afirmou que se o Senado aprovasse a lei de homofobia ele a sancionaria sem pestanejar. Ou seja, a turma do PT estava disposta a aprovar a lei sem debater com a sociedade. O que este pessoal ainda não entendeu é que não somos a Venezuela, que vive de decretos assinados pelo presidente da República.      

Como afirmei a princípio, há um conluio entre movimentos sociais e partidos, que passa pela afinidade ideológica e pelo Estado (hoje comandado pelo PT) enchendo de dinheiro as burras destes movimentos.

Nem todos os homossexuais – certamente a maioria deles - são simpatizantes do (s) movimento (s) gay (s), muitos os desconhecem. Os gays vivem harmoniosamente com a comunidade cristã porque esta não prega violência e perseguição contra os mesmos, quem o faz são os grupos neonazistas (chamados skinheads) e o fazem também contra latinos, negros e judeus. E qualquer ato de violência deve ser punido de acordo com o código penal. Em casos de assassinatos, a pena vai de 12 a 30 anos de detenção. Não faz sentido uma lei especial para assassinatos de homossexuais, a lei tem de ser iguais para todos. A PL122 é a lei do privilégio, não da homofobia. Eu defendo que o código penal seja mudado. Defendo que as punições para assassinos sejam asseveradas. Assassinos de cachorros? Não. Assassinos de gramas? Não. Assassinos de gente? Sim. Ricardo e João assaltaram uma loja, o primeiro matou um gay, o segundo matou um heterossexual, ambos têm de ser punidos igualmente.

Não dá para entender a fixação que o movimento gay tem pelos cristãos. Não existe no cristianismo, seja na igreja católica ou na infinidade de igrejas evangélicas, um só discurso que legitime ou promova a perseguição de homossexuais. Cristãos consideram o homossexualismo pecado tal como o consideram o adultério, o alcoolismo etc., e pensar desta forma é um direito que os concerne, o que não podem é ter força de Estado para moldar a sociedade segundo sua imagem e semelhança tal como os movimentos sociais não podem utilizar-se do Estado para configurar a sociedade como desejam. Um homem pode andar na rua vestido de mulher? Pode. Um homem pode entrar vestido de mulher nos templos sagrados? Não pode, porque deve respeitar às regras dos templos (que têm direito a culto garantido pela constituição, não pela bíblia, senhor Jean, ex-BBB). Portanto, se um pastor, um padre ou um rabino pedir ao Marcelo que não entre no templo vestido de Tereza, não estará cometendo crime algum. E mais: se a Tereza, quer dizer, se a Marcela, quer dizer, se o Marcelo não concorda com os princípios de uma determinada religião, por que a procura?

Estes movimentos sociais são compostos de militantes fanáticos e dirigidos por homens que desejam força de Estado para promover uma revolução civilizatória na qual o cristianismo é uma pedra no caminho por isso querem esvaziá-lo de sentido. E para tanto criam guerras imaginárias entre fundamentalistas cristãos e os promotores da diversidade. Ora, quem está propondo lei que criminaliza os cristãos é o movimento gay. Quem faz chiste com os cristãos em vias públicas são os gays e outros marchadores imbecis. Cristãos, quando muito, oram para estes senhores. Mas, contra militantes revolucionários, orar não basta, é preciso agir.

O fundamentalista gay

O senhor Jean Wyllys, ex-BBB e hoje deputado, escreveu um artigo na revista carta capital no qual afirmou o seguinte:

 “Algo disso já podem ser observados por aqui, como no recente massacre perpetrado por um cristão fanático na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, subúrbio do Rio de Janeiro, no qual a velha mídia optou por não dar ênfase ao seu fanatismo cristão”. artigo inteiro

É de uma vigarice sem tamanho a ilação deste senhor. O assassino das crianças no Realengo se dizia da religião islâmica. O que o cristianismo tem a ver com o fato? Nada. E, ainda assim, não podemos sacrificar milhares de islâmicos porque existem alas extremistas da religião que matam em nome de Alá. O senhor Jean derrapou feio. Colocar o cristianismo como motivação do assassinato das crianças do Realengo é de um desrespeito monumental para com os cristãos, esse sujeito tem de ser processado porque mentiu e porque está promovendo o ódio religioso. Aliás, ele não tira o cristianismo da cabeça, se um deputado ateu discorda dele na tribuna ele corre para os microfones (embora não goste de aparecer) e se diz vítima (ele adora este papel) dos fundamentalistas cristãos. Se um cachorro mordê-lo ele levantará o dedo em riste e dirá: “seu fundamentalista cristão”. É uma tara doentia!

E vamos brincar um tantinho de lógica. Jean disse que o assassino de realengo cometeu o crime por motivação religiosa. Eu digo que ele cometeu o crime porque era um psicopata (independente se ele ia pra cama com homens, ou se lia a bíblia, o alcorão ou a revistinha da Mônica antes de dormir). Segundo esta lógica analfabeta do Jean, se amanhã a polícia encontrar crucifixos e uma bíblia na casa dos assassinos de Sandra Gomide, o crime, automaticamente, tornar-se-á de motivação cristã. Ora, faça-me o favor, senhor Jean, por que não se cala? Se manca e tenha um pingo de honestidade intelectual, rapaz!

Os fundamentalistas gays contra o indivíduo livre

No universo militante, gay bom tem de andar carregando bandeiras da causa, negro bom tem de andar bradando chavões da causa, índio bom tem de ser do movimento indígena, e o mesmo vale para outras ditas minorias. Indivíduos livres e não dispostos a andar de braços dados com esta gente, eles jogam no lixo. Querem um exemplo?

Vejam o que falou o dramaturgo da TV Globo, Aguinaldo Silva, à revista Veja:

"Tem um grupo gay da Bahia que diz que eu sou o inimigo número um dos homossexuais. Dizem que nas minhas novelas os homossexuais são estereotipados. Essas entidades são todas um saco, todas elas tem interesses econômicos, vivem à custa do governo ou daquelas empresas alemães que por má consciência financiam qualquer coisa. Se você bota hoje em dia uma bandida disfarçada de enfermeira, trinta sindicatos de enfermagem espalhados pelo Brasil te processam. Aí você tem que se preocupar com a audiência em Rondônia, em Tocantins... E não dá, porque você ainda tem uma novela para escrever"  entrevista inteira

Eis aí uma bela diferença entre militantes fundamentalistas de movimentos sociais e um indivíduo livre. Estes fundamentalistas na política representam um perigo. Quanto mais nos afastarmos da política melhor para eles que terão liberdade de usá-la para seus fins. Oremos, mas também vigiemos.
 
Fonte: http://blogdoandrehenrique.blogspot.com/2011/08/o-fundamentalismo-militante.html

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