Mito ateu nº1: "os ateus são mais inteligentes"

terça-feira, 27 de setembro de 2011


Dando início à série "Mitos Ateus", neste vou comentar sobre a alegação (um tanto pomposa) de certos ateus em se dizerem mais "intelectualmente brilhantes" que os teístas.
Vendo nisto um tremendo descalabro (pois nível intelectual diz nada ou pouco da existência ou não de Deus, além de ser um tipo de argumento de apelo à autoridade) eu também não estou dizendo que os teístas são mais inteligentes que os ateístas ou vice-versa. A questão é que esta alegação provêm de uma base que não diz muito sobre a questão, a não ser de que pessoas buscam o conhecimento, independente de suas crenças.
Certos ateus alegam que a crença religiosa tinha diminuído em 137 nações desenvolvidas no século 20, ao mesmo tempo como as pessoas se tornaram mais inteligentes.

Tudo começou como uma estatística desse tipo levantada pelo professor Lynn, professor emérito de Psicologia da Universidade do Ulster e que é usada por muitos ateístas em alegar que, simplesmente dizendo, os ateus são mais inteligentes que os teístas.

Mas o professor Gordon Lynch, diretor do Centro de Religião e Sociedade Contemporânea no Birkbeck College, Londres, disse que esta alegação não leva em consideração uma vasta gama complexa de fatores sociais, econômicos e históricos.

"Ligar a crença religiosa e a inteligência dessa maneira poderia refletir uma tendência perigosa, o desenvolvimento de uma caracterização simplista da religião como primitivo, que - enquanto estamos tentando lidar com questões muito complexas do pluralismo religioso e cultural - talvez não seja a resposta mais útil." (Gordon Lynch)

O dr. Alistair McFadyen, professor de teologia cristã na Universidade de Leeds, disse que a conclusão de ateístas terem QI superior "tem um leve toque de imperialismo cultural ocidental, bem como um sentimento anti-religioso."

O dr. David Hardman, principal professor no desenvolvimento da aprendizagem na London Metropolitan University, disse:

"É muito difícil para conduzir experimentos reais que explicam a relação causal entre QI e crença religiosa. No entanto, há evidências de outros domínios que os níveis mais elevados de inteligência estão associadas a uma maior capacidade - ou talvez a vontade - para questionar e derrubar as instituições fortemente estabelecidas."

Para saber mais veja o livro "Ciência X Religião: o que os cientistas realmente pensam": http://www.amazon.com/Science-vs-Religion-Scientists-Really/dp/0195392981

Ao contrário da crença e alegação comuns dos ateus (que quanto mais inteligente e científico, mais você deixa de crer em Deus ou que cientistas ateus são ateus por causa da ciência) Ecklund explora as crenças religiosas pessoais de cientistas. Cerca de 53% dos cientistas de elite não têm tradição religiosa, mas isso também significa que quase metade deles têm algum tipo de espiritualidade. Aqueles que rejeitam a religião muitas vezes o fazem por razões que nada têm a ver com a ciência (por exemplo, antecedentes familiares ou o problema do mal). Cerca de 20% de ateus e agnósticos ainda se descrevem como "espirituais".

Então, muitos cientistas ateus não o são por causa da ciência mas por algum "problema secundário" com o que acham do teísmo (problemas familiares e outros).

Sobre este livro, disseram:

"Uma vez que as pesquisas das crenças religiosas dos cientistas começaram há quase um século, ninguém produziu um estudo tão profundo e amplo como Ecklund. Talvez a descoberta mais surpreendente é que quase um quarto dos ateus e agnósticos se descrevem como 'espirituais'. Certamente 'Ciência X Religião' será o padrão de tais pesquisas para as próximas décadas."(Ronald L. Numbers, Professor de História da Ciência e Medicina da Universidade de Wisconsin, Madison

"Ecklund dissipa os mitos sobre professores de ciência atuais, oferecendo uma espiada baseada em evidências por trás das portas da academia."(Publishers Weekly)

"'Religião X Ciência: o que os cientistas realmente pensam' é um livro reconfortante e animador. Suas conclusões merecem ampla atenção - e discussão. Com este livro, Ecklund fez um grande serviço à ciência, à religião e ao bem comum." (Rod Dreher, Beliefnet)

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