O professor Marco Antônio Ferreira Lima (foto), da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, foi demitido por usar de piadas homofóbicas no Facebook. Em algumas delas, ele zombava do STF (Superior Tribunal Federal) por legalizar a união estável de pessoas do mesmo sexo e por ter autorizado a chamada Passeata da Maconha.
No dia 17 de junho, às 8h54, Lima escreveu um “aviso de utilidade pública” no qual disse que o “STF determinou que ser gay agora é obrigatório”.
Ele fez ainda menção ao uso de “supositórios mentolados extra-extra-grandes”.
No dia 26 do mesmo mês afirmou: “Deus criou o homem e a mulher! O resto quem criou foi o STF…”.
Antes, no dia 22: “viva falcão… homem é homem, menino é menino, macaco é macaco e viado é viado…” Falcão é o cantor de música brega. Faz parte de sua discografia, por exemplo, “A besteira é a base da sabedoria” e “What Porra Is This?”
Estudantes disseram que o professor também faz piadas homofóbicas em sala de aula. Ele acumula a função de procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo. Formou-se doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Na terça-feira do dia 30 de agosto, Lima usou o Facebook para defender o seu irmão Paulo Marcos, também professor da Mackenzie e procurador de Justiça, em um caso que está agitando os meios estudantis e jurídicos, pois, Paulo ameaçou dar voz de prisão a uma aluna Tatiana, do 5º semestre noturno, porque ela questionou a sua metodologia de ensino.
Tatiana foi acusada por Marcos de racismo no Facebook, segundo ele, porque ela teria chamado seu irmão de “negro sujo”, dizendo que “preto não pode dar aula no Mackenzie e que “preto não pode ter poder”.
“Somos negros sim e não ‘afro-descendentes’. “Temos orgulho de ter engraxado o sapato dos pais de muitos brancos que hoje são nossos colegas…” Post de Marcos no seu perfil da rede social de setembro de 2011.
Em nota, Rodrigo Rangel – presidente do Centro Acadêmico João Mendonça Júnior – acusou Paulo de abuso de poder, dizendo: “Em um país de ‘Doutores’, em que qualquer um se acha acima da lei, não podemos permitir que em nossa faculdade, um ambiente exclusivamente acadêmico, pessoas desse tipo continuem a desrespeitar nossa Constituição, em uma perfeita cena de abuso de autoridade”.
O professor Marco Antônio Ferreira Lima deletou no dia 31 de agosto seu perfil no Facebook, onde debochou dos homossexuais e STF., o que não adiantou se a intenção era esquecer o assunto polêmico, pois, seus comentários, contudo, foram reproduzidos por vários blogs e sites.
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