Sim. Para a Igreja Católica, oficialmente, Adão e Eva e alguns relatos de Gênesis foram sim literais. Se Adão e Eva não existiram como pessoas reais, não teria sentido a obra da Redenção, dado sua finalidade em eximir as consequências da Queda.
As respostas para isso encontramos na Encíclica Humani Generis, do Papa Pio XII (de 12 de Agosto de 1950) que foi criada (no subtítulo) para enfrentar "algumas opiniões falsas que ameaçam minar os alicerces da doutrina católica.
37. Mas, tratando-se de outra hipótese, isto é, a do poligenismo, os filhos da Igreja não gozam da mesma liberdade, pois os fiéis cristãos não podem abraçar a teoria de que depois de Adão tenha havido na terra verdadeiros homens não procedentes do mesmo protoparente por geração natural, ou, ainda, que Adão signifique o conjunto dos primeiros pais; já que não se vê claro de que modo tal afirmação pode harmonizar-se com o que as fontes da verdade revelada e os documentos do magistério da Igreja ensinam acerca do pecado original, que procede do pecado verdadeiramente cometido por um só Adão e que, transmitindo-se a todos os homens pela geração, é próprio de cada um deles.(11)O pe. Jim Tucker, blogmaster do Dappled Things, Um site popular, que foi descontinuado em 2008, Escreveu no combox do mesmo vídeo no página web Word of Fire:
Se não formos ler Adão como uma pessoa literal, mas apenas uma construção teológica, então, se lermos a descrição de São Paulo de Jesus como o "Novo Adão", Jesus torna-se então uma construção teológica. No entanto, Jesus é Deus encarnado, Deus em carne, muito mais uma pessoa real. Assim, a comparação de São Paulo traz à tona o fato de que o pecado - o pecado que é muito real em nossas vidas até hoje - o pecado veio ao mundo através da escolha de uma pessoa real chamada Adão, de modo que a Redenção - uma necessidade muito real para as nossas vidas - também veio por uma pessoa real: Jesus Cristo.Dizer que Adão não foi uma figura literal e histórica seria também contrário ao entendimento da Santíssima Virgem Maria como a segunda Eva: um motivo muito comum nos Padres da Igreja e na Mariologia católica desde o princípio. Se não houvesse uma Eva literal que disse "não" a Deus, então, por analogia, não haveria uma Maria literal que disse "sim" e tornou a Redenção possível, em termos de ser a Mãe de Deus (Deus Filho encarnado).
Portanto, assim como a analogia paulina de Adão e segundo Adão (Cristo) requer uma compreensão literal, o mesmo acontece com a analogia Eva-Maria. Assim como houve um Adão literal que realmente caiu (e a raça humana com ele: Rm 5,15; 1 Coríntios 15,22), exigindo, portanto, a redenção de Cristo, por isso houve uma Eva histórica real, que disse "não" a Deus e, portanto, por analogia, uma Maria real, que disse "sim" e mostrou o caminho para a Redenção por ser a Mãe de Deus (encarnado).
Um eminente filósofo escreveu sobre a historicidade de Adão e Eva, à luz da evolução naturalista, no livro A origem das espécies humanas (Sapientia Press, 2003), onde defende a realidade de Adão e Eva.
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