Sou brasileiro, sim - e não gosto do Carnaval

sábado, 11 de fevereiro de 2012


Sou brasileiro, sim - e tenho valores. Infelizmente faço parte de uma minoria privilegiada, que goza desta verdadeira riqueza da qual podemos usufruir, graças à boa ação da Igreja de fomentar a civilização. A maioria dos que vivem comigo, nesta terra, ainda tem alma de pirata - e esta riqueza, construída com sangue, suor, martírio e lágrimas, está prestes a ser esbulhada por um governo petralha e canalha.

Por ter valores, não curto Carnaval. Isso é festa de apátrida, de débil mental, destinada ao internacional. E o objetivo dos governos irresponsáveis da república é óbvio: é, através do Turismo, arrecadar divisas, capital - e isto será ainda mais lucrativo, se for à custa do trabalho, da honradez, da moral; afinal, como revolucionários que eles são, esta´política faz sentido, já que a democracia se baseia na lógica do estelionato, já que estes seqüestraram o poder e ficam a desmandar e a dilapidar os produtos do trabalho. Por isso que, como monarquista, ainda prefiro os estudos, o livre debate, os saraus - afinal, nós sabemos que um governo justo, responsável e estável é um fator fundamental para a verdadeira causa das civilizações: a capitalização moral, que se dá ao longo das gerações. Esse é o processo mais seguro de se trocar esta situação insatisfatória, em que vivo, pela situação mais satisfatória, mais concreta e mais honesta possível, que será a vivida a partir dos meus filhos, e que tende a se aperfeiçoar no tempo, a partir da geração dos meus netos. É preferível isso à transformação social - por essa razão, trabalharei de modo a que meus filhos e meus amigos fujam do futuro auto-adiável, fundado no amanhã impossível, cuja ordem, autoritária por si mesma, deriva da proibição absoluta dos poréns, dos senões. Afinal, essa é a verdadeira imagem do Carnaval.

Contra fatos não há argumentos. Já estou prevendo que vai chover e-mails na minha horta - a maioria contendo reclamações injuriosas, cheias de ofensas, de "arjumentos".

A Deus, nada mais eu peço. E cá eu me despeço.

Por: José Octávio Dettmann

1 comentários:

Idevam disse...

o carnaval e o opio do povo

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