Uma lésbica EXIGE receber comunhão na Igreja OU Vontade de comprar macarronada no McDonald’s

sexta-feira, 2 de março de 2012


Barbara quer que o padre seja afastado da paróquia

Fonte: Paulopes

por Michelle Boorstein, do The Washington Post

Com profunda tristeza e luto, Barbara Johnson (foto) estava no primeiro lugar da fila para a comunhão no funeral de sua mãe, na manhã de sábado. Mas o padre à sua frente imediatamente deixou claro que ela não iria receber o pão e o vinho sacramentais.

Johnson, dona de um estúdio de arte, havia chegado à Igreja de São John Neumann, em Gaithersburg, com a sua parceira lésbica. O padre Marcel Guarnizo ficara sabendo de seu relacionamento pouco antes da celebração.

“Ele colocou a mão sobre o corpo de Cristo e olhou para mim e disse: ‘Eu não posso lhe dar a Comunhão, porque você vive com uma mulher, e, aos olhos da Igreja, isso é pecado”, disse ela.

Ela reagiu com um silêncio atordoado. Sua raiva e indignação, agora, levaram a ela e aos membros de sua família a exigir que Guarnizo seja removido do seu ministério.

Seus familiares disseram que o padre deixou o altar enquanto Johnson, de 51 anos, estava proferindo um elogio fúnebre e não compareceu ao enterro nem encontrou outro padre para estar lá.

“Você trouxe a sua política, e não o seu Deus, para aquela Igreja ontem, e você vai pagar caro no dia do juízo por me julgar”, escreveu ela em uma carta a Guarnizo. “Vou rezar pela sua alma, mas primeiro vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ver você removido da vida paroquial, para que assim você não tenha a permissão de ferir ainda mais famílias”.

Na noite de terça-feira, Johnson recebeu uma carta de desculpas do padre Barry Knestout, um dos mais altos administradores da arquidiocese, que disse que a falta de “bondade” que ela e sua família receberam “é causa de grande preocupação e de arrependimento pessoal para mim”.

“Lamento que o que deveria ter sido uma celebração da vida de sua mãe, à luz da fé dela em Jesus Cristo, foi ofuscada por uma falta de sensibilidade pastoral”, escreveu Knestout. “Espero que a cura e a reconciliação com a Igreja possam ser possíveis para você e para outras pessoas que foram afetadas por essa experiência. Enquanto isso, vou oferecer a missa pelo feliz repousou da alma de sua mãe. Que Deus traga conforto a você e à sua família em seu luto e esperança na ressurreição”.

Johnson chamou a carta de “reconfortante” e disse que aprecia muito o pedido de desculpas. Mas, acrescentou, “eu não ficarei satisfeita” enquanto Guarnizo não for removido.

A ação do padre também provocou um tumulto entre os ativistas pelos direitos dos gays e animou alguns conservadores religiosos. Ela ocorreu poucos dias depois que a Câmara dos Deputados do Estado de Marylandaprovou uma lei que legaliza o casamento homossexual no Estado. O governador Martin O’Malley (democrata) deve assiná-la ainda esta semana.

“O padre Marcel Guarnizo foi jogado embaixo do ônibus por seguir o cânone 915!”, escreveu um blogueiro católico da arquidiocese. “A questão aqui não é o padre, mas sim Barbara Johnson”. [Esse cânone diz: "Não sejam admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditos, depois da aplicação ou declaração da pena, e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto".]

As autoridades da arquidiocese, no início, emitiram uma breve declaração dizendo que as ações do sacerdote eram contra as “políticas” da Igreja e que eles iriam olhar para o caso como um assunto pessoal.

“Quando surgem dúvidas sobre se um indivíduo deve ou não se apresentar à comunhão, não cabe às políticas da arquidiocese de Washington repreender publicamente essa pessoa”, disse o comunicado. “Qualquer questão relativa à adequação de um indivíduo para receber a comunhão deve ser abordada pelo padre com essa pessoa em um ambiente privado e pastoral”.

Mensagens enviadas para Guarnizo e outros membros da paróquia não foram respondidas. Nem ele nem outras lideranças paroquiais estavam na igreja ou na secretaria paroquial na noite da última terça-feira.

Católicos ativos na região metropolitana de Washington disseram que não conseguiam se lembrar de outra ocasião recente em que um padre se recusou a administrar o sacramento a um católico gay. A recusa de Guarnizo, disseram, parece estar em desacordo com a firme posição contra a negação da comunhão aos católicos enunciada pelo arcebispo de Washington, o cardeal Donald Wuerl.

Wuerl disse não acreditar na negação da comunhão, porque é impossível saber o que está no coração da outra pessoa. A questão surgiu durante a campanha presidencial de 2004, quando alguns líderes católicos conservadores disseram que o senador John F. Kerry, de Massachusetts, candidato democrata, deveria ter a comunhão negada por causa de seus pontos de vista pro-choice [em defesa do direito a abortar ou não].

Johnson disse que sua parceira de 20 anos estava ajudando a família na igreja antes do caso, quando o padre lhe perguntou quem ela era. “E ela disse: ‘Eu sou a parceira dela’”, lembrou Johnson.

Quando Guarnizo cobriu o vinho e as hóstias com a mão durante a comunhão, Johnson ficou ali por um momento, pensando que ele iria mudar de ideia, contou. “Eu só fiquei ali, em estado de choque. Eu estava de luto, chorando”, disse ela. “O corpo da minha mãe estava atrás de mim, e tudo que eu queria fazer era ficar junto dela, e a última coisa era fazer um funeral bonito, e aqui estava eu a decepcionando porque havia uma cena…”.

A mãe de Johnson e seu falecido pai foram fiéis praticante por toda a vida, que sofreram para mandar seus quatro filhos para escolas católicas, disse Barbara e seu irmão, Larry Johnson, um contador forense que vive em Loudoun County. Barbara vive no noroeste de Washington e, durante anos, lecionou arte na Elizabeth Seton High School, em Bladensburg, seu ex-colégio.

Apesar de sua indignação, a família Johnson disse que não vê o incidente como razão para criticar a Igreja de forma mais ampla. “Concordamos que essa não é uma discussão sobre os direitos dos gays ou sobre os ensinamentos da Igreja Católica”, disse Larry Johnson.

Mas, desde sábado, outros católicos disseram a eles que a experiência abalou a sua fé. “Há sérios questionamentos sobre como os católicos norte-americanos em particular praticam a sua fé. Quantas pessoas divorciadas vivem em um estado técnico de pecado? Quantas pessoas praticam alguma forma de controle de natalidade artificial em estado de pecado?”, questionou ele. “Se a Igreja agora aplicar essa polícia do ‘estado de graça’, como vai ser? Essa [a homossexualidade] é a coisa mais pessoal do mundo – entre a pessoa e Deus”.

Com tradução é de Moisés Sbardelotto.

Comentários de Luciano Ayan (http://lucianoayan.com)
A perda do senso de proporções dá exatamente nisso. A tal de Barbara Johnson entra em uma Igreja, demonstra que é lésbica, e, ao não receber a comunhão, quer que o padre seja afastado da paróquia. Motivo para a expulsão? O fato dele ter seguido a doutrina da Igreja… dentro da Igreja.

A situação é tão ridícula quanto se você entrasse no McDonald’s, exigisse comer macarronada, e o atendente lhe dissesse “não podemos lhe servir, pois não temos macarronada em nosso cardápio”, e daí fosse reclamar no Procon.

A tal de Barbara Johnson se disse chocada, mas qualquer maluco poderia se dizer “chocado” por não comer macarronada no McDonald’s.

Se a Igreja em questão abrir as pernas e “pedir desculpas” (parece que até é essa a intenção), estará sendo aberto um precedente gravíssimo. Isso significaria que as regras dentro da Igreja teriam que atender a de grupos que se OPÕEM à Igreja.

A atitude mais decente de Barbara seria a de NÃO IR SE COMUNGAR.

Mas como tenho mostrado, depois do gayzismo, a moda dos gays não é apenas vivenciarem sua homossexualidade em primeiro lugar, mas transformar seu comportamento sexual em CAUSA POLÍTICA.

O que temos aqui é um evento normal, enquanto Barbara tenta capitalizar politicamente.

E as coisas vão piorar bastante, com atitudes mais desaforadas ainda, antes de começarem a melhorar.

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