O processo movido pelo Ministério Público Federal contra o pastor
Silas Malafaia voltou a ser tema de artigos do jornalista Reinaldo
Azevedo, colunista da revista Veja.
Azevedo, que é católico, tem se posicionado em seus artigos de forma
semelhante ao pastor nas críticas ao PL 122. Silas Malafaia considera o
projeto como a “lei do privilégio” para os ativistas gays.
No artigo “
Movimento gay quer passar de beneficiário da liberdade de expressão à condição de censor?”,
Reinaldo Azevedo critica a postura dos ativistas gays, que segundo ele,
querem impor mordaça às religiões e ao livre pensamento: “Então eles
podem pegar símbolos de uma denominação cristã, que têm valor para mais
de um bilhão de pessoas, submetê-los a uma, como posso dizer,
“interpretação livre”, mudando ou mesmo invertendo seu sentido moral,
mas um líder religioso deveria ser impedido de dizer o que pensa?”,
pontua o jornalista, fazendo referência ao caso da Parada Gay de 2011,
quando a organização do evento espalhou cartazes com doze modelos em
posições homoeróticas.
Na ocasião, o pastor Silas Malafaia afirmou que a igreja católica
deveria reagir ao que chamou de “ridicularização” dos símbolos
católicos. A reação do pastor gerou protestos por parte dos ativistas
gays e o processo movido pelo Ministério Público, que o acusa de incitar
a violência. Sobre o processo, Azevedo afirma que apesar de não
concordar com tudo que Malafaia diz a respeito do homossexualismo,
acredita que o pastor está sofrendo uma tentativa de censura: “Devo
silenciar diante de uma óbvia tentativa de calá-lo, ao arrepio,
parece-me, da lei? Sim, a Justiça vai decidir, mas posso e devo dizer o
que acho. Acho que estão recorrendo a uma óbvia linguagem metafórica com
o propósito de se vingar de um notório crítico da dita Lei
Anti-Homofobia. Entendo que estamos diante de um caso clássico de uso da
lei para intimidar ou calar aquele que pensa de modo diferente”.
Reinaldo Azevedo afirma que “é a liberdade de expressão como um valor
universal que permite hoje a essas ditas minorias, a esses grupos de
pressão, falar, reivindicar etc. O que querem? Coibir a dita homofobia
metendo na cadeia quem não comunga de seus valores?”, numa crítica ao
que ele classifica de “sindicalismo gay”.
Em outro artigo sobre o tema (
A marcha da intolerâcia. A única vítima de preconceito é o pastor),
Azevedo afirma que não irá se calar, colaborando para a “para a
reinstalação da censura no Brasil”, e diz que não aceita que “que
partido, grupo ou grupelho decidam o que posso pensar ou não — em
especial quando essa patrulha se exerce na contramão de direitos
garantidos por uma Constituição democrática”.
Neste mesmo artigo, o colunista de Veja afirma ser contra o casamento
gay: “Considero, absurda a decisão do Supremo que igualou legalmente os
casais gays aos héteros. A razão é simples. A Constituição é explicita
ao afirmar que a união civil se estabelece entre homem e mulher. Sem a
mudança da Carta — o que só pode ser feito pelo Congresso —, o Supremo
legislou e fez feitiçaria constitucional. Atrás desse precedente, podem
vir outras ‘interpretações criativas’ da nossa Lei Maior”.
Explicando o motivo pelo qual se incomodou com a tentativa de censura
à Malafaia, Reinaldo Azevedo classifica os ativistas gays de fascistas:
“A proteção a minorias não pode ser maximizada a ponto de pôr em risco
direitos fundamentais — entre eles, a liberdade de expressão. Esse caso
envolvendo Malafaia me incomodou especialmente porque é preciso pôr
(sic) um ponto final à ousadia dessas hordas fascitoides”.
Fonte:
Gospel+
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