O Dr. William Lane Craig refuta Dawkins sobre a presunção do ateísmo e o Bule de Chá de Russell

quinta-feira, 7 de junho de 2012



Mas o que dizer de coisas como a Fada dos Dentes, duendes e Papai Noel? Os ateus afirmam que não é preciso refutar a Deus pela mesma razão que não precisam refutar a existência de fadas de dentes, duendes e Papai Noel. O problema com a comparação com os dois últimos itens é que, enquanto nossa situação epistêmica sobre Deus nem sempre satisfaz a expectativa de Provas e Critérios de Expectativas do conhecimento, a nossa situação epistêmica sobre duendes e Papai Noel satisfazem - podemos contestá-los o tempo todo. Há poucas, ou nenhuma pessoa que defende a sua existência e que nós nunca somos chamados para dar essas razões. Se o Papai Noel existe devemos esperar para ver (mas não vemos), muitas evidências desse fato, incluindo armazéns no Pólo Norte, um grande trenó, e assim por diante, do mesmo modo que houve biologicamente minúsculos seres humanos neste planeta devemos esperar para ver, mas não, as suas provas: aldeias em miniatura, resíduos, os ossos de seus mortos - prova semelhante ao que temos para ratos, hamsters e outros bichos de pequeno porte. Se houvesse mais gente hoje que defende a existência de duendes e Papai Noel, então seria totalmente adequado que entrássemos em diálogo com eles, dando razões da sua não existência.

Neste ponto, um ateu poderia objetar que a Fada do Dente é diferente de duendes e Papai Noel porque ela é invisível (ela é invisível na história?). Suponha que ela seja invisível. De acordo com o conto ela recolhe os dentes deixados debaixo dos travesseiros das crianças, deixando para trás uma recompensa (geralmente dinheiro). As evidências que devemos esperar para ver se ela existe então seria dinheiro deixado para trás, os dentes roubados, etc. Encontramos tais provas? Bem, não, nós não, mas esperaríamos se ela existisse. Assim, mesmo a Fada do Dente satisfaz a expectativa de Provas e Critérios de Expectativas do Conhecimento. Então, por não termos evidência dela, dizemos que ela não existe (desculpem, crianças!).

Suponha que o ateu concorde que a razão pela qual negamos fadas do dente, leprechauns e Papai Noel é porque temos provas de sua ausência. Ele pode, no entanto insistir em que a situação é significativamente diferente para os outros objetos que são causalmente isolados de nós. Um caso em questão é famoso Bule de Chá de Russell, que circula em torno do sol, um objeto que é (na sua maior parte) causalmente isolado de nós. Não é preciso ser agnóstico sobre isso? Podemos dizer que não existe? Eu acho que nós sabemos que não existe porque não foi colocado lá pelos astronautas russos ou americanos, e sabemos que a matéria do universo não se auto-organiza em formas de bule. Então, realmente, nós temos uma grande quantidade de evidências que o Bule de Chá de Russell não existe, e já que a nossa discussão se limita aos casos em que podemos inferir a não-existência de algo simplesmente com base na ausência de evidência para isso, o exemplo é irrelevante.

Para saber mais: http://teismo.net/quebrandoneoateismo/2011/01/09/papai-noel-fada-do-dente-e-d...

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