Após ser alvo de duras críticas, a livraria eletrônica Amazon retirou de seu site, na noite desta quarta-feira, um título que nem deveria ter chegado a ocupar espaço nas suas prateleiras virtuais. Uma espécie de 'guia para pedófilos' chamou a atenção da imprensa local, que questionou o fato de a livraria manter em seu acervo um livro que fere suas próprias diretrizes - que proíbem, por exemplo, a comercialização de conteúdos ofensivos, pornográficos ou que incitem ativilidades ilegais.
Os clientes da Amazon também reclamaram. Antes de ser retirada do ar, a página do livro no site acumulou centenas de comentários, grande parte deles críticos à presença do título ali. Muitas pessoas prometeram boicotar a empresa. A revolta migrou para a rede social Facebook, onde, em menos de 24 horas, mais de 2.800 pessoas já haviam 'curtido' uma página que condena a venda da obra pela gigante de livros.
O título estava disponível na livraria desde outubro, ao preço de 4,79 dólares. Ali, passara desapercebido, mal figurando entre os 150.000 mais vendidos da loja. Nesta semana, contudo, saltou para a 96ª posição da lista, depois que a imprensa passou a questionar a Amazon. O passo seguinte foi retirá-lo do ar.
Em declaração ao site de notícias Business Insider, a Amazon disse que não apoia atos criminosos. E argumentou que praticara a venda como um exercício da liberdade de expressão, uma garantia constitucional americana: “Ao deixar de vender livros com mensagens repreensíveis, estaríamos praticando censura”, acrescentando que respeita os direitos de cada indivíduo de fazer suas próprias opções de compra.
Apesar de não ter impedido a entrada do livro em seu site, a livraria mantém um formulário para que clientes denunciem livros pornográficos que conseguem se infiltrar em seu acervo.
Fonte: VEJA Online
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