Em nosso sistema judiciário, para promotores,
juízes e pessoas em geral, ainda é importante perceber se os criminosos
demonstram sinais de remorso ou lamentam pelo que fizeram. Por que é assim? Por
que o verdadeiro remorso nos revela algo profundo sobre os indivíduos. A pessoa
que pode prejudicar outros sem sentir remorso é um tipo diferente daquela que
se arrepende. Há pouquíssima esperança de mudança real para aqueles que não
sentem remorso, sem a angústia do
arrependimento.
Muito do que hoje em dia é chamado
de profissão de fé cristã não implica em nenhum arrependimento ou tristeza pelo
que indivíduo é ou mesmo pelo que fez. Há pouca consciência da
perdição ou do mal supremo que há nos corações, corpos e almas – do qual devemos
nos livrar e só Deus pode fazer isso. Manifestar tal consciência atualmente
seria considerado, até mesmo por muitos cristãos, estar psicologicamente
enfermo. Hoje em dia é comum ouvirmos cristãos conversando sobre o “quebrantamento”.
Mas quando nos aproximamos deles, descobrimos que estão falando sobre feridas, coisas que sofreram, e não
sobre o mal que há neles.
Poucas pessoas descobriram que estão
drasticamente erradas e que não podem mudar ou escapar das conseqüências disso.
Ouvimos muito pouco “ai de mim! Estou
perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de
impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is
6.5).
Apesar disso, sem esta conscientização de nossa total ruína e uma atitude concreta
de revisão e redirecionamento da vida, que será gerada da amarga
conscientização, não encontraremos nenhum
caminho limpo para a transformação interior. É psicológica e
espiritualmente impossível. Permaneceremos firmes no trono do nosso universo,
naquilo que diz respeito à vida, tentando “usar um pouco Deus” aqui e ali. Isso
ficará cada vez mais claro à medida que olhamos a bondade suprema do ser
renovado.
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