Por: Sergio Giorgini (Genizah)
E se Jesus fosse um nosso contemporâneo? E se a plenitude dos tempos fosse o agora? Se fosse hoje? Eu fiquei a imaginar quais seriam as escolhas que Ele faria.
Ele nasceria em Nova York ou Washington, sedes do Poder Político e Econômico do Império, no centro das decisões e das negociações, perto do poder e da força. Perto dos poderosos e dos fortes. De família influente, histórica, tradicional.
Escolheria doze dos melhores doutores de Harward, altamente capacitados, profundos conhecedores de toda a ciência, doutos em relacionamentos, doutos em línguas, os melhores entre os melhores para que seu legado fosse garantido.
Reunir-se-ia nos melhores restaurantes com os maiores líderes sociais e religiosos. Locomover-se-ia em seu jatinho particular pelos continentes, teria casas luxuosas nas principais cidades do mundo, faria palestras aos milionários arrecadando fundos para sua obra e proclamação de sua mensagem. Se vestiria dos melhores ternos, das mais exclusivas grifes, comprados nas melhores lojas dos melhores lugares. Circularia entre os poderosos e influentes, desfrutaria de seus iates, mansões e banquetes.
A cada cura e a cada milagre colocaria imediatamente em vídeo para propagar a todos o seu poder. Ordenaria que estes proclamassem, sob pena de perder a benção, a todos o que havia feito. Seus seguranças garantiriam distancia segura a fim de que ninguém o tocasse retirando dele virtude, ninguém o incomodasse e não desperdiçassem o seu caro e precioso tempo, com gente e assuntos pouco importantes.
Seria aclamado politicamente e conduzido ao posto de Supremo Líder Mundial, aceitando de bom grado a tarefa de resgatar os homens, sem sacrifício.
Se estiver levando a sério e não percebeu ainda, estou apenas sendo irônico. (Apesar de concordar que é algo assim, bem parecido, que a Teologia da Prosperidade ensina)
Jesus escolheu nascer em uma manjedoura, no chão de terra em berço tosco e colchão de feno, no campo, cercado apenas de natureza, de seu pai e mãe. Não escolheu o palácio, nem seus empregados, nem berço de ouro. Escolheu um lugar sem estrutura e conforto material, simples, discreto e rudimentar.
Jesus escolheu nascer e crescer na Palestina. Nasceu em Belém, cidade pequenina, e cresceu em Nazaré, pequeno vilarejo do menor estado da Judéia, a Galiléia. A própria Judéia um estado menor do poderoso e vasto Império Romano. Um lugar pobre, distante e desimportante. Não escolheu Roma, não optou pela proximidade aos poderosos, às facilidade da cidadania romana, às forças políticas e sociais, à nobreza ou riqueza herdada. Também não escolheu Jerusalém e o poder sacerdotal e espiritual que ela representa. Escolheu nascer e viver longe do poder, entre os pequeninos, entre os fracos e necessitados política e espiritualmente.
Jesus escolheu a Maria para ser sua mãe, simplesmente a jovem, santa e virgem Maria. Tão simples que nada mais temos a falar sobre ela. E por pai escolheu José, carpinteiro, temente a Deus, pobre. Não escolheu Herodes, não escolheu Caifas e nem qualquer outra família ou sobrenome importante que facilitasse seu caminho.
Jesus escolheu não ter mestres famosos, não estudou nos centros do conhecimento, não se rodeou de gente famosa e importante. Ele chamou doze homens rudes, pescadores e cobradores de impostos além de algumas prostitutas.
Jesus escolheu fazer uma revolução silenciosa, não armada, baseada no ensinamento, no exemplo, sem espadas, sem violência, sem nada mais que a Palavra. Como um carpinteiro que, camada por camada, transforma a aspereza em lisura. Não convocou às armas, não arregimentou exércitos, não forjou armamentos. Não se utilizou de força ou poder humano. Mas sem derramar uma gota de sangue, a não ser das suas, realizou a maior transformação cultural, racional, política, social e espiritual que já houve, que há ou que jamais haverá.
Jesus escolheu se sacrificar pelos seus semelhantes. Não escolheu ser conduzido ao trono em um cortejo pelos tapetes reais, preferiu as folhas de palma, e um jumentinho ao carro real. Não escolheu vestir uma coroa de ouro e pedras preciosas, escolheu uma de espinhos e sangue. Não escolheu os trono de ouro, mas sim o de madeira bruta.
Jesus, com estas escolhas, realizou a maior obra que a humanidade presenciou, teve uma vida plena, feliz e vitoriosa. Ele faz escolhas por nós também como: onde nascemos, em que família, que oportunidades teremos.
Porque continuamos achando que precisaríamos ser mais ricos, mais influentes, mais poderosos, termos nascido melhor, ou qualquer outra coisa, para sermos pessoas
plenas e satisfeitas?
Daily Rome Shot 1180
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