Dom Ignacio Munilla |
Em sua homilia com ocasião desta festividade, o Prelado afirmou que a Assunção da Virgem recorda 'implicitamente que na morte se produz a separação do corpo e da alma; e ao mesmo tempo remarca que a fé em nossa ressurreição ao final dos tempos é o mais característico da esperança cristã'.
'Depois desta vida, estamos chamados a participar da Vida Eterna de Deus com a totalidade de nosso ser: corpo e alma. A Redenção de Cristo não só trouxe a salvação à dimensão espiritual do ser humano, mas também a corporal', recordou.
'Nossa meta é chegar a gozar de Deus com todo nosso ser, corporal e espiritual, como já o faz antecipadamente a Virgem Maria. Eis aqui também um bom antídoto contra as crenças reencarnacionistas, claramente incompatíveis com a Revelação bíblica', afirmou.
Dom Munilla explicou que a fé na Assunção de Maria não nasceu com Pio XII, mas sim 'trata-se de uma festa Mariana que tinha começado a celebrar-se em Jerusalém já no século V, com o título de Dormição de Maria; e lá pelo século VIII passou a conhecer-se como Assunção. Como em outras ocasiões, a fé popular e a celebração litúrgica tinham precedido a proclamação do dogma por parte da Igreja'.
O Bispo convidou os fiéis a crescerem na fé e fazer 'o esforço de sanação e compreensão dos conceitos religiosos (como os dogmas), para não cair em caricaturas nem simplismos… Do contrário, quando se identifica a fé religiosa com a intolerância, facilmente se chega a confundir a tolerância com o relativismo'.
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