O valor de se temer a Deus

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

  Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre! (Dt. 5,29)
O temor de Deus é um sentimento que os cristãos devem ter para com o seu Criador. Uma definição deste temor é “admiração reverente, uma profunda reverência pelo Criador, e um pavor salutar de desagradá-lo”. De modo que temermos a Deus influencia dois aspectos importantes da nossa vida: nossa atitude para com Deus e nossa atitude para com a conduta que ele odeia. É óbvio que ambos esses aspectos são vitais e merecem cuidadosa consideração. Conforme salienta o Expository Dictionary of New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento), de Vine, terem os cristãos um temor reverente é ‘um motivo que controla a vida, em assuntos tanto espirituais como morais’.
Como podemos desenvolver sentimentos de admiração e de reverência para com o nosso Criador? Ficamos admirados quando vemos uma linda paisagem, uma impressionante cachoeira ou um espetacular pôr-do-sol. Este sentimento aumenta quando discernimos, com olhos de fé, a mão de Deus por trás dessas criações. Além disso, assim como o Rei Davi, percebemos quão insignificantes somos em comparação com a espantosa criação de Deus. “Quando vejo os teus céus, trabalhos dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele?” (Salmo 8,3-4) Esta profunda admiração causa reverência, que nos induz a agradecer e a louvar a Deus por tudo o que ele faz para nós. Davi também escreveu: “Elogiar-te-ei porque fui feito maravilhosamente, dum modo atemorizante. Teus trabalhos são maravilhosos, de que minha alma está bem apercebida.” — Salmo 139,14.
Os sentimentos de admiração e de reverência criam um saudável e respeitoso temor do poder de Deus como Criador e da sua autoridade como Governante legítimo do Universo. Numa visão observada pelo apóstolo João, “os que se saem vitoriosos em face da fera, e da sua imagem” — os seguidores ungidos de Cristo na sua posição celestial — proclamam: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Deus, o Todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, Rei da eternidade. Quem realmente não te temerá, Senhor, e glorificará o teu nome?” (Apocalipse 15,2-4) O temor de Deus, motivado por uma profunda reverência pela majestade dele, induz os que governam com Cristo no Reino celestial a honrar a Deus como derradeira autoridade. Quando consideramos tudo o que Deus tem realizado, e a maneira justa como governa o Universo, não temos muitos motivos para temê-lo? — Salmo 2,11; Jeremias 10,7.
Além da admiração e reverência, porém, o temor de Deus deve incluir um pavor salutar de desagradá-lo ou de desobedecê-lo. Por quê? Porque, embora Deus seja “vagaroso em irar-se e abundante em benevolência”, temos de nos lembrar de que ele “de modo algum isentará da punição”. (Êxodo 34,6, 7) Embora Deus seja amoroso e misericordioso, ele não tolera a injustiça e a transgressão proposital. (Salmo 5,4-5; Habacuque 1.13) Aqueles que deliberada e impenitentemente praticam o que é iníquo aos olhos de Deus, e que se opõem a ele, não podem fazer isso e ficar impunes. Conforme disse o apóstolo Paulo, “coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivo”. Termos um pavor salutar de cair em tal situação acaba servindo de proteção para nós. — Hebreus 10,31.

Fonte: revista w01

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