Crê realmente que Deus existe?

domingo, 27 de março de 2011

A maioria da população da terra professa crer em Deus. Crê você, leitor? Em caso afirmativo, poderá considerar a pergunta (“Crê realmente que Deus existe?”) como dirigida a outros. Talvez se lembre do Salmo 14,1: “O insensato disse no seu coração: ‘Não há Deus’”, e o aplique aos ateus e aos agnósticos. Mas, poderia este versículo incluir outros, além de tais pessoas?
Definitivamente inclui, sim. A palavra hebraica para “insensato” indica deficiência moral, não intelectual. Portanto, este salmo não fala principalmente sobre os que dizem abertamente: “Não há Deus”, mas, antes, sobre os que negam a Deus ‘no seu coração’. Quer dizer, não se sujeitam à sua regência sobre a vida deles. Dão a entender que ele não tem poder ou interesse.
São muito semelhantes àqueles que se negam a reconhecer a autoridade dum tribunal. O tribunal existe. Mas eles não fazem caso de sua jurisdição sobre eles. Portanto, dizer-se: “Creio que Deus existe” só tem significado real quando se aceita a Palavra de Deus, a autoridade dele na vida. Faz isso?
Será que Deus lhe é tão real que, por exemplo, a lei dele afete a sua moral — mesmo quando não está sendo vigiado por outros humanos? Muitos se empenhariam em furtar ou em imoralidade sexual se tivessem a oportunidade. Para confirmar isso, certos pesquisadores deixaram recentemente um automóvel num bairro de classe média na cidade de Nova Iorque, dando-lhe a aparência de estar abandonado. O que aconteceu, A revista Time relatou:
“Dentro de dez minutos, seu veículo recebeu os primeiros visitantes. O diário dos pesquisadores reza, com reticências que dão calafrios: ‘Família de três passa de carro, pára. Todos saem do carro. Mãe bem vestida, com bolsa de compras do [magazine] Saks Fifth Avenue, fica vigiando junto do carro, na calçada. Menino de uns oito anos fica junto do pai durante todo o tempo, observando e ajudando. Pai, trajando esmerada camisa, calça e jaqueta de esporte, inspeciona o carro, abre a mala e vasculha nela; abre mala do seu próprio carro cheia de ferramentas, retira serra, serra por um minuto. Retira a bateria e a coloca na sua própria mala. Retira todo o radiador, coloca-o no piso, na parte de trás de seu carro. Família afasta-se de carro.’ . . . Toda a operação levou apenas sete minutos.” — 28 de fevereiro de 1969, página 65.
Crêem tais pessoas realmente que Deus existe? É verdade que talvez vivam numa nação que afirma ser cristã. Mas, crêem realmente que Deus apóia a Sua Palavra, a qual diz: “Não deves furtar”? É evidente que não. — Rom. 13,9.
Mas os verdadeiros cristãos são diferentes. Mesmo quando estão fora da vista dos outros, a crença de que Deus é real refreia-os do proceder errado. Eles tem um temor salutar de Deus. E há a garantia de que Deus ‘sempre está vigiando’. (Heb. 4,13) Mas, o que é mais importante, seu amor a Deus, como Pessoa, e o apreço de tudo o que ele fez induzem o desejo de agradá-lo. O cristão sabe que “o amor de Deus significa o seguinte: que observemos os seus mandamentos”. — 1 João 5,3; 4,19.
A crença genuína em Deus ajuda também a manter a neutralidade cristã. Na escola ou no lugar de emprego, longe dos outros cristãos, a pessoa talvez se sinta pressionada a tomar parte numa cerimônia que a identificaria como “parte do mundo”. Contudo, Jesus disse que seus discípulos não iriam ‘fazer parte do mundo’. (João 17,16) Em situações assim, o cristão tem um bom exemplo em Moisés.
Moisés compareceu repetidas vezes perante Faraó e pediu que o povo de Deus fosse liberto do Egito. Faraó era homem orgulhoso que afirmava ser um deus. Estava rodeado duma corte impressionante de conselheiros, guardas, escravos e sacerdotes. Amedrontou-se Moisés ao ponto de negligenciar sua comissão? A Bíblia diz que ele agiu “sem temer a ira do rei”. Por que não a temia?
Porque Moisés “permanecia constante como que vendo Aquele que é invisível”. A maneira em que Deus tratara com Moisés e com outras pessoas piedosas fornecia uma “demonstração evidente” da realidade de Deus. Assim, em fé, Moisés concentrou a sua atenção de todo o coração em Deus. Moisés não teve medo nem mesmo do homem mais poderoso do mundo! É-lhe Deus tão real assim? — Heb. 11,1.27; Nee. 4,14; 2 Tim. 4,17.
Além disso, quando a crença de alguém na existência de Deus é genuína, isto influi favoravelmente na sua atitude para com a vida. Como?
Ele aceita o que Deus diz na sua Palavra sobre o motivo de as condições do atual sistema iníquo de coisas serem como são. Quando a desigualdade social, a doença ou a pobreza afetam sua vida, ele não nega a Deus. Quando a morte abate um ente querido, não fica completamente vencido pelo pesar. Sabe por que estas coisas surgem.
Ele crê no que Deus diz sobre a proximidade de ‘novos céus e uma nova terra em que há de morar a justiça’. Por isso, o cristão acha motivo para ter alegria, suportando suas provações pessoais. Isto até mesmo “tem bom efeito sobre o semblante”. — Pro. 15,13; 1 Tes. 4,13; 2 Ped. 3,13.
Que contraste não há entre tal pessoa e os que não têm esperança piedosa! Para ilustrar esta diferença, veja o que V. M. Martins diz sobre os efeitos da filosofia do “Existencialismo” sobre os seus aderentes:
“Há pouca ou nenhuma tentativa destes existencialistas para argumentar contra as provas tradicionais da existência de Deus; simplesmente pressupõe-se o ateísmo. . . . Tal ateísmo talvez explique o desalento mórbido, a ansiedade aumentada e o puro absurdo da vida que se encontra amiúde no existencialismo . . . A ausência de Deus torna a morte um absoluto, um absoluto que por alguns e considerado como estupidez absurda, por outros como monstruosidade ridícula. . . . [Dá-se] uma ênfase extrema ao lado tenebroso da existência humana. A frustração, o aborrecimento e a tristeza fazem parte de toda vida humana, mas o existencialismo parece concentrar-se neles. Há muito pouca alegria e satisfação na literatura existencialista.”
Indicam seu ponto de vista sobre a vida e a sua disposição que realmente crê que Deus existe?
Aproxima-se o tempo em que Deus incutirá forçosamente sua realidade em todos os homens, no que a Bíblia chama de “grande tribulação”. (Mat. 24,21) Que efeito terá a “grande tribulação” sobre sua pessoa? Isto dependerá do que faz agora. Os católicos o convidam a estudar a Bíblia e ir à Igreja, aprender do ensino apostólico e da História da Igreja. Aprenda a esperança que eles têm. Obtenha um apreço melhor do que realmente significa dizer: ‘Creio que Deus existe.’

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