Graças a Deus pelos novos ateus

quarta-feira, 30 de março de 2011

Vamos dar crédio a Michael Dowd por nos lembrar ao que a rejeição do cristianismo bíblico inevitavelmente leva.


Michael Dowd argumenta que os cristãos deveriam agradecer a Deus pelos novos ateus. Um auto-denominado "evangelista" para a evolução, Dowd recentemente pregou um sermão em Oklahoma City, em que ele chamou de nada menos do que uma rejeição do cristianismo bíblico e a adoção de uma espiritualidade enraizada em um abraço de evolução e uma rejeição do sobrenatural.
Algumas semanas atrás, um repórter me telefonou para comentar o assunto após Dowd ter feito um argumento semelhante em seu site, "ThankGodforEvolution.com." Recentemente, Dowd respondeu diretamente aos meus comentários. Sem dúvida, a sua argumentação merece um olhar mais atento.
Em seu livro de 2007, Thank God for Evolution (Graças a Deus pela evolução) Dowd relata que ele, juntamente com sua esposa, Connie Barlow, decidiram se tornar, em 2002, "evangelistas evolutivos". Como ele explica "nós oferecemos uma visão coletiva da nossa evolução que liberta a imaginação, toca o coração, e deixa as pessoas querendo mais." Um ministro ordenado da Igreja Unida de Cristo e um graduado da Eastern Baptist Theological Seminary (hoje Seminário Teológico Palmer), Dowd agora encontra sua paixão na divulgação de sua mensagem "épica da evolução" ou "Grande História".
Em seu livro, Dowd faz sua clara rejeição do cristianismo bíblico. Ele rejeita a noção de um Deus pessoal. Ao contrário, o seu conceito de Deus é mais metafórico do que metafísico. "Quando eu digo 'Deus',  não estou falando de algo ou alguém que se possa acreditar ou não acreditar", ele explica. "Eu estou falando sobre a Total Absoluto da realidade, visível e invisível - a coisa toda - que é infinitamente maior do que qualquer coisa que possamos saber, pensar ou imaginar".
Ele rejeita a autoridade da Escritura e abarca o conhecimento científico. "Novas verdades já não completamente formadas a partir das fontes que tradicionais de conhecimento", afirma. "Ao contrário, elas são chocadas e desafiadas na arena pública da ciência. Este é o reino da revelação pública."
Dowd rejeita os conceitos bíblicos de pecado e do perdão. "Vamos apenas dizer que os nossos pecados e falhas podem ser usados ​​como adubo para o novo crescimento", ele alega.
Aqueles que rejeitam ou resistem às afirmações da evolução naturalista são "atrasados". A Bíblia, ele insiste, deve ceder perante a "revelação pública" da ciência.
No livro, Dowd afirma mostrar tanto a ciência quanto a religião, embora no final a religião parece ser a própria ciência.
Atualmente, Dowd está celebrando a ascensão dos "novos ateus", como Richard Dawkins, Daniel Dennett, Christopher Hitchens e Sam Harris. Em sua mensagem de Oklahoma City, ele proclamou a sua gratidão para com os Novos Ateus, reconhecendo "uma mudança enorme" em sua compreensão de Deus.
Elealega que os Novos Ateus "vieram em nosso socorro", mas que "resgate" é uma fuga do cristianismo bíblico, e até mesmo de qualquer crença no sobrenatural. Na sua opinião, o Deus da Bíblia não é nem crível nem bom.
Ele alega que a crença na Bíblia é equivocada e perigosa: "as histórias antigas e imutáveis das escrituras e os dogmas são inadequados para enfrentar os desafios modernos."
A palavra "Deus", ele propõe, deve ser continuamente atualizada à luz do conhecimento científico. O Deus retratado na Bíblia não faz mais sentido. "Deus não é uma pessoa", ele afirma: "Deus é a personificação de uma ou mais dimensões muito significativas da realidade."
Além disso, o Deus da Bíblia é imoral, ele declara. Dowd descreve o Deus da Bíblia como "brutal, cruel, vingativo e genocida". Mas, segundo ele, os Novos Ateus já vêm para nos resgatar de tais crenças. "Poucas coisas são mais importantes neste momento da história para as pessoas religiosas de todas as origens e orientações do que atender ao que os Novos Ateus estão dizendo", criticou.
Os Novos Ateus, com seu ateísmo assertivo e agressivo, são verdadeiros profetas que estão forçando as pessoas modernas para "cair na real", para abandonar o cristianismo bíblico. Os iluminados pelo Novos Ateus "serão os novos guias da história da humanidade e irão ensinar e pregar as descobertas da ciência como a palavra de Deus."
Quando perguntado por um repórter se os pontos de vista de Dowd beiram a heresia, eu respondi dizendo que as propostas de Dowd realmente dar um mau nome à heresia. As heresias, expliquei, são os esforços para redefinir a fé cristã de maneira que muitas vezes são sutis, bem como tóxicas. Não há sutileza na rejeição total ao teísmo e ao sobrenatural por Dowd ou qualquer crença em um Deus pessoal. Sua defesaa do antissobrenaturalismo é total e energética.
Em resposta, Dowd expressou simpatia pela minha ignorância e atraso lamentável. "Mas o tempo avança", alertou. "Goste ou não, acredite ou não, a evolução acontece."
Em uma simples frase, Dowd revelou sua próxima animosidade total ao cristianismo clássico: "Em um universo em constante evolução, a 'ortodoxia' é uma receita para qualquer extinção ou irrelevância."
"Eu certamente não espero que o Dr. Mohler e outros como ele deixem para ir de crenças míticas para abraçar o conhecimento evidencial", explicou. "Mas eu estou apostando minha vida em que seus netos (e de outros) vão achar o cristianismo 2,0 mais atraente e nutritivo do que o cristianismo 1.0."
"O tempo, claro, vai dizer", concluiu.
Em sua mensagem, pregada em três igrejas liberais em Oklahoma City, Dowd falou sobre o dia em Setembro de 2009 em que ele soube que tinha uma forma agressiva de câncer. "Se eu tivesse apenas uma mensagem para comunicar com o mundo, qual seria?", pensou ele. Sua resposta: "Pregue os Novos Ateus como profetas de Deus."
Lamento saber do câncer de Michael Dowd, mas a minha preocupação com ele é muito mais urgentemente focada em suas crenças malignas. Em sua própria maneira, Dowd esclarece os custos bíblicos e teológicos de se abraçar a cosmovisão evolutiva. Ao descrever-se como um evangelista evolutivo, ele destaca o fervor de sua causa e a colisão inevitável entre a teoria evolutiva e ocristianismo bíblico. Ao compartilhar sua percepção de que a pregação dos Novos Ateus como os profetas de Deus é a sua suprema vocação, ele nos aponta para o que está em jogo.
Estamos envolvidos em uma grande batalha de idéias que os cristãos entendem ser uma batalha por corações, mentes e almas. Dowd e seus colegas evangelistas da evolução tem certeza de que eles ganharam e que o Cristianismo irá simplesmente desaparecer. "O nosso é um tempo de telescópios, microscópios eletrônicos, supercomputadores e a rede mundial", afirma. Sua conclusão: "Isto não é um tempo para analisar as lições dadas por uns criadores de cabras, fazedores de tendas e condutores de camelos."
Bem, demos um crédito a Michael Dowd por nos lembrar ao que inevitavelmente leva a rejeição do cristianismo bíblico.

Extraído de http://www.albertmohler.com/2010/08/10/thank-god-for-the-new-atheists/
Tradução: Emerson de Oliveira

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