O mundo seria melhor sem a religião?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os novos ateus esperam um mundo livre de religião — sem homens-bomba, sem guerras religiosas e sem tele-evangelistas explorando seus fiéis. Você também acha essa ideia atraente?
Antes de responder, pergunte-se: ‘Há alguma evidência de que um ateísmo universal produziria um mundo melhor?’ Pense no seguinte: Quando o grupo guerrilheiro Khmer Vermelho estabeleceu um estado marxista ateu no Camboja, é possível que 1,5 milhão de cambojanos tenham morrido. E na oficialmente ateísta URSS, o domínio de Joseph Stalin causou a morte de dezenas de milhões de pessoas. É claro que essas atrocidades não podem ser diretamente atribuídas ao ateísmo. Mas revelam que ele não garante paz e harmonia.
Não são poucas as pessoas que admitem que a religião tem causado muito sofrimento. Mas será que a culpa é de Deus? Não! Culpar a Deus seria o mesmo que culpar uma montadora de automóveis pelo acidente causado por um motorista que usava o celular ao volante. O sofrimento da humanidade tem muitas causas, mas as crenças religiosas não são a principal. A Bíblia identifica essa causa: a imperfeição herdada. “Todos pecaram e não atingem a glória de Deus.” (Romanos 3,23) Essa tendência pecaminosa costuma fomentar egoísmo, orgulho indevido, violência e desejo por independência moral. (Gênesis 8,21) Também leva as pessoas a racionalizar e a preferir crenças que justificam conduta errada. (Romanos 1,24-27) Jesus Cristo disse com toda a razão: “Do coração vêm raciocínios iníquos, assassínios, adultérios, fornicações, ladroagens, falsos testemunhos, blasfêmias.” — Mateus 15,19.

Uma diferença fundamental
A esta altura, deve-se fazer uma distinção entre a adoração  — a que é aceitável a Deus — e a falsa. A adoração verdadeira ajudaria as pessoas a combater inclinações erradas. Incentivaria amor abnegado, paz, benignidade, bondade, brandura, autodomínio, fidelidade conjugal e respeito pelos outros. (Gálatas 5,22-23) Por outro lado, a religião falsa promoveria tendências populares — ‘fazendo cócegas nos ouvidos’ das pessoas, como diz a Bíblia — por tolerar algumas das coisas más que Jesus condenou. — 2 Timóteo 4,3.
Mas e o ateísmo, será que ele causaria as mesmas dúvidas e confusão que a religião falsa? Não ter Deus significa não precisar prestar contas a uma autoridade divina e, como disse o professor de direito Phillip Johnson, “não ter valores reais aos quais somos obrigados a respeitar”. Assim, a moral se tornaria relativa, ou seja, cada pessoa estabeleceria seus próprios padrões — se é que estabeleceria algum. É claro que essa ideia torna o ateísmo uma filosofia atraente para algumas pessoas. — Salmo 14,1.
Mas a verdade é que Deus não vai tolerar para sempre falsidades — ateísticas ou religiosas — e as pessoas que as promovem. Ele promete: “Os retos [em sentido moral e espiritual] são os que residirão na terra e os inculpes são os que remanescerão nela. Quanto aos iníquos, serão decepados da própria terra; e quanto aos traiçoeiros, serão arrancados dela.” (Provérbios 2,21-22) O resultado será algo que nenhum humano, nenhuma filosofia humana e nenhuma instituição humana conseguiria alcançar — paz e felicidade universal. — Isaías 11,9.


O CONCEITO DE DEUS SOBRE ATROCIDADES RELIGIOSAS
  A terra que foi dada ao Israel antigo era habitada pelos cananeus, um povo depravado que praticava imoralidade sexual — incluindo incesto, sodomia e bestialidade —, além de rituais para sacrificar crianças. (Levítico 18,2-27) O livro Arqueologia do Velho Testamento diz que arqueólogos “desenterraram montões de cinzas e restos de esqueletos infantis em cemitérios próximos a altares pagãos, indicando a prática generalizada [de sacrifícios de crianças]”. Os cananeus adoravam seus deuses por meio de práticas imorais e também sacrificavam seus primogênitos a esses deuses, comenta um manual bíblico. Ele acrescenta: “Arqueólogos que têm escavado as ruínas das cidades dos cananeus admiram-se de Deus não as haver destruído [antes].”
  O fato de Deus ter destruído os cananeus é um forte lembrete para nós de que ele não vai tolerar para sempre as atrocidades cometidas em seu nome. “[Deus] fixou um dia em que se propôs julgar em justiça a terra habitada”, diz Atos 17,31.

Extraído de revistas cristãs

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