Continuando o artigo do livro "As Catacumbas de Roma", de Benjamin Scott, citamos aqui do livro:
Cícero, escrevendo a um amigo a quem havia falecido um parente, hesita em sugerir consolação baseada na crença na imortalidade da alma. Tudo que ele diz é: "Ainda que possamos conjeturar alguma coisa acerca desta imortalidade,
é um assunto tão completamente duvidoso, que não me atrevo a vos apresentar como um meio real e genuíno de consolação."
Um epitáfio que o Dr. Maitland nos apresenta, mostra-
nos como estava limitado a esta pobre terra o destino pagão e como a vida era tida como um drama que, desempenhado, estava acabado:
ENQUANTO VIVI, VIVI BEM. MEU DRAMA TERMINOU, BREVE TERMINARÁ O TEU. ADEUS E APLAUDE-ME.
Que diferente é o sentimento expresso nos seguintes epitáfios das Catacumbas; neles a existência separada da alma e a felicidade que goza, após a morte são tidas como certas:
NICÉFORO, UMA DOCE ALMA EM DESCANSO.
Outro:
LOURENÇO AO DULCÍSSIMO FILHO SEVERO, BEM MERECECOR. LEVADO PELOS ANJOS NO VII ANTES DOS IDOS DE JANEIRO.
Como vemos, enquanto a morte é um tema muito indesejável para muitos incrédulos para os cristãos é sinal de muita esperança. Enquanto o pagão e o incrédulo não veem esperança alguma após a morte, o cristão visa a ressurreição. O CEC (Catecismo da Igreja Católica) reza:
651 - "Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia é também a vossa fé" (1Cor 15,14). A Ressurreição constitui antes de mais nada a confirmação de tudo o que o próprio Cristo fez e ensinou. Todas as Verdades, mesmo as mais inacessíveis ao espírito humano, encontram sua justificação se, ao ressuscitar, Cristo deu a prova definitiva, que havia prometido, de sua autoridade divina.Além disso, os cristãos sempre creram na Intercessão dos santos:
956 - A intercessão dos santos. "Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio":
Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida. - Passarei meu céu fazendo bem na terra.
959 - ... na única família de Deus . "Todos os que somos filhos de Deus e constituímos uma única família em Cristo, enquanto nos comunicamos uns com os outros em mútua caridade e num mesmo louvor à Santíssima Trindade, realizamos a vocação própria da Igreja".
962 - "Cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos de juntos que estão terminando a sua purificação, dos bem-aventurados do céu, formando, todos juntos, uma só Igreja, e cremos que nesta comunhão o amor misericordioso de Deus e de seus santos está sempre à escuta de nossas orações."
991 - Crer na ressurreição dos mortos foi, desde os inícios, um elemento essencial da fé cristã. "Fiducia christianorum resurrectio mortuorum; ilíam credentes, sumus - A confiança dos cristãos é a ressurreição dos mortos; crendo nela, somos cristãos":Esta é a fé imperecível. A nossa Fé.
Como podem alguns dentre vós dizer que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação é vazia é também a vossa fé. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram (1Cor 15,12-14-.20).
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