Uma moça para todos os tempos: Chiara Luce Badano

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Santidade aos 18 anos

Parte I

  Parecia apenas mais uma entre tantos jovens do Movimento dos Focolares, os "Gen" (Geração Nova). Como vários deles, morreu cedo. Nela percebemos uma certa predileção de Deus. Lemos alguns escritos seus e soubemos do funeral, que foi definido uma "festa de núpcias". Tínhamos rezado por ela e por sua família.
   Mas, seus gestos e palavras voltam regularmente à tona, graças à divulgação feita pelos seus amigos e pelo seu bispo, e graças a seus escritos, sua biografia e um vídeo amador sobre sua história. O fato é que a vida de Chiara Luce Badano continua contagiando milhares de pessoas. Como escreve o Abbé Pierre:"Os santos não estão limitados a um catálogo, e nós, certamente, cruzamos com eles todos os dias". Chiara Badano era uma destes santos da normalidade.

O nascimento tão esperado
    
 Chiara Badano nasce em 29 de outubro de 1971, em Sassello, cidadezinha graciosa no noroeste da Itália, primeira e única filha de Ruggero Badano, caminhoneiro, e Maria Teresa Caviglia, operária, casados há 11 anos. É fácil imaginar a enorme felicidade provocada por esse nascimento. "Mesmo com esta alegria imensa, compreendemos logo – conta a mãe – que ela não era somente nossa filha, mas que era, antes de tudo, filha de Deus". A infância transcorre tranqüila. Porém com uma nota de serenidade incomum. A mãe deixa o trabalho para cuidar da filha. Diálogo e afeto se misturam com momentos em que se deve dizer "não" aos caprichos de Chiara que, querendo ou não, corre o risco de crescer mimada. "Tínhamos consciência desse risco! Por isso, desde os primeiros anos, queríamos deixar as coisas bem claras. Não perdíamos a oportunidade de ajudá-la a fazer as coisas diante de Deus", diz a mãe.

 Algo muito importante
  
Maria Teresa conta um episódio:"Uma tarde ela chega em casa com uma linda maçã vermelha. Questionada, Chiara responde que pegou a fruta no quintal da vizinha. Explico-lhe que ela deve pedir antes de pegar e que, por isso, deve devolver a maçã, pedindo desculpas à vizinha. Mas ela fica acanhada e não quer ir. Insisto: é muito melhor dizer a verdade do que comer uma boa maçã. Então, Chiara procura aquela senhora e lhe explica tudo. À noite, nossa vizinha traz uma cesta de maçãs para Chiara, justificando: "Hoje ela aprendeu algo muito importante".
Aquele encontro aos nove anos
Chiara manifesta muito cedo um caráter generoso. Numa tarefa, quando estava no primeiro ano da escola, escrevendo ao Menino Jesus, não lhe pede brinquedos, mas:"Ajude a vovò Gilda a sarar e todas as pessoas que não estão bem". É conciliadora, embora saiba defender suas idéias e discutir com os pais. Mas esse "rompimento" dura apenas alguns minutos. Uma recordação daquele período: a mãe lhe pede que lave a louça."Não, não quero", responde ela. E vai para o quarto. Logo depois volta e diz:"Como é aquela história do Evangelho, dos dois operários que devem ir à vinha, e um diz que sim, mas não vai, e o outro diz que não, mas vai? Mamãe, me dê o avental". E lava a louça.
  Fatos como estes atestam a educação cristã sólida que recebe, graças também à comunidade paroquial, ao pároco que lhe dá aulas fascinantes de catecismo, e também às amizades que Chiara constrói. Tem um fraco pelas pessoas idosas, e procura ajudá-las.

   Aos nove anos participa de um encontro das Gen 3 (crianças e adolescentes dos Focolares) e conhece o ideal da unidade. Um ano depois, em 1981, seus pais participam do Familyfest, um grande encontro para famílias promovido pelo Movimento. Sua mãe conta: "Voltando para casa, dizíamos que se tivéssemos que responder quando tínhamos casado, responderíamos: quando encontramos este Ideal". Desde aquele momento, a família Badano será um exemplo de respeito, calor e unidade.
   No seu diário, Chiara escreve alguns fatos simples sobre o seu esforço de construir a unidade. Por exemplo:"Uma amiga está com catapora e todos têm medo de visitá-la. Com o consentimento dos meus pais, eu levo todo dia os deveres de casa para que ela não se sinta sozinha". 

Fonte: http://focolare.org/br/sif/2000/20000314pt_b.html

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