A 21 de janeiro de 1861, nascia, em Porto Alegre, o cientista Roberto Landell de Moura. Ele foi um dos pioneiros na invenção do telefone sem fio ou rádio, verdadeiro precursor da radiotelefonia, descobridor das ondas landeleanas.
Em 1998, transcorreu o septuagésimo aniversário de sua morte. Já em 1893, muito antes da primeira experiência realizada por Marconi, o padre gaúcho realizava, em São Paulo, do alto da Avenida Paulista para o Alto de Sant’Ana, as primeiras transmissões de telegrafia e telefonia sem fio. Experiência presenciada pelo cônsul Britânico.
Trata-se da primeira radio transmissão de que se tem notícia. Fruto de sua invenção, Landell de Moura obteve, em 9 de março de 1901, a primeira patente, para um “Aparelho Destinado a Transmissão Phonética a distância com fio ou sem fio, através do espaço, da terra e do elemento aquoso”.
Consciente de que suas invenções tinham real valor, o padre parte para os EUA e lá obtém, em 1904, três patentes. “Transmissor de ondas” – o precursor do rádio, “ Telefone sem Fio” e “Telégrafo sem Fio”.
Por seu pioneirismo, nas telecomunicações, o padre Landell de Moura é considerado o “patrono dos Radioamadores Brasileiros”, pois foi na verdade o primeiro radioamador.
Nascido em Porto Alegre em janeiro de 1861, Landell de Moura teve formação eclesiástica em Roma. Ordenado sacerdote em 1886, voltou para o Brasil e desempenhou atividades religiosas até sua morte, também em Porto Alegre, já no importante cargo de Monsenhor.
Em Roma iniciou seus estudos de física e eletricidade, nos quais aperfeiçoou-se como auto-didata no Brasil. É bom lembrar que aqui, Landell de Moura estava isolado dos grandes centros de pesquisas da época, especialmente França, Inglaterra e USA, só tomando conhecimento dos avanços tecnológicos que ali ocorriam meses depois, pelas poucas publicações que chegavam ao nosso país.
CONCLUSÃO:
Landell de Moura, um inventor e cientista que desenvolveu suas experiências em nosso País, com parcos recursos técnicos e financeiros, estranhamente, até hoje, é um ilustre desconhecido da maioria absoluta do povo, governo e comunidade científica, inclusive no Brasil. Num país ainda tão carente em apoiar e desenvolver sua produção técnica e científica, deixar de prestigiar a obra de Landell de Moura, é desperdiçar a oportunidade de reconhecer para a posteridade os feitos e a glória de um dos grandes gênios brasileiros.
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