Guerra ao cristianismo (intolerância islâmica): o cristianismo é mais perigoso para o Islã do que o satanismo, dizem aiatolás

O Mohabat News, a agência cristã de notícias do Irã, cuja sede está fora da República Islâmica do Irã, informou em 24 de agosto de 2011 que o regime dos mulás está preocupado com a difusão do cristianismo no Irã.

A conversão ao cristianismo e a apostasia do islamismo são puníveis com a morte mas, apesar dessas condições, a igreja cristã subterrânea no Irã se expande.

O ayatolá Hadi Jahangosha [1] afirmou em sua apresentação intitulada "Mahdavismo" [A crença no Décimo Segundo Imam] que "o Ocidente está tentando desviar a nossa juventude com a publicação de livros e publicidade e espalhar livros falsos gnósticos e a propagação do cristianismo distorcido tem efeitos mais poderosos que outros", acrescentou que "os canais por satélite cristãos estão tentando mudar a cultura religiosa na sociedade iraniana".

Refere-se que "com relação aos ensinamentos religiosos do cristianismo, infelizmente, assistimos à difusão do cristianismo entre os jovens".

O aiatolá acrescentou que "nossos inimigos perceberam que o satanismo e o gnosticismo não são muito populares no Irã, então eles estão adotaram uma abordagem religiosa para expandir o cristianismo"

Ele também disse que Teerã é mais suscetível aos danos do cristianismo porque algumas pessoas são atraídas para esta religião por motivos financeiros e outros por negligência da sociedade.

Ele pediu mais atenção dos funcionários e seminaristas muçulmanos nesta questão, observando que "todos os membros da sociedade devem se sentir responsáveis ​​neste assunto e assumir um papel na difusão das culturas Islã puro e combater as culturas falsas e distorcidas [cristianismo]"

O aviso dos clérigos muçulmanos sobre "o perigo do cristianismo no Irã" é acompanhado pela apreensão de milhares de exemplares da Bíblia.

Abarrí Majid, conselheiro do Parlamento, disse à agência Mehr, ligada à presidência iraniana, que os missionários cristãos estão enganando os iranianos e, recentemente, têm sido capazes de apreender mais de 6.500 Bíblias no noroeste.

Os líderes da Guarda Revolucionária Iraniana dizem que "as mulheres missionárias cristãs entrar em conversação com os iranianos, sugerindo relações sexuais e depois insultam o Islã".

As gráficas da Sociedade Bíblica iraniana estavam fechadas por décadas e as autoridades muçulmanas não permitem a publicação ou republicação da Bíblia no Irã e, por isso, segundo fontes cristãs, a única solução para os cristãos é que as Bíblias sejam contrabandeadas através dos países vizinhos.

As mesmas fontes afirmam que  os cristãos "apesar da feroz hostilidade do governo iraniano contra a Bíblia, há cristãos corajosos que arriscaram suas vidas e propriedades para ver os seus colegas teream a Bíblia e alguns deles estão agora na prisão por seu trabalho".


NOTAS
[1] http://www.mohabatnews.com/index.php?option=com_content&view=article&id=2669:a-shiite-clergy-views-spreading-christianity-as-a-serious-danger&catid=36:iranian-christians&Itemid=279
[2] http://www.cnsnews.com/news/article/troubled-growth-christianity-iranian-reg