Um bule quebrado, como o fanatismo pode atingir o ateísmo

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

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Para quem não sabe, na época do Iluminismo surgiu uma filosofia moral denominada Humanismo. O Humanismo diz que o ser humano deve ser o centro das atenções colocando deus e seus companheiros imaginários em segundo plano (ou nem isso). O conceito ajudou a derrubar dogmas e desde então a Igreja perdeu poder no mundo ocidental. Até aí beleza. Hoje o mundo é bem mais livre. No mundo ocidental que conhecemos grupos ditos minoritários têm direitos iguais e as legislações garantem liberdade de crença e não-crença. Diferente das teocracias como da Arábia Saudita ou Afeganistão. Mas isso não está sendo suficiente, ainda tem gente que não está contente. Aos poucos surgem grupos que acham que podem resolver algo postando coitadismo e mimimi pela web. Falo precisamente da Liga Humanista Secular, mais conhecida pela sigla LiHS ou mesmo pelo seu blog Bule Voador.
Não nego que já gostei de acompanhar o blog (não me culpem, todos nós já tivemos gostos esquisitos ou mesmo até hoje temos, afinal quem é normal?), ainda é possível encontrar algo aproveitável se peneirar muito bem, mas nas poucas vezes que procurei expor a minha opinião fui repreendido. Afinal, eles defendem ou não o livre-pensamento? Parece que não. Além da repreensão os meus comentários seguintes foram censurados, tudo porque discordei de um artigo sobre o preconceito lingüístico. A razão? Ora, eu não estava de acordo com eles, assim como não estive de acordo em muitas outras questões. Mas não fui o único a se desentender lá. Na época não fiz questão de criticar com um post num blog, mas teve gente que já fez isso, como o amigo Arthur Golgo Lucas. Ele e o outro amigo Felix Maranganha viram o totalitarismo que existe naquele blog que diz ser defensor dos direitos humanos. O texto está AQUI.
Sim, amigos. Há muita coisa estranha na LiHS. Um estranho totalitarismo num grupo autodenominado defensores dos direitos humanos. Lá não podemos discordar de nada, geralmente um diz que é uma falácia (geralmente acompanhada de palavras em latim decorado) e outro dirá que tem que provar, mesmo que seja uma mera opinião. Um exemplo, quando o humorista Rafinha Bastos falou uma bobagem que virou polêmica no Brasil inteiro teve gente que o criticou e que o defendeu, e lançaram uma imagem comparando a situação dele com a do ladrão Paulo Maluf.
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Repare que a imagem nada mais que retrata uma triste realidade: o povinho dá mais importância para um problema que envolve apenas dois artistas de segunda linha a eleição de um corrupto (que o alienado povo brasileiro elegeu). Não demorou muito para os mimimizentos do Bule Avuadô responder. Veja o absurdo.
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WTF? O que uma coisa tem a ver com a outra? Será que os humanistas politicamente corretos preferem que não dê importância para o caso do Maluf e condene o Rafinha Bastos? Será que temos que ser obrigados a dar importância a um problema da qual ninguém tem nada a ver com isso? Bem, não para por aí.
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OH, WAIT! Deixa eu ver. Não se pode comparar o caso do Rafinha Bastos, mas pode comparar a guerra do tráfico com a guerra ao terror. Esse é o raciocínio deles. Qual a solução para a guerra do tráfico? Oras, sejamos humanistas. Tem que legalizar as drogas! O tráfico emprega milhares de pessoas e, veja só que coitados, traficantes são grandes empreendedores. No final das contas qual o problema de termos gente cheirando cocaína nas escolas? Nada demais. Bem, sendo assim para resolver a guerra ao terror sugiro legalizar os atentados terroristas. Afinal o terrorismo emprega milhares de pessoas e lideres de grupos são grandes empreendedores. Certo?
Bem, não me estenderei muito. Quero terminar logo o texto. Agora vejam que engraçado como um grupo de supostos céticos também caem na mesma falácia que acusam. Mas o Bule Voador não é apenas isso. Que o diga o amigo Marcelo Esteves, que nada mais nada menos era membro emérito da LiHS. Podemos concluir que tem muita coisa podre no Reino da Dinamarca…
Sugiro ainda esse post no blog O Corvo.

Fonte: http://nihil-lemos.livrespensadores.org/

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