A fonte mais comum, mais profunda e maior da alegria é o amor.
- Alegria, mais belo fulgor divino,
- Filha de Elíseo,
- Ébrios de fogo entramos
- Em teu santuário celeste!
A alegria é algo simples mas não é fácil. É simples determinar se uma pessoa é feliz ou não, da maneira que ilumina o outro, mas tentar ser uma pessoa assim não é fácil. A alegria é uma alegria de espírito. Os seres humanos conhecem muito bem o sofrimento e a dor, e os que perderam um ente querido a têm experimentado em toda a sua profundidade. Bem, pode o homem que conhece a dor e o sofrimento ter os sentimentos opostos: bem-estar e a felicidade? Sim, a felicidade.
Mas a alegria é diferente da dor, pois a dor geralmente tem causas externas: um golpe, um acontecimento trágico, uma situação difícil. E a alegria é exatamente o contrário, vem de dentro. Do centro de nossa mente, nossa alma, há um ser, uma paz que se reflete em todo o nosso corpo: sorrimos, cantamos ou assobiamos uma música, tornamo-nos solícitos ... A mudança é realmente espetacular, como se costuma espalhar àqueles em torno de uma pessoa assim.
A alegria vem, em primeiro lugar, de uma atitude, a de decidir como afronta nosso espírito as coisas que nos rodeiam. Quem se deixa ser afetado pelas coisas ruins, escolhe sofrer. Quem decide que a sua paz é maior do que as coisas externas, então se aproximam mais da alegria. A alegria que vem de dentro.
A fonte mais comum, mais profunda e maior da alegria é o amor, principalmente o amor de um casal. Quem não se sente feliz quando acabou de conhecer alguém que gosta? Ainda mais quem não vê o mundo de forma diferente quando percebe que essa pessoa também está interessada nela? O amor rejuvenesce e é uma fonte espontânea e profunda de alegria. O amor é realmente o principal combustível para ser alegre. Quem não ama não sorri. E é por isso que o egoísta sofre, e nunca está feliz.
Se o fizéssemos uma lista de uma série de razões para não ser feliz, encontraríamos: levantar todos os dias à mesma hora para ir ao trabalho, escola ou reiniciar o trabalho doméstico; conviver com pessoas que não são do nosso gosto; enfrentar o trânsito; a preocupação sobre como ajustar o nosso orçamento para atender às necessidades básicas e também pagar as dívidas; lembrarmo-nos da segurança e bem-estar da família; trabalhar exatamente da mesma forma que fizemos ontem; e tudo aquilo que de alguma forma se assemelha à vida de rotina. Isto seria o equivalente a uma vida fria e com um grande toque de amargura.
Raramente pensamos sobre o fato de estarmos felizes, porque às vezes a alegria surge espontaneamente por vários motivos: melhores oportunidades de trabalho, a proposta de iniciar um negócio, a ascensão que não esperávamos, um resultado acima do esperado nos estudos ... e deixar a vida seguir seu curso, sem ter consciência de que a alegria nem sempre é encontrada, mas também é construída.
Tampouco é válido pensar que a solução consiste em levar levianamente as nossas obrigações e compromissos para vivermos tranquilamente e sermos felizes dessa forma. A pessoa que procura evitar a realidade tem uma alegria fictícia e, muito pelo contrário, está imersa no conforto e busca do prazer, o qual dura muito pouco.
Fonte: Encuentra
Tradução e adaptação: Eho
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