“Se alguém quer vir após mim”

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

 
Que significa negar-se a si mesmo? Significa que a pessoa tem de renunciar totalmente a si mesma, como que morrendo para si mesma. O sentido básico da palavra grega traduzida ‘negar-se’ é “dizer não”; significa “renunciar totalmente”. Portanto, se você aceita o desafio da vida cristã, está disposto a desistir de suas próprias ambições, conforto, desejos, felicidade, prazeres. Em suma, entrega toda a sua vida e tudo o que está envolvido nela para sempre a Deus. Negar-se a si mesmo significa mais do que apenas de vez em quando renunciar a certos prazeres. Antes, significa que se tem de ceder a posse de si mesmo a Deus. (1 Coríntios 6,19-20) Quem se negou a si mesmo não vive para agradar a si, mas sim a Deus. (Romanos 14,8; 15,3) Significa que em todo momento da sua vida ele diz não a desejos egoístas e diz sim a Deus.
Portanto, apanhar a cruz é algo sério. Carregar uma cruz assim é um peso e um símbolo de morte. O cristão está disposto a sofrer, se for necessário, ou a ser envergonhado ou torturado, ou mesmo a ser morto por ser seguidor de Jesus Cristo. Jesus disse: “Aquele que não aceita a sua cruz e não me segue não é digno de mim.” (Mateus 10,38) Nem todos os que sofrem estão carregando a estaca de tortura. Os iníquos têm muitas “dores”, mas não uma estaca de tortura. (Salmo 32,10) A vida do cristão, porém, é uma vida de levar a cruz de serviço sacrificial prestado a Deus.
A última condição mencionada por Jesus é a de o seguirmos continuamente. Jesus não requer apenas que aceitemos e que creiamos o que ele ensinou, mas que também sigamos em toda a nossa vida continuamente o modelo que ele estabeleceu. E quais são algumas das particularidades dominantes vistas no seu modelo de vida? Quando deu aos seguidores dele sua derradeira comissão, disse: “Ide, portanto, e fazei discípulos . . ., ensinando-[os] a observar todas as coisas que vos ordenei.” (Mateus 28,19-20) Jesus pregava e ensinava as boas novas do Reino. O mesmo faziam seus discípulos íntimos, e, deveras, também toda a primitiva Igreja. Esta atividade zelosa, além de não fazerem parte do mundo, acarretou-lhes o ódio e a oposição do mundo, resultando em sua estaca de tortura ser ainda mais pesada. — João 15,19, 20; Atos 8,4.
Outro modelo notável, observado na vida de Jesus, era o modo de ele tratar as pessoas. Era bondoso e “de temperamento brando e humilde de coração”. De modo que seus ouvintes sentiam-se revigorados em espírito e encorajados pela sua presença. (Mateus 11,29) Não os intimidava para que o seguissem, nem impunha regras sobre regras quanto a como deviam fazer isso; nem os induzia a terem sentimentos de culpa para obrigá-los a ser seus discípulos. Apesar de levarem uma vida abnegada, irradiavam genuína alegria. Que nítido contraste com os que têm o espírito mundano de autogratificação, que marca os “últimos dias”! — 2 Timóteo 3,1-4.

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