Desmascarando um desonesto - Um camarada comunista e o Opus Dei

domingo, 22 de janeiro de 2012


Eu fico impressionado com a vigarice intelectual de algumas pessoas. Não custa nada ser honesto em termos de idéias, ser coerente... ao menos por respeito à inteligência do leitor - ou à sua própria. 
Eric Voegelin, eminente filósofo alemão que dispensa apresentações, denunciou diversos aspectos da vigarice intelectual de Karl Marx; chegou até mesmo a afirmar que "[n]a raiz da ideia marxiana está uma doença espiritual". Um trabalho crítico de Voegelin à "anti-filosofia de Marx" - o termo não é meu, é dele - pode ser encontrado aqui.
O interessante é que Marx conseguiu passar a mesma vigarice intelectual aos seus adpetos. É impressionante como os marxistas herdaram dele, como um filho herda do pai, a desonestidade e o desrespeito à inteligência dos outros, como se todos fossem burros. Afinal, a Psicopolítica comunista trabalha em cima do emburrecimento das pessoas, da imbecilização do homem (aconselho a leitura deste outro artigo meu).
Esta semana chegou à minha caixa de e-mail um artigo escrito por Altamiro Borges, "jornalista e escritor", sobre o Opus Dei. O artigo se intitula "Opus Dei - Os tentáculos da seita no Brasil"; encontrei uma versão online dele no Blog do "Miro", apelido deste jornalista (aqui). Quando pesquiso sobre o homem, descubro que é um marxista de carteirinha, que escreve no Vermelho.org, defende o totalitarismo de Chavez e de Fidel (porque para esse pessoal ditadura só há na direita; Chavez e Fidel são "lutadores pela liberdade", nada totalitários...), além de ser um vivo entusiasta da malfadada Confecom, aquele mecanismo bonitinho e meigo que o PT criou para gestar o controle os meios de comunicação (o engraçado é que o "Miro" tem um livro intitulado "A Ditadura da Mídia", que deve falar sobre as manipulações midiáticas, mas defende e propõe a ditadura [comunista, obviamente] sobre a mídia... dá para entender um disparate desses?).
A vigarice intelectual do cidadão no seu texto sobre o Opus Dei é de um nível que assombra. O jornalista simplesmente não sabe patavina nenhuma sobre o Opus, Direito Canônico ou Doutrina da Igreja (mas deve saber muita coisa do manual de lavagem cerebral psicopolítica dos comunistas), e vem encher uma página de Blog com os maiores disparates retirados dos livrecos de Dan Brown e outros inimigos midiáticos da Obra, texto que é logo copiado pelos jornaleiros comunas e distribuído em sites e listas de e-mails como se fosse a condenação mais expressiva e irrefutável à "seita".
Eu não costumo comentar ou rebater artigos risíveis como este, mas deste eu vou falar só para desmascarar a desonestidade intelectual deste cidadão, que me estarreceu. Não surpreende que seja filho de Karl Marx!

De início, esclareço logo que não refutarei as fartas acusações preconceituosas que "Miro" apresenta contra diversas pessoas e contra o Opus sobre sinistras ligações financeiras com máfias ou bancos; explico: "Miro" não apresente prova alguma do que diz e para acusações tão graves seria bom que as apresentasse; ele apenas repete um série de disparates que todos os inimigos da Obra gostam de repetir, mas sem apresentar nenhuma evidência que os corrobore; é muito fácil ladrar e não provar; se não há provas, não há que se preocupar com estas afirmações, nem acreditá-las.


Comentarei apenas algumas partes estarrecedoras em suas desonestidade. Os trechos do texto de "Miro" seguem em vermelho (como não poderia deixar de ser...). Os meus comentários seguem em azul.
Altamiro Borges consegue o feito impressionante de cometer 10 erros básicos sobre São Josemaría Escrivá, o Fundador da Opus, sobre a própria Obra e sobre a Doutrina da Igreja, isto só no primeiro parágrafo, nas 17 linhas iniciais. Óbvio que não podemos exigir que os comunistas ateus conheçam Doutrina da Igreja, mas se alguém vai se dispor a escrever sobre, que pesquise ao menos o básico e não cometa gafes como as que "Miro" comete.

Diz, em suas linhas introdutórias, o texto do jornalista entusiasta de amordaçar o jornalismo:
O Opus Dei (do latim, Obra de Deus) foi fundado em outubro de 1928, na Espanha, pelo padre Josemaría Escrivá. O jovem sacerdote de 26 anos diz ter recebido a “iluminação divina” durante a sua clausura num mosteiro de Madri. Preocupado com o avanço das esquerdas no país, este excêntrico religioso, visto pelos amigos de batina como um “fanático e doente mental”, decidiu montar uma organização ultra-secreta para interferir nos rumos da Espanha. Segundo as suas palavras, ela seria “uma injeção intravenosa na corrente sanguínea da sociedade”, infiltrando-se em todos os poros de poder. Deveria reunir bispos e padres, mas, principalmente, membros laicos, que não usassem hábitos monásticos ou qualquer tipo de identificação. Reconhecida oficialmente pelo Vaticano em 1947, esta seita logo se tornou um contraponto ao avanço das idéias progressistas na Igreja. Em 1962, o papa João 23 convocou o Concílio Vaticano II, que marca uma viragem na postura da Igreja, aproximando-a dos anseios populares. No seu fanatismo, Escrivá não acatou a mudança. Criticou o fim da missa rezada em latim, com os padres de costas para os fiéis, e a abolição do Index Librorum Prohibitorum, dogma obscurantista do século 16 que listava livros “perigosos” e proibia sua leitura pelos fiéis. “Este concílio, minhas filhas, é o concílio do diabo”, garantiu Escrivá para alguns seguidores, segundo relato do jornalista Emílio Corbiere no livro “Opus Dei: El totalitarismo católico”.
1º) No momento em que concebeu o projeto do Opus Dei, São Josemaría não estava em "sua clausura num mosteiro de Madri"; estava apenas alguns dias em retiro, junto a outros padres da Diocese, na casa dos Padres de São Vicente de Paulo, que não são monges nem vivem em clausura; aliás, nenhuma congregação de espiritualidade vicentina é de clausura; mas "Miro" não foi nem pesquisar onde São Josemaría estava e já foi largando que estava "em sua clausura": aquele fanático medieval estava distante do mundo numa clausura! Vejam só que excentricidade! Mas São Josemaría nunca foi monge - apesar de Dan Brown [ridiculamente] dizer que o Opus Dei tem monges! -, nunca viveu enclausurado e nem seria um demérito se o fizesse: da oração de monges enclausurados depende a conversão de muitas almas;

2º) São Josemaría Escrivá não fundou o Opus Dei porque estava "preocupado com o avanço das esquerdas no país"! Isso é restringir demais a concepção do Fundador. São Josemaría estava era preocupado com uma visão preconceituosa - que começou a crescer com o Iluminismo - de que só os padres e as freiras é que têm de se preocupar com a santidade e com a religião, enquanto os fiéis leigos comuns podem "pintar e bordar" (com o secularismo atual, vemos isso cada vez mais; quando um leigo preocupa-se com sua vida espiritual e religiosa, dizem logo: "vai ser padre"; "vai ser freira"); o objetivo da Obra - que possui um carisma laiscal - é responder ao secularismo que faz pensar que só padre deve santificar-se: não, os leigos também devem lutar por sua santidade. E nisto Josemaría Escrivá está nas esteira de grandes homens como o Pe. Guilherme de Chaminade, Fundador dos Marianistas, e Frederico Ozanam, leigo que fundou as Conferências de São Vicente de Paulo.

Mas o fato de "Miro" dizer que Josemaría Escrivá fundou o Opus Dei "preocupado com as esquerdas" não é surpreendente: a mente de um comunista trabalha assim, na base da dialética marxista; tudo para um comunista é "luta de classes". Para um comunista, o mundo se resume a duas classes: os oprimidos e os opressores, em freqüente luta. Óbvio que "Miro" e os seus amigos estão entre os oprimidos, e o Opus Dei, Josemaría Escrivá, ou quem quer que se oponha ao totalitarismo marxista está entre os malditos opressores capitalistas. O mundo se resume a isso para eles.

"Miro" incrimina São Josemaría por ele estar "preocupado com o avanço das esquerdas". Mas preocupar-se com o avanço do comunismo é dever de todo católico. O Papa Pio XI ensinou na Encíclica Quadragesimo Anno que "
socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista". Qual a surpresa e o espanto, pois, que Josemaría Escrivá, um padre católico, faça o que todo católico tem de fazer?

Outrossim, diante do que os comunistas fizeram aos cristãos na Espanha, não era preciso nem ser um Josemaría Escrivá para preocupar-se: qualquer pessoa de bem se preocuparia com a ascensão deles! Mas dos crimes horríveis que eles perpetraram por lá falo adiante, quando refutar outro ponto do texto de "Miro"...

3º) Que "amigo de batina" definia São Josemaría como "fanático e doente mental"? Cite suas fontes, camarada!

4º) Acho que os membros do Opus Dei riem diante da acusação de serem "uma organização ultra-secreta"... Minha nossa, qualquer um pode receber direção espiritual com os padres do Opus Dei, confessar-se em seus centros, interessados podem freqüentar suas reuniões de formação... Que "ultra-secreta" esta organização! O que os membros do Opus não fazem é sair por aí esbanjando serem da Obra, porque o carisma que assumem não é motivo para envaidecimento próprio ou para chamarem atenção... O interessante é que se eles fizessem propaganda pessoal, eu aposto que gente como "Miro" os ia acusar não mais de obscurantismo, mas de proselitismo! Afinal, qualquer pedaço de pau vale para bater no Opus Dei, na Igreja...

5º) "Miro" não entendeu o que é a "injeção intravenosa na corrente circulatória da sociedade": é santificar o mundo a partir de dentro, camarada! Ensinava Josemaría Escrivá que, para melhorar o mesmos: "
Se tu e eu nos decidirmos a portar-nos bem, para começar já haverá dois pilantras a menos no mundo" (Caminho, n.534). Isso é a injeção intravenosa na sociedade: os cristãos comuns, dentro do mundo, dentro da sociedade, em seus trabalhos, no seu cotidiano, portando-se bem, não sendo pilantra. Josemaría Escrivá ensina que não devemos ser santos apenas numa clausura - preconceito que "Miro" parece ter - mas onde quer que estejamos, no meio do mundo, na sociedade, não sendo um pilantra. Eis a "injeção intravenoso na sociedade"! Não é só uma busca gananciosa por poder: isso quem faz é comunista. Os cristãos entregam tudo o que têm - até o poder e a liderança que possam conseguir - a Cristo, à Igreja. Se "Miro" se escandaliza que São Josemaría convoque a uma "injeção intravenosa na sociedade", que dirá de Jesus, que nos convocava a ser "sal da terra", "luz do mundo", "fermento" que, como o fermento do pão, faça crescer a massa a partir de dentro (Mateus 5,13-16 e 13,33), tal qual a "injeção intravenosa"?

6º) 1947 é o ano de uma aprovação preliminar; somente em 1950 é que a Obra recebe a aprovação pontíficia definitiva;

7º) O Concílio Vaticano II não marcou "uma viragem na postura da Igreja"; isso é mito, lenda negra espalhada por modernistas e comunistas; o Papa João Paulo II e o atual Pontífice, Bento XVI, não se cansam de explicar que o Vaticano II caminha numa linha de continuidade com a Doutrina de sempre da Igreja, sem alterações, sem viragens. "Miro" não entende nada de Vaticano II e vem falar bobagem!

8º) Como que "
Escrivá não acatou a mudança [do Vaticano II]"  e dizia que era "um concílio do demônio" se São Josemaría é reconhecido justamente como um dos precursores do Vaticano II? A preocupação dele de mostrar que todos os cristãos - seja padre ou não - tem a responsabilidade de santificar-se foi também preocupação do Concílio, que definiu a "vocação universal à santidade"; Josemaría Escrivá não só foi um precursor do Concílio, como um dos seus mais verdadeiros aplicadores; e o Opus Dei continua sendo, tanto que um dos Teólogos responsáveis por defender o Concílio Vaticano II perante as questões da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, nos diálogos atualmente em curso entre esta Fraternidade e a Santa Sé, é justamente Fernando Ocáriz, do Opus Dei. Como é que Josemaría Escrivá e o Opus repugnam o Concílio? "Miro" não conhece nem mesmo a biografia do homem que ele quer impugnar! Como eu vou acreditar num camarada destes?

9º) É verdade que São Josemaría Escrivá preferia a Missa Tradicional e até conseguiu indulto para continuar celebrando-a em privado; mas "Miro" não sabe que a Missa Nova, pós-Vaticano II, continua sendo "em latim, com os padres de costas para os fiéis". É, "Miro", o Concílio da "viragem da Igreja", o Concílio dos "anseios populares", disse que a Missa devia continuar em latim e nada mudou quanto à posição dos sacerdotes! O que há é uma permissão para celebrarem voltados para os fiéis e em língua franca, mas isso é a exceção, não a regra.  Leia os textos do Concílio antes de falar, companheiro!

10º) Dizer que o Index era um dogma é uma gafe risível. "Miro" não sabe o que é dogma. Eu explico, "Miro": dogma é uma doutrina fundamental do Cristianismo, que nunca pode mudar, sob o risco de perdermos a Fé; por exemplo, é dogma que Cristo é Deus, e nunca poderíamos mudar ou negar isso, sob pena de não sermos mais cristãos (quem não professa que Cristo é Deus não é cristão). Ora, o Index, como "Miro" mesmo diz, foi revogado pela Igreja. Logo, o Index não é dogma, "Miro"! Dogmas não podem ser revogados, e o Index foi! O Index não é dogma, "Miro", o Index foi uma medida  de cunho simplesmente disciplinar e pastoral, que por isso mesmo pode ser revogada quando a Igreja quiser ou achar que deve. Primeiro conheça o significado das palavras para não sair falando bobagem, camarada "Miro"!

Vejam só: todos estes erros dos mais simplórios, dos mais básicos, em apenas 17 linhas! Como se consegue uma proeza dessas? Eu explico como: é só você não saber absolutamente nada sobre aquilo que vocês vai escrever e encher a cabeça de um monte de estereótipos que nada tenham a ver com a realidade, e aí você consegue facilmente esta proeza que o nosso "Miro" conseguiu com tanta maestria. Comunista consegue isso facilmente, porque a cabeça deles é esvaziada de pensamento próprio e entulhada com qualquer coisa que o Partido mande eles acreditarem. Mas pelo menos o "Miro" acertou uma data, a de fundação: foi mesmo em outubro de 1928. Parabéns, camarada! Ao menos isso...

Mas as bobagens que diz o "Miro" não param por aí. Vou comentar apenas mais algumas, porque o texto já vai longo demais.
Além do rigoroso fundamentalismo religioso, o Opus Dei sempre se alinhou aos setores mais direitistas e fascistas. Durante a Guerra Civil Espanhola, deflagrada em 1936, Escrivá deu ostensivo apoio ao general golpista Francisco Franco contra o governo republicano legitimamente eleito. Temendo represálias, ele se asilou na embaixada de Honduras, depois se internou num manicômio, “fingindo-se de louco”, antes de fugir para a França. Só retornou à Espanha após a vitória dos golpistas. Desde então, firmou sólidos laços com o ditador sanguinário Francisco Franco.
A desonestida do nosso camarada realmente é singular. Será que "Miro" tem idéia do que fizeram aos cristãos, durante a Guerra Civil Espanhola, os comunistas que ele chama de "governo republicano legitimamente eleito"? Sim, "Miro" tem idéia. Mas "Miro" não pode admitir que os comunas foram mais sanguinários que o próprio Franco. "Miro" chama Franco de sanguinário mais propositalmente omite que os comunistas praticaram as mais horríveis atrocidades contra os cristãos!
Por que "Miro" não conta que o "governo republicano legitimamente eleito" matou 6 mil padres, religiosos e freiras simplesmente por serem cristãos? E olha que aí nem conto os leigos! Em 2007 o Papa Bento XVI beatificou de uma vez só 498 mártires dos comunistas na Espanha.
Por que "Miro" não conta que o "governo republicano legitimamente eleito" fazia os padres comerem bosta e beberem mijo numa caricatura sacrílega da Missa antes de matá-los?
Por que não conta que os comunistas queimavam e saqueavam igrejas, queimavam e enterravam vivos os padres, decepavam-lhes as orelhas, vazavam-lhes os olhos, estupravam freiras em praça pública, castravam religiosos à vista de todos...?

Por que não contas, "Miro", que o teu "governo republicano legitimamente eleito" na Espanha matou 20% dos Bispos, 12 % dos monges e 13% dos padres em apenas 3 anos?

Para quem quiser ver um chocante dossiê de fotos das barbáries do "governo republicano legitimamente eleito" pode vê-lo aqui.  Os dados eu tirei de "Memorial do Comunismo: a Guerra Civil Espanhola" e do artigo "Os mártires da Guerra Civil Espanhola", do Prof. Felipe Aquino, textos nos quais é possível encontrar outros dados assombrosos. Aconselho que leiam também o texto de Gustavo Corção, eminente romancista brasileiro, "A Guerra Civil Espanhola", com emocionantes histórias sobre o heroísmo do povo católico no enfrentamento dos perseguidores. Por fim, indico-lhe ainda um vídeo, repleto de fotos estarrecedoras do que o comunismo fez na Espanha; vejam aqui. Outro vídeo, um apanhado histórico da Guerra Civil Espanhola em fotos, poderá ser visto aqui. Quem não tiver nervos fortes é melhor só ler os textos. Dou-lhes esta infinidade de fontes - coisa que "Miro" não faz - porque respeito suas inteligências e para que não duvidem do mal que os comunistas causaram na Espanha. Eles estavam promovendo por lá um verdadeiro genocídio contra os católicos, do qual até hoje o povo espanhol está marcado.

"Miro" não conta isso sobre o "governo popular legitimamente eleito" da Espanha.

Numa situação como essa, perseguidos por todos os lados, os cristãos não tinham razão em apoiarem os exércitos de Franco, os únicos que lhes defenderam naquele momento? Não só tinham razão, como até lutaram contra os comunistas. Os exércitos não eram de Franco, mas de todos os que se opunham a esta barbárie desumana. Josemaría Escrivá só pôde voltar à Espanha quando da vitória de Franco porque só então houve liberdade religiosa para os cristãos: com os comunistas, só havia morte e perseguição.

Obviamente que isso não implica concordar com qualquer excesso que Franco possa ter cometido depois, mas naquele momento unir-se aos exércitos nacionalistas e lutar contra os comunistas era a única opção para salvar-se do "Holocausto católico" que eles estavam levando à cabo. Ou "Miro" queria que os cristãos, num ato suicidade, se unissem aos comunistas que estavam promovendo o genocídio contra eles? Por favor!

Mas "Miro" não conta nada disso...

Numa desonestidade intelectual tremenda, ele omite propositadamente. Medo de que vejam o que seus camaradas fizeram por lá...
Há também fortes indícios de que Josemaría Escrivá nutria simpatias por Adolf Hitler e pelo nazismo. De forma simulada, advogava as idéias racistas e defendia a violência. Na máxima 367 do livro Caminho, ele afirma que seus fiéis “são belos e inteligentes” e devem olhar aos demais como “inferiores e animais”. Na máxima 643, ensina que a meta “é ocupar cargos e ser um movimento de domínio mundial”. Na máxima 311, ele escancara: “A guerra tem uma finalidade sobrenatural... Mas temos, ao final, de amá-la, como o religioso deve amar suas disciplinas”.
Que indícios, "Miro"?

"Miro" desbarata em acusações sem sentido, cita frases desconexas de "ex-numerários do Opus Dei" para provar suas teses sinistras, como se fossem a evidência cabal de todas as bobagens que balbucia.

Desonestidade intelectual tem limites, não é? Mas para "Miro" ela é ilimitada.

Neste trecho ele distroce de uma maneira espantosa e vigarista as máximas de Caminho para fundamentar suas loucuras. "Miro" não leu Caminho. Óbvio: se o tivesse lido não seria tão desonesto.

"Miro" diz que no ponto 367 de Caminho Josemaría Escrivá estimula o racismo contra os outros. a distorção que ele fez da máxima é assombrosa: retirou de lá quatro palavras e, pah!, apresentou-as como prova de que Josemaría Escrivá era racista.

Mas no ponto 367 é dito coisa completamente diversa, que nada tem a ver com ódio racista aos outros: Josemaría Escrivá ensina que, não importa os meios que tenhamos, se os usarmos mal, estaremos lhes disperdiçando - como qualquer manjar, se o comer um porco, vira carne de porco; mas se os usarmos bem, de maneira nobre, se convertem em feitos nobres - como o homem que, se comer o mesmo manjar, o converterá em músculos nobres. Da leitura completa do ponto - leitura que "Miro fez, mas preferiu omitir - isso resulta claro:
"O manjar mais delicado e seleto, se o comer um porco (que assim se chama, sem perdão da palavra), converte-se, quando muito, em carne de porco! Sejamos anjos, para dignificar as idéias ao assimilá-las. - Pelo menos, sejamos homens, para converter os alimentos, no mínimo, em músculos nobres e belos, ou talvez em cérebro potente..., capaz de entender e adorar a Deus. - Mas... não sejamos animais, como tantos e tantos!"
Na máxima 643 "Miro" chegou ao cúmulo de inventar palavras. Que baita desonestidade! Vejam o que"Miro" diz de novo: "Na máxima 643, ensina que a meta 'é ocupar cargos e ser um movimento de domínio mundial'. Agora leiam o que realmente está dito na máxima 643:
"Não exibas facilmente a intimidade do teu apostolado. Não vês que o mundo está cheio de incompreensões egoístas?"
O camarada chegou ao cúmulo de inventar uma frase e atribuí-la ao ponto 643 de Caminho só para justificar seus disparates! Assim é muito fácil, companheiro!

Agora me digam: como é que vamos acreditar num camarada destes?

Já no ponto 311, onde se fala da guerra, o sentido é totalmente diverso do que "Miro" apresenta: o ponto 311 está num capítulo sobre a vida interior do cristão e a guerra de que fala São Josemaría Escrivá é a guerra interior contra o pecado, a luta pela santidade. Este capítulo pode ser lido aqui, onde poderão comprovar o que digo. No ponto 307, por exemplo, no mesmo capítulo, é esclarecido o sentido desta guerra, que Josemaría Escrivá define como "as lutas diárias da tua vida interior":
"Esse modo sobrenatural de proceder é uma verdadeira tática militar. - Sustentas a guerra - as lutas diárias da tua vida interior - em posições que colocas longe dos redutos da tua fortaleza. E o inimigo acode aí: à tua pequena mortificação, à tua oração habitual, ao teu trabalho metódico, ao teu plano de vida; e é difícil que chegue a aproximar-se dos torreões, fracos para o assalto, do teu castelo. E, se chega, chega sem eficácia."
Digam-me se tem condição de acreditar num camarada destes? O companheiro "Miro" simplesmente distorce tudo, chega até a inventar, só para justificar seus disparates! Além de ser um expediente desonesto, é vergonhoso que uma pessoa tenha de recorrer a tais mentiras deslavadas para justificar seu ódio e preconceito religioso.
"Como descreve a jornalista Maria Amaral, num artigo à revista Caros Amigos, 'ao se mudar para Roma, ele estimulou ainda mais as acusações de ser simpático aos regimes autoritários, já que as suas primeiras vitórias no sentido de estabelecer o Opus Dei com estrutura eclesiástica capaz de abrigar leigos e ordenar sacerdotes se deram durante o pontificado do papa Pio XII, por meio do cardeal Eugenio Pacelli, responsável por controverso acordo da Igreja com Hitler'.
Ora, as vitórias do Opus Dei sob o Pontificado de Pio XII devem ser vistas, então, como uma prova de que Josemaría Escrivá e a Obra eram - e são! - ardorosos anti-fascistas e anti-nazistas! Hoje já está fartamente provado por A mais B que Pio XII foi o maior opositor do Nazismo na Europa. Quando era Cardeal, Eugenio Pacelli foi co-redator da Encíclica Mit Brennender Sorge, do Papa Pio XI, que continua sendo a mais eloqüente condenação do Nazismo entre todas, numa época em que as potências européias se calavam sobre Hitler. A eleição de Eugenio Pacelli para Papa foi vista com preocupação pelo Reich; tanto oa Alemanha quanto a Itália falaram abertamente contra a eleição de Pacelli. Um jornal de Berlim, o Berliner Morgenpost, no dia seguinte à conclusão do Conclave, afirmava: "A eleição do Cardeal Pacelli não é benéfica para a Alemanha, pois ele sempre se opôs ao nazismo e praticamente determinava a política do Vaticano sob o seu predecessor". Além disso, enquanto os EUA, Inglaterra e França silenciavam sobre o expansionismo nazista e o endurecimento do Reich, Pio XII foi o único a romper a cortina do silêncio, o único a denunciar os crimes nazistas. A propósito, um Editorial do The New York Times em 1941 dizia que "a voz de Pio XII é uma voz solitária no silêncio e na escuridão envolvendo a Europa neste Natal"; este Editorial foi escrito após Pio XII, na mensagem de Natal, condenar "o espectro satânico levantado pelo Nacional Socialismo". Foi o único Chefe de Estadou que condenou o Nazismo tão veementemente, naquela época. O Editorial do The New York Times pode ser lido aqui; a mensagem de Natal de Pio XII condenando o Nazismo pode ser lida aqui. Indico também um eloqüente arquivo de fotos colhida pela Editora Permanência em seu dossiê sobre Pio XII, que comprovam como o Papa, desde sua época de Cardeal, salvava judeus e condenava os crimes do nazismo; estas fotoso podem ser vistas aqui.

Dias atrás, no dia 24 de Janeiro, o jornal El País, da Espanha, publicou um artigo intitulado En defensa de Benedicto XVI, onde o articulista critica os que injustiçam Pio XII: 
E agora, o surpreendente é que todo o peso, ou quase isso, do silêncio ensurdecedor que foi feito no mundo sobre o Holocausto caia sobre um dos soberanos da época que: a) não tinha armas nem aviões disponíveis; b) de acordo com a maioria dos historiadores, não poupou esforços para partilhar com aqueles que tinham  [armas e aviões] a informação de que dispunha, c) salvou, sim, ele, tanto em Roma quanto em outros lugares, um grande número daqueles pelos quais se sentia moralmente responsável.
Segundo o jornalista judeu italiano, ex-diretor do Jornal Corriere de la Serra, Paolo Mieri, Pio XI salvou mais de 1 milhão de judeus:
“O linchamento contra Pio XII? Um absurdo. Venho de uma família de origem judia e tenho parentes que morreram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Esse Papa [Pio XII] e a Igreja que tanto dependia dele, fizeram muitíssimo pelos judeus. Seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e quase um milhão de judeus salvos graças à estrutura da Igreja e deste Pontífice. Se recrimina a Pio XII por não ter dado um grito diante das deportações do gueto de Roma, mas outros historiadores têm observado que nunca viram os antifacistas correndo à estação para tratar de deter o trem dos deportados. Um dos motivos por que este importante Papa foi crucificado se deve ao fato de que tomou parte contra o universo comunista de maneira dura, forte e decidida.”
Graças a Pio XII, 11 mil judeus foram salvos em Portugal. Quando Pio XII morreu, em 1958, Golda Meir, Primeira-Ministra de Israel, diz:
"Choramos a um grande servidor da paz que levantou sua voz pelas vítimas quando o terrível martírio se abateu sobre nosso povo".  
E Albert Einstein, já em 1940, dissera:  
"Somente a Igreja permaneceu firme, em pé, para fechar o caminho às campanhas de Hitler que pretendiam suprimir a verdade. Antes eu nunca havia experimentado um interesse particular pela Igreja, mas agora sinto por ela um grande afeto e admiração, porque a Igreja foi a única que teve a valentia e a constância para defender a verdade intelectual e a liberdade moral".
Indico a coletânia "13 Declarações de líderes judeus em defesa do Papa Pio XII", donde foram retiradas as citações acima. Indico também o "Agradecimento do rabino Zaoui ao Papa Pio XII". Leiam ainda o artigo de James Akin "Pio XII e a Segunda Guerra Mundial", disponível no site da Quadrante, Editora do Opus Dei - se "Miro" pode citar a megalomaníaca Caros Amigos, eu posso indicar a Quadrante. Dou-lhes esta vastidão de fontes - coisa que "Miro" não faz - para que não duvidem da veracidade destas informações - e da desonestidade do camarada "Miro".
Portanto, citar o crescimento do Opus Dei no Pontificado de Pio XII e a confiança que São Josemaría Escrivá gozava junto a este grande Papa não é prova de que o Santo e a Obra sejam nazistas, mas justamente o contrário: é prova de que sejam ardorosos anti-nazistas e anti-fascistas. "Miro" quis morder os outros e acabou mordendo a si mesmo!

Mas as palavras de Paolo Mieri, acima, nos dão o motivo pelo qual Pio XII é difamado: do mesmo jeito que condenou o nazismo, Pio XII condenou o comunismo, que matou ainda mais (120 milhões de pessoas) e ainda hoje há um silêncio covarde a respeito. "
Um dos motivos por que este importante Papa foi crucificado se deve ao fato de que tomou parte contra o universo comunista de maneira dura, forte e decidida", diz Mieri. Então obviamente o camarada "Miro" não vai deixar de difamar Pio XII também...

O engraçado é que todo comunista quer impugnar o nazismo e o fascismo, mas nenhum quer reconhecer que o nazismo é filho do socialismo: o comunismo soviético é o Internacional Socialismo e o nazismo é o Nacional Socialismo. O comunismo é o coletivismo de de classes; o nazismo é o coletivismo de raça. O comunismo extermina por classes sociais, apregoando a luta de classes; o nazismo extermina por raça, transformando a luta de classes numa luta de raças. Os comunistas já tinham campos de extermínio 20 anos antes os nazistas terem os seus e continuaram com campos de concentração 40 anos depois dos nazistas, em pelna década de 80. O documentário The Soviet Story provou que os comunistas foram os primeiros genocidas - Marx foi o primeiro a advogar publicamente o genocídio -, que para eles é essencial matar - já vimos o caso da Guerra Civil Espanhola - e que foram eles que ensinaram os nazistas - seus filhotes - sobre como exterminar em massa. Vejam um trecho de The Soviet Story aqui.

E aí, companheiro "Miro", como ficamos? Dá para dormir com um barulho destes?
O Opus Dei teria cerca de 80 milhões de fiéis, muitos deles em cargos-chaves em governos, na mídia e em multinacionais.
Pois é, pelo menos o camarada "Miro" sabe escrever, porque para contar ele é ruim: o Opus Dei não tem 80 milhões de membros, "Miro", mas 85 mil! Bastava consultar o próprio site da Prelatura para conferir os dados, camarada! Nem isso o companheiro "Miro" fez, o mais básico! Como acreditar num cara destes?
Outrossim, qual o problema que existam fiéis do Opus "em cargos-chaves em governos, na mídia e em multinacionais"? Por que isso é ruim? Por que isso desacredita a Obra ou a Igreja Católica? Ou "Miro" vai dizer que o Comunismo também não tem ninguém nestes lugares?

São Josemaría Escrivá dizia que o estudo é uma "obrigação grave" e estimulava os cristão a estudarem com afinco, cientes, entretanto, que o estudo é um meio para expandir o Evangelho e não um fim em si, para envaidecimento próprio:
"O estudo, a formação profissional, seja qual for, é obrigação grave entre nós"Caminho, 334). (
"Se tens de servir a Deus com a tua inteligência, para ti estudar é uma obrigação grave"Idem, 336).
(
"Cultura, cultura! - Está certo. Que ninguém nos vença em ambicioná-la e possuí-la. - Mas a cultura é meio, e não fim" (Ibid., 345).
Quanto ao trabalho, São Josemaría Escrivá ensinava que era um meio de santificação pessoal, que o trabalho bem feito é demonstração do amor que temos por Deus e que era uma forma de imitar a Cristo, que trabalhou como carpinteiro em Nazaré; por isso estimulava a trabalhar com empenho, com vigor, sem preguiça:
"Trabalha. - Quando tiveres a preocupação de um trabalho profissional, melhorará a vida da tua alma. E serás mais varonil, porque abandonarás esse 'espírito de mexerico' que te consome" (Caminho, 343).
"Não compreendo que te digas cristão e tenhas essa vida de preguiçoso inútil. - Será que esqueces a vida de trabalho de Cristo?" (Idem, 356).
"Estar ocioso é coisa que não se compreende num homem com alma de apóstolo" (Ibid., 358).
"Põe um motivo sobrenatural na tua atividade profissional de cada dia, e terás santificado o trabalho" (Ibid. 359).
"Só te preocupas de edificar a tua cultura. E é preciso edificar a tua alma. - Assim trabalharás como deves, por Cristo. Para que Ele reine no mundo, é necessário que haja gente que, com o olhar posto no Céu, se dedique prestigiosamente a todas as atividades humanas e, dentro delas, realize silenciosamente - e eficazmente - um apostolado de caráter profissional" (Ibid., 347).
Por que eu citei tão fartamente estas frases de São Josemaría?
Por três motivos:
1) Para mostrar como São Josemaría não era um "fanático e doente mental", mas um homem sábio, de visão, que estimulava coisas nobres como o estudo e o profissionalismo;
2) Para mostrar como "Miro" não entende nada sobre São Josemaría Escrivá, nunca o leu e vem encher um texto de bobagens sem sentido!
3) São Josemaría Escrivá ensina que devemos estudar e trabalhar com afinco e empenho; que fazem os fiéis do Opus Dei e qualquer devoto de São Josemaría? Estuda e trabalha com empenho. E aí crescem na vida profissional e acadêmica, chegando aos cargos-chave de que "Miro" fala aí em cima. Então vejamos: os caras estudam muito, trabalham pesado, crescem na vida... e "Miro" tem raiva deles por causa disso!!! "Miro" tem raiva deles porque eles cresceram à custa de seu estudo e trabalho!!! Dá pra entender?! É raiva... ou é inveja?
Sobre o dinheiro do Opus Dei, que "Miro" tanto recrimina em seu texto, eu digo: esse é o problema de comunista; eles não entendem que o dinheiro pode ser utilizado para fins nobres. 
O Opus tem dinheiro? Tem! Como toda Ordem ou Congregação na Igreja tem seus meios financeiros para se manter, ora! Ou é para se manter por osmose? (Às vezes eu penso, contudo: se o Opus tivesse o dinheiro que seus inimigos dizem que têm, seus centros não seriam mobiliados com móveis usados ou re-aproveitados...)
A diferença é que nós, católicos, sabemos que o dinheiro, os bens materiais, não são um fim em si mesmo; nós sabemos que eles são apenas meios para um objetivo maior: expandir o Evangelho, comunicar a Fé em Cristo. Nós, católicos - e o Opus Dei junto -, pomos um sentido nobre, sobrenatural, nos nossos bens (o Opus, por exemplo, mantém o projeto Harambee, para ajuda e desenvolvimento de populações da África sub-saariana; apenas um dos projetos com sentido maior que mantêm...). É aquela história do porco e do homem: nós queremos transformar o manjar que comemos em músculos nobres.
Mas comunista não acredita em Deus! Comunista é ateu e materialista, pensa que tudo se resume a este mundo, a esta terra! Foi assim que o Marx ensinou a eles! Então eles não acreditam que o dinheiro possa servir a fins nobres. Não acreditam que os bens materiais possam ter um uso louvável, um sentido transcendente e sobrenatural. É por isso, por achar que dinheiro só vale para esse mundo e não pode ter um sentido mais nobre e sobrenatural, que comunista quando pega em dinheiro:
1) usa para financiar aborto (vejam também isso);
5) usa para financiar as FARC (leiam também isso);

Vou parar por aqui, caríssimos leitores. Acho que já deu para entender que o camarada "Miro" não é flor que se cheire. A desonestidade intelectual do companheiro, que aqui quis denunciar e desmascarar, é de espantar até Karl Marx.
Depois de todo esse texto devem estar pululando na cabeça do leitor duas questões. Vou respondê-las.
1º) Por que "Miro" fez uma propaganda difamatória tão desonesta como esta, correndo o risco de ser desmascarado?
Porque é assim que essa gente trabalha, caríssimos. Para eles é essencial destruir a religião, usando de todos os meios possíveis e imagináveis para isto. A religião abre os olhos do homem para o "algo mais", além do mundo. E o materialismo dialético não pode deixar isso acontecer: é preciso prender o homem a este mundo, a esta terra; é o materialismo. Por isso eles são ateus e inimigos da religião. Os meios que usam? Já vimos alguns: perseguição, matança, campos de concentração, fuzilamentos, genocídios. Como no Brasil eles não podem matar abertamente ainda - mas se implantarem um regime totalitário aqui, eles poderão - então eles recorrem a estes meios: a difamação, a mentira deslavada, a calúnia vigarista. Está lá no Manual de Psicopolítica dos comunistas, as técnicas de lavagem cerebral coletiva que utilizam, reveladas por Kenneth Goff: 
"Capítulo XIV: Destruição dos grupos religiosos. [...] Esse terrível monstro, a Igreja Católica Romana, ainda exerce firme domínio no campo das enfermidades mentais no mundo inteiro e seus sacerdotes sempre estão de prontidão para captar o povo. [...] Devemos fazer desaparecer tudo isto. Devemos ridicularizá-las, difamá-las e desacreditar todas as suas curas, denunciando-as como superstições. [...] Assim como na Rússia tivemos que destruir a Igreja, depois de mutíssimos anos de árduo labor, assim também devemos destruir a fé em todas as nações que o comunismo se propõe a conquistar" (GOFF, Kenneth. Psicopolítico - Tecnica del Lavado  de Cerebro. Buenos Aires: Editorial Nuevo Orden, 1966; p. 112-113).
Alguma surpresa, pois, que os comunistas matem e - onde não podem matar - difamem os grupos religiosos? Na Espanha, durante a Guerra Civil Espanhola, os comunistas quiseram exterminar os cristãos, entres eles os do Opus Dei; agora, difamam-lhes.
2) Por que "Miro" usou de uma desonestidade e vigarice intelectual tão espantosa, desrespeitando a inteligência dos seus leitores?
Novamente, porque é assim que esta gente trabalha. Eric Voegelin, no trabalho que indiquei acima, provou que a anti-filosofia de Marx só pode subsistir à base do cerceamento do pensamento: para subsistir, o marxismo tem de proibir - literalmente - as questões metafísicas mais urgentes; uma destas questões que Voegelin cita como proibidas é: "Será possível negar Deus e manter a razão?"
George Orwell, no seu clássico "1984", romance no qual denunciou os perigos do totalitarismo socialista, ilustrou muito bem isso sob a figura das teletelas, que vigiavam os pensamentos dos homens, e da Polícia do Pensamento, responsável por puni-los quando eles cometessem crimidéia: crime de idéia, pensar contra o regime ou além do que o regime deixa pensar. Escrevi um artigo sobre isso, que pode ser lido aqui.
O comunismo existe e só pode subsistir na base do emburrecimento do povo. As massas devem ser burras, imbecilizadas, porque se elas pensarem, se elas se questionarem, se elas se perguntarem sobre Deus e o homem, a anti-filosofia de Marx não pode subsistir. É por isso que eles esvaziam a mente das pessoas de questionamento, emburrecem-nas, e enfiam dentro somente o que convém ao Partido: estereótipos, raciocínios prontos, uma linguagem própria - que Orwell chama de Novilíngua, a "nova língua. Somente assim, na base deste emburrecimento, desta imbecilização, é possível subsistir o marxismo.
Está também no Manual de Psicopolítica dos comunistas:
"Capítulo XIII: Recrutamento de idiotas úteis. O idiota útil é um indivíduo bem adestrado que atua com uma obediência total ao psicopolítico (ainda que sem sabê-lo)" (GOFF, K. Op. cit., p.109).
Prestem atenção à expressão: "indivíduo bem adestrado". É isso que o marxismo precisa fazer paar subsistir: imbecilizar o homem para domesticá-lo - literalmente, domesticá-lo, como a um animal. Eu escrevi sobre isso em outro artigo, que pode ser lido aqui.
Portanto, "Miro" não escreve um artigo tão desonesto e vigarista porque desrespeita a inteligência dos leitores: ele já parte do pressuposto de que seus leitores não têm inteligência, porque é assim que um marxista deve trabalhar, produzindo idiotas úteis, na base do emburrecimento. A desonestidade e vigarice intelectual de Marx, herdada por todo marxista que se preze como tal, é um expediente comum e largamente utilizado na esteira da domesticação e imbecilização do homem. Os documentos que citei - até o seu próprio manual de lavagem cerebral - provam isso cabalmente. E o único modo de se livrar disso? Pensar. Principalmente pensar sobre Deus, de forma racional e inteligente. É o maior medo deles, e por isso odeiam tanto a religião, especialmente a católica, que eles chamam de "terrível monstro".
Este artigo foi longo, eu sei; acho que foi o mais longo que já escrevi no En Garde!. Mas era necessário para desmascarar este camarada comunista desonesto, exaltar a memória de São Josemaría Escrivá - do qual sou devoto -, opor-se à difamação vergonhosa do Opus Dei e da Igreja Católica, além de, e principalmente, denunciar o modo de pensar e de trabalhar vigarista e desonesto do marxismo ateu e desumano, cujo  objetivo é emburrecer o homem para controlá-lo.         

Fonte: http://taiguaraonline.blogspot.com/

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