"Hitler era cristão e católico". Sim e eu sou o Mickey Mouse

quarta-feira, 14 de março de 2012


Os ateus querem transformar Hitler em cristão a todo custo. O objetivo, claro, é tentar dissociar ao máximo a imagem de Hitler do ateísmo, e associá-o ao cristianismo. É a idéia de matar dois coelhos com uma cajadada só: ao mesmo tempo em que se lava as mãos, se joga a sujeira para cima do oponente. O problema é que embora não se saiba se Hitler era exatamente ateu, com certeza não era cristão, como será mostrado aqui.
Mas claramente podemos demonstrar que Hitler era humanista, daqueles que usam todo o core da filosofia da mentalidade revolucionária. Relembremos os cinco pontos que qualificam alguém como adepto da mentalidade revolucionária:

* (1) Crença na idéia de que o homem pode e irá criar um mundo perfeito, isento de males
* (2) Sensação de que se pertence ao grupo que irá consolidar este mundo perfeito
* (3) Noção de que, ao se lutar por esse ideal, todos os atos estão a priori justificados
* (4) Criação de campanha de rejeição social e fomentação de ódio contra um grupo, a ser selecionado como bode expiatório, grupo este que será divulgado como o “inimigo” deste novo mundo (para Dawkins, são os religiosos, para Hitler, eram os judeus, para Marx, eram os burgueses, para a Al Qaeda, são os norte-americanos)
* (5) Ambições de dimensões globais em torno desse ideal

Todos os cinco itens acima são oposições ferrenhas a todos os princípios cristãos. Mas são adesão absoluta à todo paradigma do projeto Iluminista, que justamente criou tal tipo de mentalidade. O paradigma do projeto Iluminista era inerentemente anti-religioso, com uma série de ateus radicais. Isso dá uma prova de que Hitler era ateu, e que Hitler estava alinhado com um paradigma da mentalidade revolucionária, de característica ateísta radical (estilo Dawkins) OU anti-religiosa, sendo necessariamente ateísta. Sendo assim, o conjunto de estratagemas dos ateus para tentar metamorfosear Hitler em cristão possui uma série de variantes.
Vejamos as principais delas, com as devidas refutações:

(1) A Igreja Católica assinou uma concordata com o Reich alemão em 1933

Realmente é um fato que a Igreja Católica assinou tal concordata, mas os ateus geralmente omitem os principais pontos do acordo, que visava obter o direito à liberdade de religião católica romana, a permissão de que a religião católica pudesse ser ensinada em determinadas escolas, com a possibilidade de contratação de professores específicos para este fim, e proibição de que clérigos fossem membros ativos de partidos políticos. A assinatura da concordata não comprova nenhum apoio ao Holocausto ou às iniciativas nazistas, visando simplesmente tentar proteger cidadãos e clérigos católicos. Também, naturalmente, não comprova que Hitler era cristão.

(2) Há fotos de Hitler saindo de Igrejas

Sim, e há fotos de Obama também fazendo o mesmo, ainda que este lute contra a religião frequentemente. O ato de um político adentrar a uma igreja ou qualquer recinto não o transforma automaticamente em portador do atributo relacionado ao recinto. Se um político visitar a associação de agro-negócio, isso não o torna automaticamente um produtor rural. Portanto, qualquer foto de Hitler saindo de uma Igreja não é uma evidência de que ele era cristão.

(3) Hitler foi batizado como católico

Decerto que várias pessoas foram batizadas como católicos. O problema para a tese ateísta (“Hitler era cristão ha ha ha”) é que Hitler disse em 1941 o seguinte: “O pior golpe que já atingiu a humanidade foi a chegada do cristianismo. O bolchevismo é o filho ilegítimo do cristianismo. Ambos são invenções dos judeus. A mentira deliberada na forma de religião foi introduzida no mundo pelo cristianismo [...]“. Que tipo de cristianismo será esse que é anti-cristão? Detalhes… Enfim, esse argumento ateísta só seria válido se todo aquele que fosse batizado como católico jamais pudesse deixar de sê-lo. O que, como sabemos, é falso.

(4) Há inscrições “Gott Mitt Uns” usadas pelo exército alemão

Só que tal frase nada mais era que um grito de guerra inspirado nos dizeres Nobiscum deus, do Império Romano, que, como todos sabem, não era nem de longe de orientação cristã. Pelo contrário, era uma orientação paganista.

(5) Há fotos de padres alemães junto de soldados alemães

Claro, assim como há hoje em dia o apoio do “cristão” Edir Macedo ao governo da anti-cristã Dilma. Isso é natural no jogo do poder, e não torna a Dilma cristã. Nem o Obama é transformado em cristão por se unir a alguns líderes cristãos. Como exemplo, alguns bispos apóiam o MST, movimento terrorista da esquerda. Obviamente, bispos que envergonham o cristianismo. O que também não torna o MST cristão. O fato de alguns padres alemães estarem em fotos com alguns oficiais alemães não transforma nem esses oficiais alemães em cristãos, como muito menos o faz em relação a Hitler.

Por Gnomo Velho

5 comentários:

Sanctus Domini disse...

Excelente artigo! Fique em paz!

Alexandre M. F. Silva disse...

A família de Hitler era católica... Stálin foi seminarista ortodoxo... Fidel Castro parece que estudou em colégio de jesuítas, e foi excomungado por João XXIII (se ele foi excomungado é porque pelo menos tecnicamente era católico). Se formos tentar explicar tudo pelo passado das pessoas, podemos concluir o que nos dá na telha.

Alexandre M. F. Silva disse...

Pol Pot era estudou rádioeletrônica. O massacre do Cambodja foi causado pelo radiamadorismo?

Dalmo Hernandes disse...

Quanta coisa ridícula.

BIROCA disse...

Eu como ateu adoro entrar em igrejas cristãs...só pra mostrar para os outros que eu sou cristão...
Vá caçar sapo com bodoque meu chapa !!!
Ele tinha tanto pavor do inferno quanto qualquer pessoa na idade média e os crentes de hoje !!!

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