Fonte: Neo-Ateísmo Português
O líder do simpático e tolerante grupo “O Ateu Responde” lançou a seguinte proposta:
Será que Fátima não é para meninos? Não seria muito mais interessante ver essa manifestação em Meca ? Deixo a sugestão.
… e que se preocupam imenso com quem não vive dessa maneira.
Os católicos não pagam impostos, educar os próprios filhos é “indoutrinar crianças” e, neste mundo de fantasia do senhor Raposo, católicos que se casam e morrem significa um “negócio”. Aparentemente, ilícito.
Não é piada. Ele acha mesmo que a propriedade não é um direito das igrejas. Citando: ” Liberdade religiosa permite-te a ti ter uma crença, mas EM NADA te permite construir igrejas“.
Para este tolerante amigo da liberdade, é “horrendo” o direito a ter uma posição e convicção sobre o que é o casamento, e celebrá-lo em conformidade. A não ser que a Igreja defendesse a noção de “casamento” do senhor Phyttas-Raposo. Nesse caso, imagino que já não haveria horror.
Afinal, só quer ir a Fátima exibir uma t-shirt, ou quer “demonstrar as irregularidades, incoerências e insanidades dos crentes” e da “corja” que os dirige, em nome da sua democracia que não permite à Igreja participar na democracia? Este jovem tem muita raiva acumulada.
É interessante a ideia de que a liberdade da prática religiosa está sujeita ao “direito” do Raposo em “não querer” ver religião no espaço público. Alguém o nomeou ditador do mundo?
Ele ter direito a que o seu filho não seja “indoutrinado”, até tem. Por exemplo, ninguém o obriga a levar o filho a Fátima. Aliás, o Phyttas-Raposo parece não perceber que ele mesmo não está obrigado ir a Fátima. Ele é que pretende lá ir, sem ninguém o ter convidado.
A convicção de que o ateísmo não é uma convicção, é auto-contraditória. Se o ateísmo fosse uma “ferramenta de aferição da realidade”, o Phyttas-Raposo viveria e pensaria na realidade. O que não é o caso. “Acreditem lá no que quiserem mas não o imponham aos demais” é um bom princípio. Mas quem é o ateu que, só por acreditar que Deus não existe, que os católicos são uma corja, que as igrejas não podem construir templos ou que a liberdade religiosa é contrária à manifestação pública da religião; quer ir a Fátima incomodar católicos?
Coerente, sem dúvida. Os religiosos que pratiquem lá a sua religião fechados em casa, em “liberdade”. O espaço público é propriedade dos ateus, os aferidores da realidade.
Mas também há pessoas moderadas no grupo “O Ateu Responde”:
Banir qualquer manifestação religiosa em espaços públicos. Não são meigos a pedir.
A maioria é religiosa, os minoritários ateus militantes não gostam. Logo, a manifestação religiosa deve ser banida do espaço público. Um raciocínio que faz todo sentido.
Sem perder muito tempo com moralidade da proposta, sugerir uma petição para banir qualquer manifestação religiosa em público, ao mesmo tempo que se lembra o facto da maioria da população ser religiosa; já seria suficiente para a autora da ideia perceber que a petição teria tudo para ser mal sucedida.
Mas os ateus é que sabem aferir a realidade. Se ela diz que isso seria “um passo assertivo”, quem sou eu para o negar…
Acha bem que um cristão seja impedido de usar um crucifixo. Ainda dizem alguns que eu exagero quando comparo os ateus militantes a talibans.
Quer dizer que o corpo e a roupa dos cristãos é local público, de uso público, que deve permanecer neutro. Não sabia.
Não me surpreende que um ateu militante considere que “proibir” significa ser “neutro”. Isso é o que eles fazem sempre: atacar a liberdade religiosa, invocando a liberdade religiosa. Proibir e banir, invocando “neutralidade”.
Quem não sabia, fica a saber. No “mundo melhor” desejado pelos ateus militantes, não há espaço público para símbolos religiosos. A linguagem é clara: entendem que a religião “conspurca” o espaço público. Os ateus militantes são os puros, os únicos capazes de limpar o mundo. É o ateísmo higiénico.
Nem todos somos “crentes”, por isso o espaço público, de todos, não é dos crentes. É só dos ateus. Faz todo o sentido…
Ele não quer tanta coisa. “Eu não quero”, é um excelente argumento para proibir a liberdade religiosa. E um argumento “neutro”, como é óbvio.
Agarra-se à palavra “conspurcar” e já não a larga. Repete-a como se fosse um mantra.
Conclusão: o fanatismo é mesmo uma demência.
Por Jairo Filipe
Meus comentários
Quando eu comparo o ódio que os neo ateus possuem dos religiosos com o ódio que os anti-semitas possuíam dos judeus, alguns falaram que eu exagerei. A figura neo ateísta pelo nome de Jorge Phyttas-Raposo mostra que eu não exagerei. Na verdade, fui até modesto.
A sorte é que essas figuras ainda não tem o poder em mãos, pois o rancor que eles possuem dos religiosos é algo de difícil mensuração. Vocês conseguem imaginar essa turma com poder e com ESSE TIPO DE DISCURSO ACIMA?
A grande pergunta que fica é: por que a sociedade encara como natural um grupo ser tão preconceituoso e intolerante como os neo ateus? Será que a sociedade toleraria um grupo conservador ir atazanar a Parada Gay? Ou até mesmo um grupo de brancos irem atrapalhar a passeata do Orgulho Negro? Claro que não tolerariam. Mas o mero fato de um grupo de cristãos se reunirem para fazer suas homenagens instiga a fúria dos neo ateus, que querem legitimar o fato de irem lá os incomodarem.
A resposta é simples: neo ateus estão aproveitando o fato de serem uma minoria para instigarem um discurso de ódio, e POR SEREM DE MINORIA, passarem desapercebidos.
Esse jogo psicológico não pode ser tolerado, e eles tem que ser denunciados pelo que eles são. Um grupo incapaz de conviver em sociedade, e que deveria ser processado por suas ofensas.
Quando um deles afirma que “religioso não pode emitir suas opiniões”, processe. Se um deles disser que “religiosos não podem usar o espaço público, usando seus símbolos”, processe por discriminação.
A dica é: jamais converse com eles, pois não se fala com quem possui uma agenda de ódio desse porte.
O fato é que já está claro que estamos diante de um grupo perigosíssimo. É o que sempre falei: o humanismo é a mais perigosa de todas as religiões. E o humanismo secular (ou seja, o neo ateísmo) é somente a versão mais extremista e radical do humanismo.
Não dá mais para sermos ingênuos em relação às artimanhas deles e tolerantes com tamanha intolerância.
1 comentários:
quem diria que eu teria alguma coisa em comum com catolicos? vero, a militancia ateista está chegando ao ponto do terrorismo, como a pixação da igreja, demonstrando o quanto de fanatismo e de fundamentalismo existe entre ateus.
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