Crenças e práticas da Igreja Católica Romana

sexta-feira, 30 de julho de 2010

As igrejas Católica e Ortodoxa foram estabelecidas como igrejas muito antes de todas as outras denominações cristãs. Por fins de comparação, vamos ver as principais diferenças entre as crenças e práticas da fé católica e a maioria das outras denominações protestantes:

  • Autoridade dentro da Igreja - os católicos acreditam que a autoridade da Igreja encontra-se dentro da hierarquia da Igreja, os protestantes acreditam que a autoridade da igreja encontra-se dentro do crente.
  • Batismo - os católicos (assim como os luteranos, episcopais / anglicanos e alguns outros protestantes) acreditam que o batismo é um sacramento que regenera e justifica, e é geralmente realizado na infância; A maioria dos protestantes acreditam que o batismo é um testemunho externo visível antes da regeneração, normalmente feito depois que uma pessoa confessa a Jesus como Salvador e obtém uma compreensão do significado do Batismo. Para saber mais sobre o sacramento católico do batismo visite esta página
  • A Bíblia - os católicos acreditam que a verdade é encontrada na Bíblia, tal como interpretada pela Igreja, mas também encontrada na Tradição da Igreja. Os protestantes acreditam que a verdade é encontrada nas Escrituras, segundo a interpretação do indivíduo, e que os escritos originais dos autores da Bíblia são sem erro.
  • Livros da Bíblia - A Igreja Católica inclui os mesmos 66 livros da Bíblia como fazem os protestantes, assim como os livros "apócrifos" (chamados pelos católicos de "deuterocanônicos", i.e, "canonizados depois"). Os protestantes só aceitam os 66 livros do Antigo e do Novo Testamento. Para uma exposição completa da formação do cânon bíblico, visite esta página.
  • Clero - A Igreja Católica Romana somente consagra sacerdotes do sexo masculino, praticamente todos celibatários. Os protestantes, em sua maioria, elegem pessoas do sexo masculino, solteiros ou casados.
  • Perdão dos pecados - os católicos acreditam que o perdão dos pecados é obtido através do ritual da Igreja, com a ajuda de um padre na confissão. Os protestantes acreditam que o perdão dos pecados é recebido através do arrependimento e confissão diretamente a Deus, sem intercessor humano.
  • Inferno - A New Advent Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica do Novo Advento) define o inferno em sentido estrito, como "o lugar de punição para os condenados", incluindo o limbo das crianças, o limbo dos Padres, e purgatório. Da mesma forma, os protestantes acreditam que o inferno é um lugar físico real de punição que dura para toda a eternidade, mas rejeitam o conceito de limbo e purgatório. Para saber mais clique aqui.
  • Imaculada Conceição de Maria - os católicos são obrigados a crer que quando Maria foi concebida, ela estava sem o pecado original. Os protestantes negam essa afirmação. Para saber mais acesse esta página.
  • Infalibilidade do Papa - esta é uma crença necessária da Igreja Católica em matéria de doutrina religiosa. Os protestantes negam esta crença.
  • A Ceia do Senhor (Eucaristia /Comunhão) - Os católicos acreditam que este sacrifício é o corpo e o sangue de Cristo fisicamente presentes e consumidos pelos crentes ("transubstanciação"). A maioria dos protestantes acreditam que esta observância é uma refeição em memória do sacrifício do corpo e sangue de Cristo, e ela apenas simboliza a sua vida agora presente no crente. Eles rejeitam o conceito de transubstanciação.
  • Virgem Maria - os católicos acreditam que a Virgem Maria é inferior a Jesus mas está acima dos santos. Os protestantes acreditam que Maria, apesar de bendita, é igual a todos os outros crentes.
  • Oração - Os católicos acreditam na oração a Deus e também nas orações à Virgem Maria ou um santo para interceder em seu nome. Os protestantes acreditam que a oração é dirigida somente a Deus e não aos santos.
  • Purgatório - os católicos acreditam que o Purgatório é um estado de espírito após a morte em que as almas são limpas por meio de penas de purificação antes que elas possam entrar no céu. Os protestantes negam a existência do Purgatório.
  • Direito à Vida - A Igreja Católica Romana ensina que o fim da vida de um pré-embrião, embrião ou feto não pode ser permitido, salvo em casos muito raros quando uma operação de salvar a vida da mulher resulta na morte involuntária de um embrião ou do feto. Muitas vezes católicos nominais tomam uma posição mais liberal do que a posição oficial da Igreja. Os  protestantes conservadores diferem em sua posição sobre o aborto. Alguns o permitem em casos em que a gravidez foi iniciada por meio de estupro ou incesto. No outro extremo, alguns crêem que o aborto nunca é permitido, mesmo para salvar a vida da mulher.
  • Sacramentos - Os católicos acreditam que os sacramentos são meios de se obter a graça. Os protestantes acreditam que eles são um símbolo da graça.
  • Santos - Muita ênfase é colocada sobre os santos na religião católica. Os protestantes acreditam que todos os que nasceram de novo são santos e que nenhum destaque especial deve ser dada a eles.
  • Salvação - A religião católica ensina que a salvação depende da fé, obras e sacramentos. As religiões protestantes ensinam que a salvação depende somente da fé .
  • Salvação (perda da salvação) - Os católicos acreditam que a salvação é perdida quando uma pessoa responsável comete pecado mortal. Pode ser recuperada através do arrependimento e do sacramento da confissão. Os protestantes acreditam que geralmente quando uma pessoa é salva, não podem perder sua salvação. Algumas denominações ensinam que uma pessoa pode perder sua salvação.
  • Estátuas - os católicos honram a estátuas e imagens como símbolos dos santos. Muitos protestantes consideram a veneração de estátuas como idolatria.
  • Visibilidade da Igreja - A Igreja Católica reconhece a hierarquia da Igreja, incluindo o laicato como a "Esposa imaculada de Cristo." Os protestantes reconhecem a comunhão invisível de todos os indivíduos salvos. Só Deus sabe a exata composição da igreja.
Para obter mais informações sobre a fé Católica Romana, por favor visite www.veritatis.com.br e outros blogs indicados.

Traduzido e adaptado por Emerson de Oliveira de http://christianity.about.com/od/denominations/a/catholicdenom.htm

7 comentários:

Unknown disse...

Gostaria que fosse esclarecido melhor a parte que se refere à Bíblia, pois são 73 os livros canônicos reconhecidos pela Igreja: 46 do Antigo e 27 do Novo Testamento. Talvez o texto queira dizer que os mesmos 66 reconhecidos pelos protestantes estão incluídos entre os 73, mas mesmo assim precisamos deixar bem claro que as seitas protestantes não são concordes nem sequer neste ponto, pois algumas negam ou não a quantidade de livros das Sagradas Escrituras conforme seus princípios. Aliás, não há concordância entre eles nem sequer quanto ao contido nos textos sagrados, pois o "livre exame" lhes permite alterar palavras, nomes e até textos inteiros conforme sua vontade e desejo de propagar suas idéias errôneas.
Orígenes foi um dos grandes escritores e teólogos do início do Cristianismo, tendo vivido no decorrer do século II a meados do III. Fez parte da chamada “escola alexandrina”. Ao lado de Santo Agostinho, Orígenes é um dos pensadores mais marcantes do Cristianismo, admirado até por São Jerônimo que traduziu várias de suas obras. Em sua obra histórica, a primeira “História Eclesiástica”, que ainda hoje é fonte de consulta sobre o início da Igreja., Eusébio de Cesaréia fala longamente sobre Orígenes.
Sobre os livros sagrados que circulavam naquele tempo, diz Orígenes:“Há de se saber que são vinte e dois os livros do Antigo Testamento, como ensinam os hebreus; número que corresponde às letras que eles possuem". E quanto ao Novo Testamento, ele fala apenas dos 4 Evangelhos e algumas epístolas de São Paulo. Isto quer dizer que os livros canônicos da Sagrada Escritura só foram enumerados e reconhecidos pela Igreja muito tempo depois, no tempo de São Jerônimo, o primeiro compilador e formador da Vulgata (tradução seguida e adulterada pelos protestantes até os dias atuais).

Emerson disse...

Olá, Juraci. O que o texto quis dizer (é traduzido) é que a Bíblia católica contém os livros da Bíblia hebraica (66) mais os deuterocanônicos (66+7), o que dá os 73 livros canônicos.
Concordo com você. Considero os deuterocanônicos como inspirados. Aliás, a título de curiosidade, nunca vi nenhum protestante usar o Livro de Sabedoria para atacar a Igreja Católica no quesito "idolatria", mesmo que este livro fale mais veementemente contra a idolatria do que os outros livros canônicos.

Unknown disse...

oi gostei muito do texto

vlw

Emerson disse...

Oi, Alassiene. Siga o blog, assim ficará sabendo das novidades. Abraços.

Unknown disse...

Boa noite, pesso ajuda sobre conceito de Crença na concepção da igreja católica

Unknown disse...

falando sobre a crença do povo católico

Guimarães Bilaquiano. disse...

Na verdade prosélitos, as Escrituras Sagradas contém muito mais livros do que os que estão enumerados nelas hoje em dia. Até a presente data, na Mesopotâmia e Galileia já foram encontrados inúmeros manuscritos das eras antigas e também do tempo de Jesus Cristo. Existem por certo, outros evangelhos de suma importância, os quais, não foram coligidos antes, como o Evangelho de Felipe, Evangelho de Maria Madalena, Evangelho de Tomé, Evangelho de Thiago menor, entre outros. Dos livros hebreus mais antigos, há o Livro de Enoque e o Livro de Baruque, os quais, não constam em inúmeras bíblias. Sendo assim, não há uma concordância exata quanto ao número de livros que a bíblia contém, sem discriminar os chamados "apócrifos" por evangelistas ou hermenêuticos. Vale destacar que existem cerca de 30 versões bíblicas e mais de 300 traduções. Diante desse aspecto computacional, não é de se estranhar que a bíblia seja considerada uma fábula histórica e religiosa por cientistas e filósofos. Porém, a única afirmação positiva incontestável bíblica é a existência de Deus. Digo isso com toda assertiva espiritual emblemando: "A impossibilidade de se provar que Deus não existe, já é uma prova magnífica da Sua existência".

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