Que esperança há para os cegos?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

John Milton compôs as suas obras épicas Paraíso Perdido e Paraíso Reconquistado embora fosse totalmente cego. Ser Helen Keller tanto cega como surda não a impediu no seu trabalho de ajudar deficientes físicos. Sim, muitos cegos enfrentam bem o seu problema. Mas como seria maravilhoso se todos tivessem boa visão! É provável que você concorde com isso, em especial se tiver um ente querido ou um amigo cego ou deficiente visual.
É verdade que em alguns países os programas de reabilitação ensinam aos deficientes visuais a cuidar dos seus afazeres. O braile e cães-guias ajudam os cegos a cuidar de muitas das suas necessidades. No entanto, muitos encaram a cegueira como a deficiência mais temida. Certo escritor afirmou: “A cegueira faz a pessoa perder o acesso à parte mais significativa do nosso mundo perceptível.” Ao mesmo tempo, muitos cegos têm de depender cada vez mais de outros.
Talvez se pergunte por que a cegueira é tão prevalecente. Ora, já ouviu falar do tracoma? Ele é responsável por cerca de nove milhões de casos de cegueira. The New Encyclopædia Britannica diz a respeito do tracoma: “Esta doença é contagiosa e prevalece entre populações apinhadas em ambientes pouco higiênicos. A falta de água para lavar, e as miríades de moscas atraídas por fezes humanas, ajudam à disseminação desta doença. Em certos sentidos, o tracoma é mais um problema social do que médico; quando os padrões de vida podem ser melhorados, a superlotação reduzida, as moscas impedidas e suprimentos adequados de água garantidos, a incidência do tracoma diminui rapidamente.” Cerca de outro milhão de pessoas sofrem de oncocercose, ou cegueira do rio. Ou que dizer de xeroftalmia? Embora o nome seja difícil, esta é uma causa comum de cegueira. Diabetes, difteria, sarampo, escarlatina e doenças sexualmente transmissíveis também podem causar cegueira.
Ao passo que ficamos mais velhos, nossa visão pode enfraquecer em resultado de distúrbios tais como degeneração macular e glaucoma, e não podemos omitir as cataratas. The New Encyclopædia Britannica observa: “A catarata ainda está entre os primeiros lugares na lista das causas da cegueira em muitos países no mundo, e isto é tanto mais trágico por ser tão facilmente curável por meios cirúrgicos.”(1)
Apesar de novas descobertas na oftalmologia, a erradicação da cegueira parece ainda estar longe. A mesma enciclopédia diz: “Os progressos na prevenção, bem como os tratamentos médicos e cirúrgicos da cegueira, só podem beneficiar a população que tem acesso aos cuidados médicos. Até que se consigam melhorar os padrões nutricionais e de higiene duma grande parte da população do mundo, a cegueira evitável continuará no seu atual nível elevado.”
Embora os antibióticos e a cirurgia certamente tenham o seu mérito na luta contra a cegueira, a esperança duma cura permanente tem a ver com algo que aconteceu quase dois mil anos atrás.

Cura de cegos nos dias de Jesus
Visualize um homem de um pouco mais de 30 anos andando por uma estrada poeirenta. Dois cegos à beira da estrada, ao saberem que ele está passando ali, clamam: “Tem misericórdia de nós!” Embora os presentes mandem-nos ficar calados, os cegos clamam alto: “Tem misericórdia de nós!” O homem pergunta bondosamente: “Que quereis que eu faça para vós?” Eles respondem ansiosamente: “Faze que os nossos olhos se abram.” Agora, imagine, o homem toca-lhes os olhos e eles recuperam imediatamente a visão! — Mateus 20,29-34.
Quanta alegria isso deu aos homens anteriormente cegos! Todavia, a cegueira é muito comum. Este foi apenas um incidente. Por que devia isso despertar a sua atenção? Porque foi Jesus de Nazaré que concedeu a esses cegos o favor de voltarem a ver. Deveras, além de ter sido ‘ungido para declarar boas novas aos pobres’, Jesus fora ‘enviado para conceder aos cegos a recuperação da vista’. — Lucas 4,18.
As pessoas se espantaram de ver tais curas milagrosas realizadas por meio do poderoso Espírito Santo de Deus. Lemos: “A multidão ficou pasmada de ver os mudos falar, e os coxos andar, e os cegos ver, e glorificavam o Deus de Israel.” (Mateus 15,31) Sem qualquer despesa ou ostentação pessoal, nem procurando sua própria glória por meio de tais curas, Jesus salientou o amor e a misericórdia de Deus. Todavia, Jesus teve também compaixão com os espiritualmente cegos e indefesos, que eram ‘esfolados e empurrados dum lado para outro como ovelhas sem pastor’. — Mateus 9,36.
Embora histórias assim sejam interessantes, você talvez se pergunte que relação tem isso com nossos dias. Visto que atualmente ninguém cura pessoas assim como Jesus fez, têm essas curas algum significado para nós? Será que há alguma esperança para os cegos?

Nota
(1) “Até que se consigam melhorar os padrões nutricionais e de higiene duma grande parte da população do mundo, a cegueira evitável continuará no seu atual nível elevado.” — The New Encyclopædia Britannica

Fonte: w94

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