Alfred Delp era um membro alemão da Companhia de Jesus, que foi executado por sua resistência ao regime nazista.
Alfred Delp nasceu em Mannheim, Alemanha, de uma mãe católica e pai protestante. Apesar de católico batizado, ele depois se tornou um luterano. Aos 14 anos ele deixou a igreja luterana e recebeu os sacramentos da Primeira Eucaristia e da Confirmação como católico. Em sua vida adulta Delp foi um fervoroso promotor de melhores relações entre as igrejas.
Delp juntou-se aos jesuítas em 1926. Nos próximos 10 anos, ele continuou seus estudos e trabalhou com os jovens alemães, apesar disto ter-se tornado difícil a partir de 1933 com a interferência do regime nazista. Delp foi ordenado sacerdote em 1937.
Impedido de continuar seus estudos por razões políticas Delp trabalhou na equipe editorial da publicação jesuíta Stimmen der Zeit (A Voz dos Tempos), até que foi suprimido em 1941. Ele então foi designado como pároco da Igreja de St. Georg, em Munique. Delp secretamente usou sua posição para ajudar os judeus a fugir para a Suíça.
Preocupados com o futuro da Alemanha, Delp se juntou ao círculo Kreisau, um grupo que trabalhou para criar uma nova ordem social. Ele foi preso com outros membros do círculo após a tentativa de assassinato de Hitler em 1944. Depois de sofrer tratamento e torturas brutais, Delp foi levado a julgamento. Apesar de não saber nada sobre a tentativa de assassinato, a Gestapo decidiu enforcá-lo por alta traição.
A Delp foi oferecida a liberdade se ele renunciasse os jesuítas. Ele se recusou e foi enforcado em 02 de fevereiro de 1945. Seu corpo foi cremado e suas cinzas, espalhadas em um campo desconhecido.
Alfred Delp deixou cartas enviadas da prisão. Elas revelam um homem de coragem que disse ao capelão da prisão que o acompanhou até sua morte: "Em meia hora, eu saberei mais do que você."
Câmara da prisão de Plötzensee, onde a sentença de morte a Delp pelo Tribunal do Povo foi executada, em 1945 |
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