Jesus tinha consideração pelos outros

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Jesus tinha consideração. Era sensível aos sentimentos dos outros. Apenas ver os aflitos já o tocava tão profundamente, que se sentia induzido a aliviar os sofrimentos deles. (Mateus 14,14) Tinha também consideração para com as limitações e as necessidades dos outros. (João 16,12) Certa vez, as pessoas trouxeram-lhe um cego e imploraram que Jesus o curasse. Jesus restaurou a vista do homem, mas fez isso aos poucos. No começo, o homem enxergava as pessoas apenas indistintamente — “o que parecem ser árvores, mas estão andando”. Daí, Jesus restaurou-lhe a visão completamente. Por que curou o homem aos poucos? Pode muito bem ter sido para habilitar alguém acostumado a estar no escuro a se ajustar ao choque de repentinamente ver a luz do Sol e um mundo complexo. — Marcos 8,22-26.
Considere também um incidente que ocorreu depois da Páscoa de 32. Jesus e seus discípulos haviam entrado na região de Decápolis, ao leste do mar da Galiléia. Ali foram logo encontrados por grandes multidões que levaram a Jesus muitos doentes e incapacitados, e ele curou a todos. (Mateus 15,29-30) O interessante é que Jesus escolheu um homem para dar-lhe atenção especial. Marcos, escritor dum Evangelho, o único a relatar este incidente, conta o que aconteceu. — Marcos 7,31-35.
O homem era surdo e quase não conseguia falar. Jesus talvez notasse que o homem estava muito nervoso ou constrangido. Jesus fez então algo um pouco incomum. Levou o homem à parte, para longe da multidão, a um lugar isolado. Jesus usou então alguns sinais para indicar ao homem o que ia fazer. Ele “pôs os seus dedos nos ouvidos do homem, e, depois de cuspir, tocou na língua dele”. (Marcos 7,33) A seguir, Jesus olhou para o céu e suspirou fervorosamente. Estas demonstrações podiam dizer ao homem: ‘O que vou fazer para ti se deve ao poder de Deus.’ Por fim, Jesus disse: “Abre-te.” (Marcos 7,34) Com isso se restabeleceu a audição do homem e ele conseguiu falar normalmente.
Quanta consideração Jesus tinha para com os outros! Ele era sensível aos seus sentimentos, e esta empatia, por sua vez, induzia-o a agir de modo a ter consideração pelos sentimentos deles. Nós, como cristãos, faremos bem em cultivar e em demonstrar neste respeito a mente de Cristo. A Bíblia nos admoesta: “Sede todos da mesma mentalidade, compartilhando os sentimentos, exercendo afeição fraternal, ternamente compassivos, humildes na mente.” (1 Pedro 3,8) Isto certamente requer que falemos e atuemos de modo a levar em consideração os sentimentos dos outros.
Na Igreja podemos mostrar consideração para com os sentimentos dos outros por atribuir-lhes dignidade, tratando-os assim como nós gostaríamos de ser tratados. (Mateus 7,12) Isto inclui termos cuidado com o que dizemos e como o dizemos. (Colossenses 4,6) Lembre-se de que ‘palavras irrefletidas podem ser como estocadas duma espada’. (Provérbios 12,18) E na família? O marido e a esposa que se amam são sensíveis aos sentimentos um do outro. (Efésios 5,33) Evitam palavras duras, persistente crítica e sarcasmo mordaz que podem causar sentimentos feridos que não são fáceis de curar. As crianças também têm sentimentos, e os pais amorosos levam isso em conta. Quando é preciso dar correção, os pais a dão dum modo que respeita a dignidade dos filhos e poupa-lhes constrangimento desnecessário. (Colossenses 3,21) Quando temos assim consideração para com os outros, mostramos que temos a mente de Cristo.

Extraído de revistas cristãs

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