Rejeite deuses sem valor

domingo, 27 de fevereiro de 2011


É interessante que as expressões bíblicas “sem valor” ou “que nada valem” em geral se aplicam a deuses falsos. Por exemplo, Deus disse a Israel:
Não fareis para vós ídolos, nem imagem, nem coluna, poreis para vós, nem de pedra esculpida, terá lugar na sua terra, para inclinar-se a elas, - Pois eu o Senhor, sou seu Deus.” (Lev. 26,1 - Rotherham)
O Rei Davi escreveu:
Porque grande é o Senhor, digno de ser mui louvado e reverenciado é ele sobre todos os deuses; Pois, todos os deuses dos povos são coisas do nada mas o Senhor fez os céus.” — 1 Crô. 16,25-26.
Como Davi indicou, estamos cercados de evidências da grandeza de Deus. (Sal. 139,14; 148,1-10) Que privilégio tinham os israelitas de estar numa relação pactuada com Deus! Quanta tolice da parte deles foi se desviarem de Deus e se curvarem perante imagens entalhadas e pilares de deuses! Em tempos de crise, seus falsos deuses mostraram ser realmente sem valor, não podendo salvar a si mesmos, muito menos a seus adoradores. — Juí. 10,14, 15; Isa. 46,5-7.
Ainda hoje em muitos países há pessoas que se curvam diante de obras feitas pelo homem, e tais deuses são tão inúteis agora como foram no passado. (1 João 5,21) Além de imagens, porém, a Bíblia descreve outras coisas como deuses. Considere, por exemplo, estas palavras de Jesus: “Ninguém pode trabalhar como escravo para dois amos; pois, ou há de odiar um e amar o outro, ou há de apegar-se a um e desprezar o outro. Não podeis trabalhar como escravos para Deus e para as Riquezas.” — Mat. 6,24.
De que modo as “Riquezas” podem se tornar um “deus”? Como exemplo, pense numa pedra num terreno no Israel antigo. Essa pedra poderia ser usada para construir uma casa ou um muro. Mas, se fosse erguida como “coluna sagrada” ou como “peça de exibição”, ela se tornaria uma pedra de tropeço para o povo de Deus. (Lev. 26,1) De modo similar, o dinheiro tem seu lugar. Precisamos dele para sobreviver e podemos usá-lo beneficamente no serviço de Deus. (Ecl. 7,12; Luc. 16,9) No entanto, se colocarmos a busca de dinheiro à frente de nosso serviço cristão, o dinheiro acaba se tornando um deus para nós. (Leia 1 Timóteo 6:9-10.) Neste mundo, onde a busca de lucro financeiro é tão importante para as pessoas, temos de nos certificar de que nosso conceito sobre esse assunto seja equilibrado. — 1 Tim. 6,17-19.
Outro exemplo de algo útil que pode se tornar sem valor é a educação secular. Queremos que nossos filhos recebam uma boa educação para se saírem bem na vida. Mais importante ainda, o cristão bem instruído tem maior facilidade de ler a Bíblia com entendimento, raciocinar sobre problemas e chegar a sólidas conclusões, e ensinar as verdades bíblicas de modo claro e convincente. Obter boa educação leva tempo, mas é um tempo bem empregado.

Não permita que os desejos carnais se tornem um deus
Na sua carta aos filipenses, o apóstolo Paulo indica mais uma coisa que pode se tornar um deus. Ele diz o seguinte sobre alguns de seus ex-companheiros de adoração:

Pois muitos, como eu vos disse muitas vezes e vou dizer-lhes agora, com lágrimas, vivem como inimigos da cruz de Cristo. A destruição é o seu destino, a barriga é o seu deus, sua glória é sua vergonha, esses homens de mentes terrenas! (Fil. 3:18, 19 - Moffatt)
De que modo o estômago, ou ventre, da pessoa pode ser um deus?
Parece que para aqueles conhecidos de Paulo, a vontade de entregar-se a desejos carnais havia se tornado mais importante do que servir a Deus junto com Paulo. Alguns talvez tenham literalmente se excedido na comida ou na bebida a ponto de se tornarem glutões ou beberrões. (Pro. 23,20-21; note Deuteronômio 21,18-21.) Outros talvez tenham preferido aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo mundo do primeiro século e, por isso, deixaram de servir a Deus. Jamais permitamos que o desejo pela chamada boa vida nos faça retroceder no nosso serviço de toda a alma ao Senhor. — Col. 3,23-24.
Paulo também mencionou a adoração falsa em outro contexto. Ele escreveu:
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra; impureza, prostituição, as paixões, concupiscência e a avareza, que é idolatria. (Col. 3,5 - Peshitto)
Cobiça é um forte desejo por algo que não possuímos. Pode ser por coisas materiais. Pode até incluir desejo de sexo ilícito. (Êxo. 20,17) Não merece reflexão o fato de que tais desejos equivalem à idolatria, ou adoração de um deus falso? Jesus usou uma expressiva linguagem figurada para mostrar a importância de controlar a todo o custo esses desejos errados. — Leia Marcos 9,47; 1 João 2,16.

Extraído de revistas cristãs (todas as traduções das versões bíblicas citadas são minhas)

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