Chegue-se ao ouvinte de oração

quarta-feira, 16 de março de 2011

“Ó Ouvinte de oração, sim, a ti chegarão pessoas de toda carne.” — Sal. 65,2.
ATÉ que ponto usa a sua faculdade de falar? Poderá ser mesmo uma boa bênção para os outros com a maravilhosa faculdade de falar. Mas, além disso, o inventor da fala e da voz faz o grandioso convite de chegar a ele em oração. Os que têm apreço, por sua vez, aceitam este convite e erguem sua voz em grato louvor e petição ao Criador da fala. — Sal. 150,6.
 Quando ora a Deus o ambiente em sua volta pode estar cheio de outras vozes, de música ou de ruídos de diversas espécies. Não obstante, aquele que tornou a fala possível pode decifrar as orações daqueles que aceitam seu convite de se chegarem a ele com suas petições. Sua audição não depende das ondas sonoras, nem é problema quando as ondas aéreas estão cheias de conversa sem significado daqueles que estão sem Deus. Assegura-se-nos a respeito da capacidade de Deus ouvir: “Certamente ouvirás o desejo dos mansos, ó Senhor. . . . Prestarás atenção com o teu ouvido.” — Sal. 10,17.

Um grande santo disse:

"Orar é falar com Deus, mas sobre o quê? Sobre si mesmo: alegrias, tristezas, sucessos e fracassos, nobres ambições, preocupações diárias, fraquezas e ações de graças e petições, atos de caridade e reparação. Em uma palavra: para que você possa conhecê-Lo e para se conhecer a si mesmo... para se tornarem íntimos”. (São Josemaria Escrivá)

A oração é um costume religioso popular em todo o mundo, havendo uma multidão de idéias sobre a maneira de fazê-la. Talvez esteja entre as muitas pessoas que têm orado e ainda assim se têm perguntado se usam a maneira correta de se dirigir ao verdadeiro Deus. Obviamente, há um modo reverente de se falar a ele. Sendo Deus comunicativo, com grande amor, proveu ampla informação na sua Palavra inspirada, para pessoas de todas as formações nacionais, sobre como podem chegar a saber o modo correto e respeitoso de ‘se chegar a Deus’ em oração. — Tia. 4,8.
 Ao orar, não está falando apenas a alguém, mas sim à “majestade nos céus”. (Heb. 8,1) Só isso já enfatiza a necessidade de reconhecermos nossa própria condição imperfeita. A sinceridade e a fé também podem ser alistadas entre os requisitos. Note a íntima relação entre a fé e a oração, nas palavras de Jesus: “É por isso que vos digo: Todas as coisas pelas quais orais e que pedis, tende fé que praticamente já as recebestes, e as tereis.” (Mar. 11,24) Ao se esforçar a explicar em pensamento e palavra aquilo que o preocupa, faça-o de ‘todo o coração’. — Sal. 119,145.

O MODO DE SE CHEGAR A ELE
 “Pessoas de toda carne” e de todas as origens nacionais podem chegar-se a Deus, quando vêem a necessidade de ajuda espiritual. Mesmo quando a nação de Israel era ‘propriedade particular’ de Deus, também os estrangeiros podiam dirigir-se a Deus. Podiam vir e orar em direção à casa de Deus em Jerusalém, certos de que Deus escutaria desde os céus. (2 Crô. 6,32-33) No lar de Cornélio, o apóstolo Pedro reconheceu isso, dizendo: “Deus não é parcial, mas em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável.” — Atos 10,34-35.
Cornélio era homem das nações, “oficial do exército . . . homem devoto e que temia a Deus”, mas era homem que expressava sua fé. Imagine a alegria de Cornélio quando um anjo lhe assegurou que suas orações e suas dádivas de misericórdia produziram uma resposta favorável de Deus! Acolheu o testemunho dado por Pedro, e ele e os de sua casa foram batizados. — Atos 10,1-4.
 Iguais a Cornélio, os que hoje têm fome espiritual deviam similarmente tatear por Deus e seriamente procurá-lo. (Atos 17,27) Deviam seriamente procurar conhecer sua vontade e o que Deus exige para que se lhe agrade. Por sua vez, Deus é clemente e misericordioso, concedendo tal conhecimento em resposta aos que têm coração inclinado para com a justiça e que expressam fé sincera.
A fim de se comunicar prontamente com o Pai celestial, é preciso aceitar a Cristo Jesus como Senhor. A paz com Deus só pode ser obtida do modo designado, pela Redenção pelo Senhor Jesus. (Mat. 20,28; 1 Tim. 2:5, 6) Ele é a provisão para se chegar a Deus em oração e para a reconciliação com este. Jesus declarou corretamente: “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14,6) Ele é o “ajudador” que desempenha um papel vital em termos acesso ao Ouvinte de oração. (1 João 2,1- 2) Portanto, o modo de se chegar a Deus é à base dos serviços oficiais de Cristo qual sumo sacerdote, bem como do resgate que proveu para a humanidade. Fazermos petição em seu nome e chegarmo-nos ao Pai, portanto, dá-se em reconhecimento de seu cargo de “autor da vida”, da parte de Deus. — Atos 3,15; João 14,13, 14; Heb. 10,19-22.
Devemos sempre sentir-nos à vontade para levar nossas petições a Deus. Isto é excelente, mas devemos lembrar que ele não precisa nem tem a obrigação de responder a todas elas. Porque devia escutar orações ou responder a elas, se não forem nos seus interesses, nem nos interesses de seu povo, ou talvez até mesmo forem para o dano de quem pede? Ele não age contrário aos seus próprios propósitos, nem contra os que o adoram. Para se conceder um pedido, precisa agradar ao Ouvinte de oração. Isto mostra a necessidade de fazermos pedidos segundo a vontade de Deus, se esperamos que escute nossas orações, assim como está escrito: “Esta é a confiança que temos nele, que, não importa o que peçamos segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5,14) O conhecimento de sua vontade deve governar o teor de nossas petições a ele.

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