“Jamais ocorreu a nenhum escritor do Velho Testamento provar ou argumentar a favor da existência de Deus”, diz o Dr. James Hastings em
A Dictionary of the Bible (Dicionário da Bíblia). “Não é da índole do mundo antigo em geral negar a existência de Deus ou usar argumentos para provar sua existência. A crença em Deus era natural para a mente humana e comum a todos os homens.” Isso não significa, naturalmente, que todos os homens da época temiam a Deus. Longe disso. Tanto o Salmo 14,1 como o 53,1 mencionam “o insensato”, ou, conforme a
A Bíblia na Linguagem de Hoje, ‘o tolo’, que diz no seu coração: “Não há Deus.”
Que tipo de pessoa é esse tolo, o homem que nega a existência de Deus? Ele não é ignorante em sentido intelectual. Antes, a palavra hebraica
na‧vál indica deficiência moral. O professor S. R. Driver, em suas notas no
The Parallel Psalter (O Saltério Paralelo), diz que a falha não está na “fraqueza de raciocínio, mas na insensibilidade moral e religiosa, na completa ausência de sensatez ou percepção”.
O salmista passa a descrever a decadência moral resultante de tal atitude: “Agiram ruinosamente, agiram de modo detestável na sua ação. Não há quem faça o bem.” (Salmo 14,1) O Dr. Hastings resume isso da seguinte forma: “Confiando nesta ausência de Deus do mundo e na impunidade, os homens se tornam corruptos e fazem coisas abomináveis.” Eles abraçam abertamente princípios contrários às leis divinas e desconsideram a pessoa de Deus, a quem não têm desejo nenhum de prestar contas. Mas tal modo de pensar é tão tolo e insensato hoje como era quando o salmista escreveu essas palavras há mais de 3.000 anos.
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