CAUSAS DO PRECONCEITO RACIAL

quarta-feira, 27 de junho de 2012


O caso é que o preconceito e a discriminação raciais são frutos da imperfeição e do egoísmo inerentes do homem. Nenhum governo do homem, não importa qual a sua política, pode legislar uma mudança no modo de pensar dos homens sobre estas questões.
O que produz realmente preconceito racial? Quais são os fatores que contribuem para o problema aparentemente intransponível de as raças diferentes conviverem como irmãos?
As raças diferem em muitos sentidos, além de na cor da pele. Isto nem se precisa mencionar. As raças são assinaladas por diferentes costumes sociais, hábitos e maneiras. Mas, estes não precisam causar fricção ou discriminação. Há pessoas de maus costumes, de maus modos e de maus hábitos em toda raça, quer branca, morena, negra ou amarela. Mas deve isso predispor-nos contra pessoas de outra raça no todo? Isto, na maioria das vezes não é senão uma desculpa para justificar motivos mais profundos da atitude da pessoa.
Sem dúvida, um dos fatores principais que afetam o preconceito racial ou de classe é o econômico. Neste respeito, alguns dos fatores que contribuem para o preconceito racial são similares aos que resultam em distinções de classes entre pessoas da mesma raça. As pessoas de recursos, na maior parte, não estão dispostas a partilhá-los com os sem recursos. “Por que o devíamos fazer?” perguntam. “Nossa gente (nossa raça, nossa classe) trabalhou duro pelo que temos; temos direito a isso.” Este tipo de argumento é ouvido freqüentemente em defesa da superioridade racial ou de classe.
Amiúde se encontram os preconceitos raciais mais fortes nas regiões onde o grupo que ocupa a posição econômica mais favorecida é racialmente o grupo minoritário. Ocorre também onde o padrão de vida dum setor da comunidade é ameaçado pela mudança para a região de pessoas de outra raça. Podem também pensar que os recém-chegados farão concorrência pelos empregos de salário inferior. Quer seus temores tenham fundamento, quer não, é outra questão; acontece que seu medo de perda econômica, seu medo de que o “nível” da comunidade sofra, são fatores poderosos em produzir tensão racial. Portanto, há muitos fatores envolvidos em causar preconceito racial.

SUA ATITUDE É IMPORTANTE
Não dê de ombros, considerando o assunto como não importante, especialmente se afirma ser cristão dedicado. Sua atitude para com as pessoas de outras raças é importante. De fato, pode afetar a sua esperança de receber a bênção de Deus e de alcançar a vida eterna. É isto importante? Certamente que sim!
Talvez more num país em que a política do governo restringe as áreas de contato entre as raças e em que a disposição de aceitar alguém de outra cor da pele como irmão, em sentido verdadeiro, quase não é experimentada. Neste caso, pretere o problema convenientemente como já tendo sido bem cuidado pelas leis do país? Ora, qual é o seu conceito sobre os de outra raça? Se afirma ser cristão e praticante dos princípios bíblicos, é capaz de considerar os de outra raça, de uma raça chamada “inferior”, como sendo realmente ‘superior’ à sua pessoa, conforme admoesta o apóstolo Paulo? (Fil. 2,3) Não, não no sentido de realização física ou mental, mas como pessoa, no que se refere à posição dela perante Deus. É capaz de tratar a tais, conforme se oferecer a oportunidade, com dignidade e amor cristão, exigidos pela Bíblia?
Isto não exige que violemos as leis de César ou lutemos contra elas, não importa o que pensamos sobre a justeza delas. Exige-se que os cristãos ‘paguem de volta a César as coisas de César’. (Mar. 12,17) Mas isto não requer que adotem a mesma atitude negativa para com os de outra raça como demonstrada pelos seus vizinhos ou colegas no emprego secular — não se tal atitude for contrária aos princípios bíblicos.
Alguns daqueles cuja perspectiva foi distorcida pelo preconceito racial vão ao ponto de negar aos de outras raças as qualidades humanas mais básicas. Mas os de outras raças são capazes das mesmas qualidades humanas, dos mesmos sentimentos humanos — têm o sentimento de paternidade, amor aos filhos, preocupação com o bem-estar dos outros e amor ao que é bom e ódio ao que é mau.
Não importa quão primitivo o ambiente, não importa quão limitada a educação, os de outras raças podem tornar-se e têm-se tornado cristãos dedicados e se desviado do mau proceder deste velho sistema de coisas. O Espírito de Deus age sobre muitas pessoas de todas as raças, hoje em dia, induzindo-as a produzir na sua vida os frutos do espírito santo. (Gál. 5,22-23) O verdadeiro cristão nunca pode negar a capacidade de Deus para fazer isso.
Procura justificar a sua atitude para com os de outra raça por relembrar certa fraqueza deles, sem dúvida devida à falta de instrução ou oportunidade, ou por causa de fatores do ambiente? Ou, em amor cristão, toma em consideração tais desvantagens, não considerando a tais pessoas segundo o que são na carne, mas segundo o conceito de Deus, que não é parcial para com pessoas de qualquer raça ou cor? (Atos 10,34-35) Estas são perguntas esquadrinhadoras, sim! O modo em que responde a elas pode afetar vitalmente a sua vida.

CONVIVER AGORA COMO IRMÃOS!
A Igreja já demonstra mesmo agora que pessoas de todas as raças podem conviver como irmãos. Como? Se já foi à Igreja, então observou isto de modo notável, ao ver pessoas de todas as raças, a branca, a morena, a amarela e a negra, associar-se sem discriminação de qualquer espécie em companheirismo cristão edificante.
Mesmo onde as leis humanas não permitem tal associação livre, como na África do Sul, os cristãos sentem a mesma afinidade íntima com seus irmãos cristãos e expressam isso conforme se oferece a oportunidade. Não se trata apenas duma expressão de “tolerância”, mas sim de genuíno amor cristão.
Por certo, no Reino de Deus sob o há muito prometido reino de Seu Filho querido, Jesus Cristo, não haverá preconceito racial. Então, decididamente, todas as raças conviverão como irmãos. Não, nem todas as pessoas de todas as raças, pois nem toda pessoa receberá a bênção de Deus e obterá vida. Mas, “todos os que o invocam”, sem consideração de raça, serão ouvidos por Deus, “pois não há distinção” perante ele. — Rom. 10,12.

Deixe que a sua fé na promessa de Deus, de que todas as raças conviverão como irmãos, se reflita no modo em que trata as pessoas de outras raças agora, especialmente os que são cristãos dedicados.

Extraído de revistas cristãs

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