Conheçam o homem em quem Tolkien se inspirou para criar Aragorn

quarta-feira, 4 de julho de 2012


Por que o poeta sul africano Roy Campbell (1901-1957) disse que a Espanha tinha salvado sua alma? Porque foi em Altea, onde em 1935 ele completou sua conversão ao catolicismo. Porque o padre que o batizou mais tarde foi morto pelo ódio à fé. Porque em 1936, em Toledo, viu morrerem pelo ódio antireligioso seus amigos mártires carmelitas. Porque eles lhe confiaram os manuscritos de San Juan de la Cruz. Porque ele arriscou sua vida para evitar a sua destruição pelos militantes. Porque ele traduziu em inglês, de forma incomparável, os versos místicos do santo. Porque esvaziou o seu espírito no poema mais intenso sobre a Guerra Civil, Flowering Rifle. Apoiou o lado nacional, devido à ameaça representada pelo comunismo para a civilização cristã. Roy Campbell viveu em Oxford em uma época única literária. Juntou-se a Virginia Woolf e ao círculo de Bloomsbury e se desligou depois, por causa do desprezo do liberalismo decadente às virtudes mais básicas. Seu casamento com Mary Garman, apesar de se amarem até o fim, trouxe-lhe muitos sofrimentos. E era um amigo de C.S. Lewis, Evelyn Waugh, TS Eliot e JRR Tolkien, que se baseou nele para criar um de seus personagens em O Senhor dos Anéis: ninguém menos que Aragorn. Uma vida, então que valeu a pena ter, e que fosse contada por um emérito biógrafo como Joseph Pearce, resgatando para a Espanha, a memória de um homem que a amou até as últimas consequências.

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