Dica de filme: "Moscati - O doutor que virou santo"

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Por José Leonardo Ribeiro Nascimento

No post anterior (Son of Rambow) falei que, na grande maioria das vezes, assisto a filmes por diversão. Moscati não é um desses casos. Trata-se de um filme italiano católico, feito para a TV, sobre a vida do Dr. Giuseppe Moscati (1880-1927), médico de Nápoles, canonizado em 1987 pelo Papa João Paulo II.
Assisti como um programa de formação religiosa, e assim é necessário encarar a obra para poder dela usufruir. Isso porque esses filmes religiosos normalmente são bastante deficientes no aspecto técnico, e a história é tão tradicional quanto possível. Deixando de lado este aspecto, concentro-me no Dr. Morati e nas razões que o levaram à santidade. Tratava-se, segundo conta a película, de um médico bastante inteligente, competente e, em especial, obstinado. Tinha, ademais, um diferencial: o amor.
Uma escolha interessante do roteiro é o fato de que o longo filme – cerca de 200 minutos – passa todo o tempo mostrando o médico imerso no seu trabalho. Ele é santo, mas um santo no seu trabalho, um santo que fez as escolhas durante toda a sua vida, que empregou os talentos que Deus lhe deu. Há apenas uma cena que mostra o médico rezando: ele está diante de uma imagem de Jesus morto, coberto com o sudário, pedindo que o Senhor se mostrasse para ele. E Jesus se revela nos doentes.
Causou uma revolução no hospital em que foi trabalhar no início da sua carreira ao tratar os pacientes com carinho, ao ir ao encontro das pessoas mais miseráveis, chegando a acolher doentes em sua própria casa. Com o passar do tempo, vai abrindo mão de sua própria vida – perde a noiva linda e rica, deixa passar a oportunidade de se tornar professor universitário, um dos seus sonhos, se desfaz dos bens que herdou dos pais, perde a própria saúde. Tudo em prol da sua fé e da certeza de que Jesus, como ele suplicara, se revelava nos doentes e necessitados.
Compartilho a crença do médico: o amor é maior que tudo, porque o amor é Deus. Se eu acreditar nisso, só posso fazer o bem, porque nenhum bem nasce fora do amor.
Ser santo não é algo inalcançável ou reservado a freiras, padres e eremitas de séculos atrás. Nos tempos atuais, vivendo neste mundo – mas não sendo seduzido por ele – é possível ser santo. E isso significa buscar incessantemente fazer a vontade de Deus. Não é ser perfeito, mas buscar a perfeição. Não é não pecar, mas lutar incansavelmente contra o pecado. E, acima de tudo, amar. O verdadeiro – e único – amor.

Fonte: http://catalisecritica.wordpress.com

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